5 Perigos das Redes Sociais Identificados pelos Profetas e Líderes da Igreja
As redes sociais virtuais são uma tecnologia inspirada, que surge em nossos dias para que a mensagem de salvação alcance mais pessoas. Vários líderes da Igreja expressaram os benefícios da correta utilização das redes sociais, e até incentivaram os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Igreja Mórmon) a participarem da conversa online sobre a Igreja. Todos os apóstolos possuem uma conta no Facebook, por exemplo – e a Igreja se esforça para estar presente em todo tipo de mídia social.
Elder David a. Bednar, por exemplo, ensinou:
“O Senhor está acelerando Seu trabalho, e não é coincidência que essas invenções e inovações poderosas de comunicação estão ocorrendo na dispensação da plenitude dos tempos. Canais de mídia social são ferramentas globais que podem influenciar individual e positivamente um grande número de pessoas e famílias. E acredito que tenha chegado o momento de nós, discípulos de Cristo, usarmos essas ferramentas inspiradoras de forma adequada e muito mais eficiente para testificar de Deus, o Pai Eterno, e de Seu plano de felicidade para Seus filhos e Seu filho Jesus Cristo, como Salvador do mundo, para proclamar a realidade da Restauração do evangelho nestes últimos dias, e para concluir a obra do Senhor.” [1]
Os 5 Perigos das Redes Sociais
Entretanto, as redes sociais apresentam diversos perigos, que foram identificados pelos líderes da Igreja. Confira:
1- Orgulho. Um dos perigos das redes sociais é a manifestação do orgulho. Alguns ficam obcecados com curtidas, postam fotos picantes, desejam ser honrados por suas opiniões, etc. Vaidade, autopromoção, egoísmo, arrogância e muitas outras formas de orgulho são nítidas. O Elder Steven E. Snow, dos Setenta, explicou que “o Salvador ensinou a Seus seguidores que eles deviam ser humildes como uma criancinha para entrar no reino do céu. (…) [Precisamos evitar nos] tornar obcecados pela autopromoção, pela competição, pela inveja e pelo ressentimento devido ao triunfo dos colegas. Sou grato por ter tido uma mãe que, ao ver que eu, quando jovem, estava ficando muito orgulhoso, dizia: “Filho, um pouco de humildade agora lhe faria muito bem” [2]. O Élder Quentin L. Cook disse: “Um preeminente pensador, Arthur C. Brooks (…) observou que, quando usamos as mídias sociais, temos a tendência de divulgar detalhes positivos de nossa vida, mas não os momentos difíceis que passamos na escola ou no trabalho. Retratamos uma vida incompleta, às vezes de modo a promover-nos ou a transmitir uma imagem falsa. Compartilhamos essa vida e depois consumimos “a vida quase exclusivamente (…) falsa de [nossos] ‘amigos’ das redes sociais”. Brooks declara: “Como é possível não nos sentirmos piores quando passamos parte de nosso tempo fingindo ser mais felizes do que somos, e a outra parte do tempo vendo como os outros parecem ser mais felizes do que nós?” [3]
2- Esconder a Identidade. O Elder Quentin L. Cook disse: “Toda utilização da Internet para agredir, destruir uma reputação ou colocar uma pessoa em má situação é condenável. O que vemos na sociedade é que quando as pessoas vestem a máscara do anonimato, é mais provável que participem desse tipo de conduta, tão destrutiva para o convívio respeitoso. Isso também viola os princípios básicos ensinados pelo Salvador. Os justos não precisam usar máscaras para ocultar sua identidade.” [4]
3- Deixar de desfrutar a vida real em prol de uma virtual. Elder David A Bednar exortou: “Ergo hoje a voz apostólica de advertência para a possível influência repressiva, sufocante, anuladora, e restritiva que alguns tipos de interações e experiências realizadas no mundo virtual podem ter sobre nossa alma. Essa preocupação não é algo novo: aplica-se igualmente a outros meios de comunicação como a televisão, o cinema e a música. No mundo virtual, porém, esses desafios são ainda mais difundidos e intensos. Rogo que tomem cuidado com a influência entorpecente e espiritualmente destrutiva das tecnologias do ciberespaço que são usadas para produzir alta fidelidade e promover propósitos degradantes e malignos” [5]
4- Perder Tempo. Elder David A. Bednar foi enfático: “Um rapaz ou uma moça pode desperdiçar incontáveis horas, adiar ou perder realizações profissionais ou acadêmicas e, por fim, sacrificar ternos relacionamentos humanos por causa de videogames e jogos on-line que embotam a mente e o espírito. O Senhor declarou: “Portanto dou-lhes o seguinte mandamento: Não desperdiçarás teu tempo nem enterrarás teu talento, de modo que não seja conhecido” (D&C 60:13).” Depois ele exemplificou: “Pensem (…) [em] dois jovens que se casaram recentemente na casa do Senhor. Um cônjuge imaturo ou iludido pode dedicar tempo excessivo a videogames e salas de bate-papo on-line ou permitir que, de alguma outra maneira, o mundo digital tome o lugar das coisas como realmente são. Inicialmente, o investimento de tempo pode parecer relativamente inócuo, com a justificativa de que não passam de alguns minutos necessários para aliviar a correria do cotidiano, mas com isso se perdem oportunidades importantes de desenvolver e aprimorar habilidades interpessoais, de compartilhar alegrias e tristezas e de criar um vínculo rico e duradouro de intimidade emocional. Pouco a pouco, um entretenimento aparentemente inocente torna-se uma forma de escravidão perniciosa.” Depois ele incentivou os membros a refletirem: “O tempo que vocês passam usando as diversas tecnologias e meios de comunicação amplia ou restringe sua capacidade de viver, amar e servir de modo significativo?” [6]
5- Pornografia. A irmã disse: “Muitas crianças, jovens e adultos são inocentemente expostos à pornografia, mas um número cada vez maior de homens e mulheres está optando por vê-la e voltando a fazê-lo repetidas vezes até isso se tornar um vício. (…) Como pais e líderes, precisamos aconselhar continuamente nossas crianças e nossos jovens, ouvindo com amor e compreensão. Eles precisam saber dos perigos da pornografia e de como ela domina a vida das pessoas, causando a perda do Espírito, sentimentos distorcidos, enganos, relacionamentos prejudicados, perda de autocontrole e um consumo quase total de tempo, pensamentos e energia. A pornografia está mais sórdida, maligna e explícita do que nunca. Ao nos reunirmos em conselho com nossos filhos, juntos podemos criar um plano da família com padrões e limites, sendo proativos na proteção de nosso lar com filtros nos dispositivos eletrônicos. Pais, estamos cientes de que os celulares com acesso à Internet, e não os computadores, são os maiores vilões?” [7]
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REFERENCIAS
[1] “Varrer a Terra como um Diluvio“, 19 de agosto de 2014, Semana Educacional no campus da Universidade Brigham Young em Provo, Utah.
[2] “Sê humilde” Conferência Geral Abril de 2016
[3] “Escolher com sabedoria“, Conferência Geral Outubro de 2014
[4] “Não usem máscaras“, lds.org
[5] “As coisas como realmente são“, A Liahona, junho de 2010, pg. 22
[6] Idem a nota anterior.
[7] “Proteção contra a Pornografia — Um Lar Centralizado em Cristo“, Conferência Geral Abril de 2014.