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Família circense usa seus talentos para compartilhar o evangelho

Relato da Marcleide Lima De Menezes

Eu nasci e me criei em um circo.

Meus pais se separaram quando eu tinha nove anos, e minha mãe resolveu morar em uma cidade pequena na Bahia chamada Poções. Eu segui viagem com o meu pai no circo e só reencontrei minha mãe quando eu tinha 15 anos de idade. Na época, ela ainda morava em Poções e era vizinha de uma capela da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Recebi os missionários na casa de minha mãe e logo na primeira visita decidi me batizar, há exatos 20 anos.

Um circo físico

Continuei no circo com minha família e viajei para vários estados realizando os espetáculos. Foram anos assim, mas acabei decidindo que eu não viajaria mais. Queria muito colocar o Senhor em primeiro lugar e também queria servir na Igreja.

Foi aí que tivemos a ideia de montar um circo físico e sem lona, que nos permitisse levar alegria do circo para as pessoas, sem precisar morar no circo. A nossa ideia deu certo e possibilitou que eu e minha família tivéssemos uma vida ativa na Igreja, servindo ao Senhor e vivendo o evangelho de Cristo.

O Senhor em primeiro lugar

Nossos espetáculos acontecem em escolas, ginásios, praças públicas e capelas. E conta com as atrações tradicionais do circo, mas com algumas diferenças, pois gostamos de dar a abertura do espetáculo e incluir uma escritura do Livro de Mórmon.

Com frequência compartilhamos 2 Néfi 2:25,

“Adão caiu para que os homens existissem, e os homens existem para que tenham alegria.”

Acreditamos que é uma forma de levar a palavra do Senhor de uma só vez, para centenas de pessoas, e compartilhar o evangelho por meio de nosso trabalho.

Muitas pessoas ficam curiosas sobre a escritura e alguns até esperam o espetáculo terminar para nos perguntar sobre o Livro de Mórmon e aquele versículo que lemos antes da apresentação.

É de pequenas coisas que as grandes são realizadas

Decidir colocar o Senhor em primeiro lugar nunca foi e nunca será fácil. Existem muitas distrações e tentações, mas sei que é algo que vale todo o esforço do mundo.

Por eu e minha família termos decidido criar nosso circo sem lona e por estarmos nos esforçando para viver o evangelho e compartilhá-lo com todos ao nosso redor, minha filha decidiu servir como missionária de tempo integral da Igreja.

Ela sempre amou a obra missionária e agora terá a oportunidade de compartilhar seu testemunho, seus sentimentos sobre o evangelho e a história de nossa família com todas as pessoas em sua missão.

Aprendi que por meio das pequenas decisões que fiz em minha vida, grandes bênçãos foram derramadas em nossa família e que quando escolhemos deixar Deus em primeiro lugar, o Senhor nos acompanha em todos os momentos de nossa vida.

Veja também: Lições de fé: o que aprendi com o desemprego

| Santos no Brasil

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