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Como se manter ativo no evangelho em uma cidade sem a Igreja?

ler as escrituras em isaías

É possível manter-se firme morando em uma cidade onde não há a Igreja?

Acredito que não deva ser nada fácil, no entanto, não é impossível. O Evangelho deve estar mais dentro de nossos corações, que em qualquer outro lugar. Obviamente, é muitíssimo importante a comunhão com os santos, a renovação de nossos convênios por meio do Sacramento aos Domingos e claro, o fortalecimento contínuo de nossos testemunhos..

Por outro lado, quando as condições não são perfeitas e quando não temos a Igreja em nossa cidade,devemos recorrer a outros métodos para ficarmos firmes.

Presidente Dieter F. Uchtdorf

O Elder Dieter F. Utchdorf viveu em uma Alemanha devastada pela Segunda Guerra Mundial. Podemos imaginar que talvez em alguns períodos as reuniões não estivessem acontecendo, não somente lá, mas em boa parte dos países da Europa. Mas isso não fez com que sua fé se enfraquecesse.

Ele e sua família permaneceram firmes a despeito de quaisquer adversidades. De forma semelhante, aconteceu com vários outros membros durante períodos de guerra e calamidade.

Nos primórdios da Igreja, a organização da Igreja estava longe de ser o que conhecemos atualmente. Os santos viajavam de um extremo a outro, a fim de edificar Sião. Deixavam suas casas para trás e reiniciavam suas vidas muitas vezes. Por vezes, estavam em planícies desconhecidas, com fome e frio, mas continuaram firmes.

O famoso membro da Igreja, Viccenzo Di Franchesca, por exemplo, conheceu a Igreja através de um Livro de Mórmon que encontrou na rua. Ele precisou esperar mais 21 anos para poder ser batizado. Em meio a essas dificuldades, ele conservou um forte testemunho da veracidade do Livro de Mórmon.

Ele não tinha amigos ou familiares que fossem membros da Igreja. Na realidade, quem já assistiu o curta-metragem “O Livro de Mórmon – Um tesouro inestimável”, viu como Viccenzo parecia solitário em sua jornada do Evangelho e viu também como ele enfrentou uma grande luta para se tornar membro da Igreja.

Ao contrário de muitos de nós, ele não encontrou uma Igreja organizada e sim, abriu caminhos para que a Igreja fosse edificada na Itália. Hoje, anos depois, vemos a construção de um templo nesse país. Viccenzo, em contrapartida, precisava viajar até Berna, para frequentar o templo da Suíça.

Queremos um exemplo de perseverança maior que esse? O curta-metragem “O Livro de Mórmon – Um tesouro inestimável” é sem dúvida um grandioso testemunho, de como podemos permanecer firmes mesmo quando não temos a Igreja em nossa cidade.

Podemos não ter a Igreja em nossa cidade, mas temos:

  1. Nosso testemunho pessoal.
  2. O Livro de Mórmon e outras escrituras.
  3. Possibilidade de nos aconselharmos com o Senhor sempre, através de nossas orações.
  4. Acesso à internet, que nos permite assistir a devocionais, conferências gerais, ouvir hinos, ouvir e ver mensagens edificantes, assistir a filmes sobre a Igreja, conectar-nos com membros da Igreja no mundo inteiro e tantas outras coisas.

É claro que estar na Igreja é maravilhoso. Nada substitui o contato humano que temos aos nos reunirmos com um grupo de santos. O sentimento de estarmos em família é incrível e muito desejável. No entanto, precisamos usar aquilo que temos. E se não temos a Igreja em nossa cidade, podemos e devemos nos fortalecer de outras maneiras.

Não devemos dar espaço à influência do inimigo, cedendo a costumes e práticas mundanas. Não devemos nos esquecer de quem somos e de qual é nosso propósito aqui. Muitas vezes, estar longe fisicamente de uma unidade da Igreja, pode estar sendo um dos muitos testes da mortalidade.

casal recebe no templo mensagem da filha que não nasceu

Nossos lares devem ser uma extensão visível da Igreja. Podemos santificar nossas casas. E se assim fizermos permaneceremos em lugares santos e não seremos movidos, até que venha o dia do Senhor (D&C 87:8). O Senhor bem sabia de tudo que aqui passaríamos e Ele preparou um caminho para que as ordens Dele pudessem ser cumpridas (1 Néfi 3:7).

Talvez a maneira que o Senhor preparou para nossa vida, é diferente do que imaginávamos, mas isso não altera nossa responsabilidade com relação a nossas escolhas… O foco no lar que estamos tendo nos últimos tempos, por exemplo, é uma demonstração de que o lar deve de fato ser uma extensão da Igreja. O currículo “Vem e Segue-me” mostra-nos isso constantemente.

Durante anos, os líderes da Igreja têm enfatizado que o lar é o melhor lugar para se viver, aprender e ensinar o evangelho, e que o aprendizado e o ensino do evangelho devem fazer de nossa vida diária, não se restringindo apenas às aulas de domingo.
Além disso, não podemos nos esquecer de que nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19).

E à medida que vivemos o Evangelho em nossa individualidade, estamos santificando nosso próprio templo. Isso é extremamente importante. Essa santificação está muito mais relacionada com nossas escolhas diárias que qualquer outra coisa.

E por falar em escolhas diárias, no final de tudo, o Senhor não irá nos perguntar qual Ala frequentamos, de qual estaca fizemos parte, quais foram nossos bispos, mas sim irá nos inquirir sobre nossas decisões pessoais! E não haverá espaços para desculpas, do tipo “não havia a Igreja em minha cidade”. O Senhor espera que façamos nosso melhor.

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| Fortalecendo as Famílias
Publicado por: Inaê Leandro
Inaê Leandro é estudante de Administração, escritora e foi Jovem Senadora em terceiro lugar por Minas Gerais, no Prêmio Jovem Senador, do Senado Federal. Atua como voluntária no Instituto Oikon e mantém juntamente com amigos, o site suscitare.com.br.
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