Como reconhecer falsos profetas e falsos apóstolos?
Nota da editora: Artigo originalmente publicado em 2016 e atualizado para melhor compreensão
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.”
-Mateus 24:24
Se você clicou nesse artigo, muito provavelmente já deve ter lido esse versículo em Mateus sobre os falsos profetas, apóstolos e até mesmo falsos Cristos que aparecerão nos últimos dias.
A cada dia, vemos pessoas fazendo profecias sobre o futuro, outras dizendo que são escolhidas de Deus e até mesmo algumas dizendo que são o próprio Jesus. Mas com tanta confusão por aí, como poderemos reconhecer os falsos dos verdadeiros? Fica comigo até o final que já vamos descobrir.
O que são profetas e apóstolos?
Desde o princípio, Deus chama homens aqui na Terra para serem Seus porta-vozes. Adão, Abraão, Moisés, Isaías, Noé e até mesmo Jesus Cristo são alguns exemplos de profetas. Esses homens recebem a autoridade de Deus para agirem em Seu nome e ligarem as coisas da Terra nos céus e vice-versa (Mateus 16:19-20).
Normalmente, existe somente um profeta vivo de cada vez (com algumas exceções ao longo da história) e esse profeta tem o papel de guiar, alertar e ensinar o povo de Deus a permanecer no caminho certo ao mesmo tempo que também é uma testemunha especial de Jesus Cristo. Além disso, o profeta é a pessoa que recebe revelação para todo o mundo.
Por conta de todo o trabalho que precisa ser feito para estabeler o Reino de Deus na Terra, o profeta com frequência chama 12 apóstolos para o ajudar. Esses apóstolos também recebem a mesma autoridade de Deus para agir em Seu nome, mas seguem a orientação do profeta.
A diferença entre profetas falsos e verdadeiros
O ponto principal e a maneira que diferenciamos os falsos dos verdadeiros profetas e apóstolos de Jesus Cristo é a autoridade que possuem.
Essa autoridade, um poder que é chamado de Sacerdócio, se recebe de uma forma específica: por imposição de mãos de quem já tenha autoridade.
Somente o desejo de ensinar sobre o evangelho, ter muito conhecimento das escrituras ou ser um expert em teologia não significam que a pessoa possua o Sacerdócio. A maneira do Senhor é por imposição de mãos (Atos 6:5-6). “E ninguém toma para si essa honra, se não o que é chamado por Deus, como Aarão” (Hebreus 5:4). E Aarão foi chamado por Deus e ordenado por imposição de mãos (Hebreus 6:1-2; D&C 27:28, Joseph Smith 1:68-69; D&C 68:19-20, 107:17); Moisés fez o mesmo fez com Josué, como registrado em Números 27:23.
A Restauração do Evangelho de Jesus Cristo
Mas até agora estamos somente falando sobre os tempos bíblicos. E hoje em dia? No século 21? Temos um profeta verdadeiro em meio à tanta confusão?
Bom, a resposta é: sim!
Depois que a autoridade de Deus foi perdida, um grande período de escuridão espiritual aconteceu na Terra. Não havia um profeta, nem revelação para todas as pessoas, nem Sacerdócio (se quiser saber mais sobre esse período, clique aqui).
Mas, Deus sendo um Pai Celestial amoroso, restaurou Seu evangelho na Terra novamente durante o século 19 por meio do Profeta Joseph Smith. O sacerdócio, o poder de Deus na Terra, estava de volta, e permanece até os dias atuais.
Como reconhecer um profeta falso ou um profeta verdadeiro?
Depois de entender tudo isso, chegamos à razão pela qual você clicou nesse artigo. Como podemos reconhecer os verdadeiros servos de Deus, que receberam a legítima autoridade de Deus? Como reconhecer os falsos profetas e falsos apóstolos?
Vamos analisar as escrituras. Em Apocalipse 2:2 lemos:
“Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.”
