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O que aprendemos sobre o dia de Pentecostes em Atos

Pentecostes

Pentecostes

Atos 2 frequentemente chama a atenção dos estudiosos do Novo Testamento, pois é aqui que o poder do Espírito Santo começa a se manifestar na vida da igreja nascente.

Os apóstolos, cujo corpo se tornou completo com a adição de Matias como substituto do falecido Judas (Atos 1:26), haviam se reunido com outros membros da igreja no templo de Jerusalém.

Eles provavelmente se reuniram no lado leste do enorme Pátio dos Gentios, sob o Pórtico de Salomão, um local favorito para os membros da igreja se reunirem (Atos 3:11; 5:12).  Precisamente no “dia de Pentecostes, estavam todos concordemente reunidos” (Atos 2:1).

Neste momento, o Senhor escolheu chamar a atenção de todos que estivessem dispostos a prestar atenção:

“E de repente veio do céu um som, como de um avento veemente e impetuoso,” esse não foi o evento completo, porque em seguida lemos que “foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, e pousaram sobre cada um deles” (os Doze).

Como ponto culminante, “E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas” (Atos 2:2–4). Na verdade, o Senhor havia preparado a mesa.

Pentecostes é a festa israelita que ocorre 50 dias após a Páscoa e celebra as primícias da colheita, geralmente cevada que agora já estava nos campos locais e “já [estavam] brancas para a ceifa” (João 4:35).

Em grego, o dia é chamado pentēkostē, que significa 50. Em hebraico, é chamado shavuōt, que significa “semanas”, com o sentido de que este dia especial cai uma semana (sete) de semanas após a Páscoa.

Todos os homens israelitas tinham a obrigação de vir a esta festa, se possível, assim como à Páscoa e à Festa dos Tabernáculos (Êxodo 23:14–17; 34:18–24; Deuteronômio 16:16).

Naturalmente, nem todos podiam fazer as três viagens a cada ano. Muitos tinham que escolher qual celebração iriam participar, se alguma, como fez Paulo quando viajou para Jerusalém pela última vez, saindo da Grécia para participar do Pentecostes (Atos 20:16).

Para este evento de um dia, judeus de todo o mundo se reuniam, basicamente do sul do Iraque até o oeste da Espanha. Isso é exatamente o que vemos nos idiomas estrangeiros dos judeus que Lucas lista como convidados no templo naquele dia (Atos 2:9–11).

Importante mencionar que “prosélitos” se juntaram a eles (Atos 2:10), ou seja, gentios que foram atraídos à sinagoga como uma instituição valiosa de adoração e instrução moral. Eram esses não-judeus que Paulo regularmente atraía como missionário.

O fogo e o Espírito Santo

As línguas de fogo que haviam pousado sobre os Doze atraíram grande parte da multidão reunida para a parte do templo onde os crentes estavam reunidos, assim como a rápida disseminação da notícia do evento – “quando ocorreu aquele som” (Atos 2:6).

O que também impressionou foi o fato de que os “galileus” (2:7), evidentemente reconhecidos por seus sotaques (Mateus 26:73), estavam falando nas línguas estrangeiras dos convidados.

Com a multidão impressionada e até confusa – “Que quer isto dizer?” (Atos 2:12) – Pedro se adiantou e, com voz alta, dirigiu-se à enorme audiência.

Citando as palavras do profeta Joel sobre manifestações espirituais vindouras, ele rapidamente apresentou aos ouvintes “Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós” (Atos 2:22). Era Ele, afirmou Pedro, “Ao qual Deus ressuscitou, libertando-o das dores da morte” (Atos 2:24).

Além disso, como Pedro havia lembrado seu ouvintes momentos antes, o que eles acabaram de presenciar foi uma experiência com o Espírito Santo que Cristo “derramou” e era uma experiência “que vós agora vedes e ouvis” (Atos 2:33).

Em outras palavras, eles eram testemunhas de uma manifestação divina ligada a Jesus Cristo. Diante disso, “compungiram-se em seu coração” e disseram a Pedro e aos apóstolos: “Que faremos, homens irmãos?” (Atos 2:37). O Senhor estava prestes a alimentar a multidão em Sua mesa.

Pedro e seus companheiros estavam prontos para a pergunta “O que faremos?”. As ações necessárias eram simples: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).

O resultado? Aqueles que então “de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se à igreja quase três mil almas” (Atos 2:41). A maioria dessas pessoas, é claro, era de fora da cidade.

Talvez algumas centenas morassem em Jerusalém e se tornaram a base da igreja na capital. Mais tarde, ouvimos falar deles entre a “multidão dos que criam” (Atos 4:32), entre “as viúvas” dos “gregos” e “hebreus” (Atos 6:1), entre uma “grande multidão dos sacerdotes obedecia à fé” (6:7), entre aqueles reunidos na “casa de Maria” (12:12) e entre “a seita dos fariseus, que tinham crido” (15:5).

Duas perguntas importantes

Uma pergunta insiste por uma resposta. Por que as autoridades não intervieram nos eventos que estavam ocorrendo sob seus olhos, dentro do templo?

A resposta é que eles estavam totalmente distraídos com tudo o que estava acontecendo perto do santuário, longe do Pórtico de Salomão.

Milhares de visitantes haviam vindo para pagar seu imposto do templo e oferecer sacrifícios. O comércio de troca de moedas e venda de animais ocorria sem o envolvimento direto dos funcionários do templo.

No entanto, certamente desempenhavam um papel de supervisão, mesmo que de forma discreta.

Além disso, o intenso trabalho dos sacerdotes durante este festival de um dia ocorria especialmente no amplo pátio que cercava o santuário, onde milhares de animais eram mortos, sangrados adequadamente, habilmente pendurados e esfolados, e então queimados no grande altar que ficava ao lado de onde ocorria todo esse abate.

Em outras palavras, as autoridades estavam sob tremenda pressão para atender às necessidades da multidão de adoradores reunidos, a maioria dos quais precisava oferecer pelo menos um sacrifício naquele dia.

Agora chegamos a outra pergunta importante. O que aconteceu com todos esses adoradores que vieram de fora da cidade? Resposta: todos voltaram para casa.

Mas milhares deles carregavam em suas mentes as memórias daquele dia perto do Pórtico de Salomão e, mais significativamente, em seus corações o Espírito Santo.

Era como se faíscas de luz divina fossem espalhadas pelo Mar Mediterrâneo e por todo o Egito e os desertos orientais e as montanhas e costas da Ásia Menor ao norte.

Essas pessoas crentes estariam nos lugares certos quando Paulo e outros missionários chegassem às suas cidades, vilas e aldeias, encontrando corações calorosos e receptivos.

O Senhor tinha preparado Sua mesa em um dia importante na vida de milhares de judeus fiéis, os alimentou com Sua generosidade espiritual e então os enviou para casa cheios de Sua luz.

Fonte: LDS Living

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