Em que os Mórmons acreditam?
Os santos dos últimos dias incorporam em seu código religioso todos os padrões éticos e doutrinas básicas do Novo Testamento. Ensinam a necessidade de boas obras, fé, arrependimento e batismo; virtude e honra; além da necessidade e eficácia da oração. Quanto a isso, podem parecer apenas mais uma entre a multidão de denominações cristãs.
Não obstante, têm freqüentemente sido considerados como hereges. Os credos e profissões de fé formais das igrejas romana e protestantes não fazem parte de sua teologia. Isto não é de admirar, visto que o mormonismo não é ramificação de qualquer igreja dos nossos dias.
Inicia-se com os ensinamentos da Bíblia. Estes foram aplicados justamente com o que seus membros chamam de revelação moderna. Esta combinação dá ao mormonismo uma força e sabor particulares.
Deus e o homem
Em primeiro lugar, entre os ensinamentos mórmons, está a crença e a fé em Deus, o Pai, em Jesus Cristo, Seu Filho, e no Espírito Santo. Mas o conceito mórmon não é estabelecido em credos vagos. É simples e direto.
Deus é, na forma, como o homem. Ou melhor, o homem é, na forma, como Deus. É pessoal. Ele fala. E falou com o homem. É um ser exaltado; tem toda a sabedoria e todo o poder. Mas é misericordioso e bom. É o pai dos espíritos de todos os homens e tem profunda consideração e interesse pelos Seus filhos. Sua obra e Sua glória residem no bem-estar destes.
Jesus Cristo é Seu filho, gerado na carne. Ele viveu, morreu e ressuscitou literalmente, conforme relata o Novo Testamento. Foi o Salvador e Redentor de todos os homens, de acordo com um plano formulado antes da criação do mundo. Ele ainda vive, um ser de forma e personalidade distintas.
O Espírito Santo é um personagem de espírito, embora uma seja uma personalidade individual. Entre outras coisas, age com revelador, através do qual podemos “saber a verdade de todas as coisas” (Morôni 10:5) e, através de nosso arrependimento, nos santifica do pecado (ver 3 Néfi 27:19-20).
Estes três seres distintos contituem a Trindade. A doutrina é explícita. Surgiu em virtude de uma experiência notável: Deus, o Pai, e Jesus Cristo revelaram-Se a Joseph Smith em resposta a uma oração. (O relato minuncioso está em Joseph Smith – História.) O efeito dessa doutrina é poderoso, pois aqueles que nela acreditam oram a Deus como a alguém próximo e pessoal.
E quanto ao homem?
O homem é, na realidade, um filho de Deus. Nada, no universo, é mais importante que o indivíduo. Seu espírito foi gerado por Deus. Conseqüentemente, todos os homens são literalmente irmãos.
No conceito mórmon, a frase “a paternidade de Deus e a fraternidade dos homens” adquire um significado novo e poderoso.
O ser humano é a maior criação de Deus. O mundo foi formado para ele. Seu bem-estar é a principal preocupação do Pai. Deus não faz do homem um joguete. Ele o persuade e orienta, mas nunca força. O homem é livre para escolher seu próprio caminho. Não existe predestinação na teologia mórmon. O livre arbítrio é um dom sagrado, divinamente concedido. Eia a resposta à antiga pergunta: “Se Deus ama Seus filhos, por que permite guerras, contendas e outros males?” Poruq econsidera inviolável o direito dado ao homem de escolher o próprio caminho, entre o bem e o mal, entre a vida e a destruição.
Deus ajuda aqueles que o buscam? Sim, mas todas as bênçãos são baseadas na obediência do homem à lei. O homem deve, portanto, viver à altura de princípios divinos para reivindicar as bênçãos de Deus. Somente aqueles que O buscam e procuram fazer Sua vontade têm direito a elas.
Continua…