Vivemos em um mundo cada vez mais conectado e, ao mesmo tempo, cada vez mais sensível — mas nem sempre para o lado certo. Recentemente, uma cena de uma série da Apple TV, Your Friends and Neighbors, chamou a atenção por ridicularizar um símbolo sagrado do cristianismo: a hóstia consagrada. Para muitos, aquilo não foi “apenas uma piada”, mas um sinal de como o sagrado vem sendo banalizado em nome do entretenimento.

Infelizmente, não é um caso isolado. Na cultura popular, zombar da fé parece ter se tornado aceitável — até elogiado. O que antes era visto como reverência, hoje muitas vezes é tratado como alvo de piada. Uma simples busca na internet e nos deparamos com muitos insultos à religião entre cantores, em Hollywood, e até mesmo nos jogos olímpicos.

O que será que perdemos na sociedade com essas situações?

Por que a religião faz diferença

É fácil olhar para as falhas de pessoas e instituições religiosas e concluir que a religião é o problema. Mas a história, a ciência e até mesmo a experiência social, mostram outra realidade: quando a fé é vivida de forma sincera, ela produz frutos bons — tanto individuais quanto coletivos.

Religião organizada não é apenas culto ou tradição; ela molda caráter, inspira serviço, fortalece famílias e comunidades. Em um estudo recente, pesquisadores de Harvard descobriram que frequentar serviços religiosos semanalmente está associado a:

  • Uma redução de até 35% na mortalidade em 10 a 15 anos.
  • Menores índices de depressão e dependência química.
  • Relações sociais mais fortes e apoio comunitário mais sólido.

Esses dados reforçam o que muitos já sabem pela vivência: a fé, quando praticada de forma autêntica, nos torna mais humanos e mais dispostos a cuidar uns dos outros.

Imagem: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Quando a fé se torna um alicerce para a sociedade

Pense nas crises que já enfrentamos globalmente — desastres naturais, pandemias, conflitos sociais. Quem estava lá, muitas vezes na linha de frente? Igrejas, instituições de fé e milhares de pessoas anônimas, movidas por princípios cristãos de serviço, caridade e generosidade. Essas comunidades:

  • Prestam socorro em emergências.
  • Apoiam os necessitados — idosos, crianças vulneráveis, refugiados.
  • Promovem saúde e bem-estar.
  • Oferecem um senso de pertencimento e propósito.

A fé não resolve todos os problemas, mas frequentemente se torna o solo onde soluções reais florescem. O élder Dieter F. Uchtdorf ensinou:

“Se tais valores fossem adotados por todos, a cortesia substituiria os palavrões, a dignidade substituiria o desgosto, o ódio diminuiria e o amor e o respeito aumentariam através das fronteiras geográficas e ideológicas.”

Imagem: Canva

O que perdemos quando desvalorizamos a religião

Vivemos um paradoxo: pedimos tolerância, mas muitas vezes a negamos justamente para aqueles que creem. Ridicularizar o que é sagrado não nos torna mais livres — nos torna mais frios, mais distantes uns dos outros. Quando rejeitamos a moralidade que a fé propõe, muitas vezes também afastamos os antídotos para os males que mais reclamamos.

Certa vez, perguntaram ao Presidente Gordon B. Hinckley sobre a felicidade dos missionários:

Por que os missionários são felizes? Porque eles se esquecem de si mesmos no serviço ao próximo.

Ao nos esquecermos de nós mesmos e servirmos nosso próximo, amando, e principalmente respeitando, seremos mais felizes.

A verdade é simples: religião não é a raiz dos males do nosso tempo — a ausência de valores sólidos é que costuma ser. Fé genuína gera esperança, inspira mudanças reais e ajuda a construir sociedades mais saudáveis.

Defender a religião não é impor crenças; é reconhecer que ela tem um papel vital na sociedade. É escolher valorizar o que fortalece a família, o indivíduo, e fortalece os vínculos da sociedade.

Fonte: Meridian Magazine

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