15 perguntas e respostas sobre questões LGBTQIA+ que os membros da Igreja de Jesus Cristo deveriam saber
Nota: O ponto de vista expresso no artigo pertence ao autor. Adaptado de – SquareTwo, Vol. 12 No. 1 (Primavera de 2019) Como defender a posição da igreja sobre sexualidade: pontos de discussão.
Quando as pessoas desafiam a posição sobre a sexualidade humana de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, usando frases de efeito emprestadas de lutas raciais ou de igualdade, os santos dos últimos dias muitas vezes têm dificuldade em saber como responder sem parecer rudes ou fanáticos.
Como forma de apoiar os membros da Igreja que desejam se envolver de forma produtiva nesse assunto, este breve artigo apresenta resumos simples de um ponto de vista religioso que pode ajudar a defender os ensinamentos vitais da Igreja sobre a sexualidade.
Esperamos que essas 15 perguntas abaixo possam encorajar pessoas fiéis que precisam de algum apoio extra.
1. A lei da castidade não deveria se aplicar igualmente a todos?
É verdade.
A Igreja afirmou claramente que as relações sexuais devem ser restritas a um homem e uma mulher que sejam legalmente casados. O fato de que o relacionamento deve ser entre homem e mulher reflete a abordagem do evangelho sobre gênero e sexualidade, bem como nossa convicção sobre a lei da castidade.
2. Se duas pessoas se amam, querem ser monogâmicas e querem ser ativas na Igreja, isso não deveria ser suficiente? [A implicação, raramente vocalizada, é que a Igreja deve solenizar os selamentos entre pessoas do mesmo sexo].
Não.
Fica claro em Doutrina e Convênios 132, nas palavras dos profetas modernos e em A Família: Proclamação ao Mundo que, embora o amor e a preocupação sejam uma parte importante das relações conjugais, não são o único motivo. O sexo é eterno, e ambas as metades complementares da humanidade são necessárias para a deificação e crescimento eterno.
3. A posição da Igreja contribui para o suicídio de adolescentes gays?
Não há nenhuma evidência para esta afirmação.
Mesmo que houvesse alguma evidência sobre isso (o que não existe), é igualmente provável que a contra narrativa dos santos dos últimos dias homossexuais celibatários seja um fator que contribui para sentimentos de desespero. Embora aqueles que insistem que a doutrina da Igreja leva ao suicídio de adolescentes com atração pelo mesmo sexo possam exercer pressão política sobre a Igreja, eles também correm o risco de causar o contágio do suicídio (a disseminação do suicídio que pode acontecer quando as pessoas pensam que outros estão cometendo suicídio) no mesmo grupo estão tentando proteger.
Conclusão: os profetas não dizem aos jovens LGBTQIA+ que Deus não os ama e os está condenando a uma vida de miséria.
4. A Igreja vai mudar nessa questão, assim como mudou a doutrina relativa aos negros e ao sacerdócio?
Os negros receberam o sacerdócio nos primórdios da Igreja e, ao longo da história da Igreja, vários líderes prometeram uma época em que receberiam o sacerdócio. Isso nunca aconteceu no caso de selamentos entre pessoas do mesmo sexo. Alguns membros da Igreja acreditam que o selamento entre pessoas do mesmo sexo é uma extensão natural dos direitos raciais, mas isso é muito questionável e pode ser um insulto para os membros negros que apoiam a posição da Igreja. Também é importante observar que a atual liderança da Igreja falou com firmeza sobre a natureza imutável dessa doutrina e o fez com plena consciência das duras lições aprendidas com a proibição do sacerdócio.
Veja também: A homossexualidade e o amor pelo Evangelho de Jesus Cristo
5. Por que Deus faria indivíduos LGBTQIA+ se Ele não os ofereceria uma maneira de se expressarem sexualmente?
O evangelho, às vezes, pede que as pessoas façam sacrifícios, como dar a outra face e amar seus inimigos, então por que a restrição sexual estaria isenta? As pessoas nascem com todos os tipos de disposições, sexuais ou não, que vão contra o Evangelho.
Claramente, Deus permite que isso seja parte de algumas das experiências de Seus filhos. Mas o fato de alguém passar por algo em nosso mundo decaído não significa que Deus necessariamente o “fez” dessa forma. A melhor evidência até o momento mostra que a contribuição genética para a homossexualidade é muito fraca – com cientistas comportamentais dizendo há muito tempo que a orientação homossexual resulta de uma “interação complexa de fatores ambientais, cognitivos e biológicos”.
6. A Igreja está indo contra a direção da história. Solenizar o selamento entre pessoas do mesmo sexo em nossos templos é apenas uma questão de tempo.
O argumento da “direção da história” é antitético a qualquer religião que alega ser baseada na lei eterna. Esse argumento foi usado por todos os tipos de pessoas, porque em certos pontos parecia que a direção da história se inclinava em determinada direção. Não está claro se alguém sabe qual é a “direção da história” e porque, nesse caso, deve ser nosso guia moral. Por exemplo, hoje em dia as taxas de mortes pelo uso de drogas estão disparando, então essa é a direção da história? A história sempre se move em uma direção positiva?
