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Como se livrar do orgulho

Você se considera uma pessoa orgulhosa? Você considera isso ruim?

De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: o orgulho é a arrogância, a vaidade ou o excesso de amor-próprio. O orgulho tende a referir-se à valorização (excessiva) do Eu acima dos desejos e dos sucessos dos outros, ou seja, acaba por ser o oposto de humildade.

Em sua síntese, orgulho é um sentimento de satisfação pessoal pela capacidade ou realização de uma tarefa. Sua origem remonta do latim “superbia”, que também significa supérfluo.

Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. Que ele deveria existir, como forma de elogiar a si próprio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida mais amplo e melhor.

Já o orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentação, soberba, apenas sendo visto, então, como algo negativo.

Outras pessoas classificam o orgulho como “exagerado” quando se torna um tipo de satisfação incondicional ou quando os próprios valores são superestimados, acreditando ser melhor ou mais importante do que os outros. Isso se aplica tanto a si próprio quanto ao próximo, embora socialmente uma pessoa que tenha orgulho pelos outros é geralmente vista no sentido da realização e é associada como uma atitude altruísta, enquanto o orgulho por si mesmo costuma ser associado ao sentimento de capacidade e egoísmo.

O orgulho é um defeito muito traiçoeiro, justamente porque, conforme colocado no parágrafo anterior, a maioria das pessoas não o enxerga como um “defeito”, mas como uma “recompensa” moral ou espiritual por um trabalho que executaram. Por esta razão, é muito mais difícil nos livrar dele, pois, ao nos acostumarmos com a recompensa, nos sentimos inferiorizados se não somos “reconhecidos” por nossos feitos.

Livrar-nos do orgulho excessivo, não é algo fácil, que acontece da noite para o dia. No entanto, é possível. Talvez, seja um trabalho para a vida toda, mas ainda assim, vale a pena.

Hoje, gostaríamos de sugerir algumas dicas para nos ajudar nessa jornada:

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1)   Não somos mais que ninguém.

Nossas poses e bens materiais, nossos títulos acadêmicos e nossas posições na sociedade, não nos colocam em uma posição de nos considerarmos melhores que ninguém. Não somos nossos bens, não somos nossos títulos acadêmicos. Nós somos apenas seremos humanos, cheios de imperfeições e limitações. Apenas isso. Entre 200 bilhões de galáxias está a Via Láctea. No centro da galáxia existem estrelas, entre elas, o Sol. Ao redor do Sol temos 9 planetas(pelo menos), dentre eles a Terra. Na Terra, temos mais de 30 milhões de espécies (apenas 3 milhões são documentadas). Dentre essas espécies temos o Homo sapiens em 7,5 bilhões (em 2017) e nós estamos entre esses 7,5 bilhões. Viu como somos pequeninhos?

2)   Podemos aprender com todos.

A armadura do orgulho de nós será retirada, à medida que entendermos que “ninguém é tão sábio que não possa aprender”. Nenhum de nós detém todo o conhecimento do mundo.  O famoso filósofo Sócrates é autor da frase que mais expressa essa verdade: “Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”..

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3)   Sigamos o mestre.

Jesus Cristo é de fato, o mestre que mais nos ensinou que o orgulho não nos faz bem. Sua vida, por exemplo, foi dedicada a ensinar que “se alguém quiser ser o primeiro, será o último de todos e o servo de todos” (Marcos 9:35). Em outras palavras, Ele nos ensinou que o orgulho não é legal, mas que devemos buscar a humildade.

Para finalizarmos esse artigo, gostaríamos de sugerir um texto que nos convida a reflexão. Ele foi publicado no livro “A Vós confio”.

Da Modéstia

“Quem és tu, ó homem! que te orgulhas de tua própria sabedoria? Por que te gabas daquilo que adquiriste?

O primeiro passo para a sabedoria é saber que nasceste mortalmente ignorante; para que não sejas julgado insensato na opinião dos demais, rejeita o desatino de te julgares sábio em tua própria mortalidade.

Assim como um vestuário simples adorna melhor uma mulher formosa, também o comportamento modesto é o maior ornamento da sabedoria interior.

A fala do homem modesto dá lustro à verdade, a modéstia de suas palavras absorve seu erro.

Ele não confia em sua mortal sabedoria; pesa bem os conselhos de um amigo e deles colhe benefício.

Afasta seus ouvidos do louvor a si mesmo e nele não crê; é o último a descobrir suas próprias perfeições.

Contudo, como o véu que realça a formosura, suas virtudes são destacadas contra a sombra que sua modéstia sobre elas projeta.

Mas contempla o homem vaidoso, observa o arrogante; ele se cobre com ricos atavios, caminha pela via pública, lança os olhos ao redor e corteja a observação dos demais.

Ele ergue orgulhosamente a cabeça e menospreza os pobres; trata seus inferiores com insolência e seus superiores, por outro lado, riem de seu orgulho e sua insensatez.

Ele despreza o julgamento dos outros; confia em sua própria opinião e se confunde.

Está cheio da vaidade de sua imaginação; seu deleite está em falar e ouvir falar de sua pessoa o dia inteiro.

Engole com avidez os louvores e o adulador, por sua vez, o devora.”

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| Para refletir
Publicado por: Inaê Leandro
Inaê Leandro é estudante de Administração, escritora e foi Jovem Senadora em terceiro lugar por Minas Gerais, no Prêmio Jovem Senador, do Senado Federal. Atua como voluntária no Instituto Oikon e mantém juntamente com amigos, o site suscitare.com.br.
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