A escritura diz que os membros da Igreja de Éfeso “provaram” os falsos mestres (Apocalipse 2:2).
O primeiro tipo de prova é a origem da autoridade. Ou seja, se a pessoa é verdadeiramente um verdadeiro profeta ou apóstolo, ela é capaz de comprovar sua linhagem do sacerdócio – demonstrando que recebeu o sacerdócio de alguém que já o possuía, numa regressão cronológica que findará em Joseph Smith e Oliver Cowdery, que receberam o sacerdócio de Pedro, Tiago e João – que o receberam do próprio Salvador.
A segunda prova é que esse líder também foi enviado pelo corpo dirigente da Igreja – aqueles que possuem as chaves da administração do reino de Deus na Terra. E foram apoiados pela congregação local ou mundial – a Igreja precisa se inteirar de quem são seus líderes (D&C 42:11).
A terceira prova é que esse líder ensina o que está nas escrituras e é um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. Essa pessoa emana poder espiritual e é um representante do Salvador. Se ele prega contra as revelações, incentiva a discórdia e a semeadura do mal – não vem de Deus.
E agora, uma prova bônus para se ter a certeza de que não há um falso profeta disfarçado de ovelha entre nós (Mateus 7:15): a prova do Espírito. O Espírito Santo pode nos ensinar a verdade de todas as coisas (Morôni 10:3-5). O Senhor disse: “pelos seus frutos os conhecereis”(Mateus 7:16). Se indagarmos com sinceridade e fé a Deus se o líder foi chamado por Ele, então teremos uma resposta concreta e certa.
O Senhor pode responder à nós se o líder é seu servo ou não de várias maneiras. Quando Josué tomou o lugar de Moisés, o Jordão teve que se abrir para o povo reconhecê-lo como seu novo líder (Josué 3:7, 15-17). Elias passou sua capa para Eliseu e seus discípulos viram no novo profeta uma manifestação extraordinária (II Reis 2:11,14-15); e quando Brigham Young sucedeu Joseph Smith na liderança da Igreja, uma transfiguração incomum se deu (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, “Os Doze assumem a liderança do Reino”, pg. 291.). Na maioria das vezes, apenas sentiremos serenamente o santo manto do chamado de liderança pousar sobre os ungidos do Senhor durante seu ministério especial.
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ALGUMAS NOTAS
[1] As ordenanças para salvação são: batismo, dom do Espírito Santo, recebimento do sacerdócio, investidura e casamento eterno. Aprendemos isso nas regras de Fé (4a Regra de Fé) e nas obras-padrão: por exemplo, 2 Néfi 9:23-24, João 3:5 e Jeremias 31:36.
[2] Algumas pessoas supõem que ter o conhecimento dos ensinamentos de Deus os qualifica para pregar o evangelho. É verdade que a escritura diz que “quem for advertido deverá advertir o próximo” (D&C 88:81) e que o Salvador permitiu que outras pessoas, que não seus apóstolos, realizassem o bem em Seu nome (Marcos 9:38-40). Mas não podemos ignorar que o Senhor chamou e nomeou Seus apóstolos (Lucas 9:1, João 15:16) e os setenta (Lucas 10:1) – comissionando-os a presidir a pregação o evangelho. Em nossa dispensação, revelações modernas esclarecem que embora todos os homens que já foram à Cristo devam amar seus semelhantes a ponto de convidá-los ao Senhor, há um limite que só pode ser superado por quem tenha autoridade. Alguém sem autoridade, por exemplo, pode falar sobre Deus e prestar seu testemunho, mas cabe àqueles que tem chaves ensinar “como alguém que tem autoridade” (Mateus 7:29) e convidar para o batismo do verdadeiro penitente (3 Néfi 11:25).
[3] Para saber mais sobre o assunto: Pregar Meu Evangelho, capítulo 3, “Lição 1 – A Restauração”, pg. 31; ou Sempre Fiéis, “Apostasia” e “Restauração do Evangelho”, pg. 19 e 151.