7. Meus vizinhos gays são pecadores?
Sim, mas todos nós somos.
Diferentes leis têm diferentes bênçãos associadas a elas (D&C 130: 21) e para obter a maior glória, devemos fazer o novo e eterno convênio do casamento nesta vida ou na próxima (D&C 131:2, D&C 132). Seus vizinhos gays se qualificam para receber bênçãos por viver aquelas porções da lei de Deus com as quais estão em harmonia, e muitos deles levam uma vida exemplar. Mas ser bom não é o suficiente para receber tudo o que Deus tem para nós. Existem outros requisitos que também precisam ser cumpridos. Esses vizinhos herdarão uma glória eterna da mesma forma que um bom vizinho que bebe café e que nunca se filiou à Igreja ou o doce casal heterossexual que vive na casa ao lado.
8. Jesus já falou sobre homossexualidade?
Jesus endossou especificamente o casamento entre homem e mulher, então está claro que Jesus afirma o ensino do Antigo Testamento sobre o desígnio divino por trás do casamento entre homem e mulher. No entanto, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não baseia sua doutrina apenas nas palavras existentes nas escrituras de Jesus Cristo ou em uma interpretação particular da Bíblia. Acreditamos na orientação profética contínua do Senhor. Comentários recentes do Élder Holland confirmam até que ponto a liderança da Igreja tem, de fato, buscado revelação sobre essas questões diretamente do Senhor.
9. A Igreja ainda insinua que ser gay é uma escolha?
Isso é comprovadamente falso.
Em praticamente todos os tratamentos recentes desse assunto, é explicitamente observado ou implícito que as pessoas têm uma variedade de disposições sexuais e físicas que não escolheram. A confusão neste ponto se torna mais compreensível quando você percebe que alguns estão confundindo “ser gay” (ou seja, ter uma atração sexual pelo mesmo sexo) com comportamento homossexual. Embora não possamos controlar nossos sentimentos, podemos escolher nosso comportamento sexual.
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10. Você é homofóbico.
Uma fobia é um termo clínico que descreve alguém que tem medo patológico e irracional de algo, então não é um rótulo apropriado para alguém que não nutre respeito por indivíduos LGBTQIA+. O uso desse termo conota que alguém tem que ser mentalmente doente para discordar de certa posição, e há um precedente histórico sombrio na patologização de discordâncias sociais, políticas ou teológicas. Em última análise, este termo serve para silenciar o debate e a discussão simplesmente rotulando certas posições, sem primeiro considerá-las de forma justa.
11. Você é um aliado?
Na linguagem popular, “aliado” geralmente se refere a um conjunto de crenças sociais e políticas, além das atitudes em relação a indivíduos que se identificam como LGBTQIA+. É, portanto, possível sentir amor e respeito genuíno pelos indivíduos LGBTQIA+ sem adotar as crenças que costumam acompanhar o termo “aliado”. Em um sentido mais amplo, me considero um aliado e um amigo que promove o bem-estar e a felicidade de todas as identidades raciais, étnicas, religiosas e sexuais. Se determinados indivíduos nesses grupos me consideram um aliado, é decisão deles.
12. Como uma pessoa heterossexual, você não tem como saber o que os membros gays da Igreja estão passando. Você vai se casar no templo com alguém por quem se sente atraído. É muito fácil para você dizer essas coisas quando não precisa conviver com isso.
Claro.
Cristo é a única pessoa que já viveu nesta terra que pode legitimamente alegar saber o que todos passaram, mas isso não significa que não devemos pensar sobre o que os outros enfrentaram ou procurar cultivar maior empatia por eles.
13. Podemos ser amigos de alguém da comunidade LGBTQIA+?
Sim, e é importante entender os pensamentos e sentimentos dos indivíduos LGBTQIA+.
Os argumentos, no entanto, devem ser capazes de se sustentar por conta própria, independentemente da identidade de quem os está formulando. E quando pessoas com crenças heteronormativas apontam para uma amizade com indivíduos LGBTQIA+, muitas vezes são ridicularizados, portanto, não há incentivo para ser aberto sobre suas conexões pessoais com amigos ou familiares LGBTQIA+.
14. A posição da Igreja sobre este assunto a tornará menos atraente para as pessoas.
Se uma posição particular torna a Igreja popular ou não, não está logicamente relacionado ao fato de a posição refletir a vontade de Deus. Se Deus se importasse muito em tornar Sua Igreja restaurada popular, nossa história teria sido muito diferente! Além disso, a formalização dos selamentos entre pessoas do mesmo sexo provavelmente impediria a presença da Igreja em nações menos desenvolvidas que formarão a espinha dorsal da Igreja no futuro.
15. Devemos amar nossos irmãos e irmãs LGBTQIA+?
Claro!
Eu concordo, e o mesmo acontece com todas as Autoridades Gerais e praticamente todos os membros da Igreja; este não é um ponto controverso na comunidade santos dos últimos dias. Não há contradição e nem falta de sinceridade em ter um testemunho da posição da Igreja sobre a sexualidade humana enquanto ama as pessoas incondicionalmente. Este tema é abundante nas mensagens da Igreja sobre o assunto.
Fonte: Public Square Magazine
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