O Evangelho possui muitos símbolos. Nas escrituras vemos o uso recorrente de simbolismos. Os sinais e símbolos no evangelho estão nas ordenanças do sacerdócio, na vida dos profetas, nas parábolas do Senhor, nas alegorias que seus servos pronunciam, etc.

Direita é símbolo de retidão. O salmista expressou: “ó Deus (…) a tua mão direita esta cheia de justiça” – e numa outra versão da Bíblia a passagem fica assim: “ó Deus (…) de retidão está cheia a tua destra” (Salmos 48:10).

A direita é, pois, o lado que simboliza o status de estar com Deus e ser Deus (Marcos 16:19, Colossenses 3:1, I Pedro 3:22, Morôni 9:26); o lado que representa o poder de Deus – “eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra de minha justiça” (Isaías 41:10; João 21:6; Atos 2:25 e 3:3, 5:31); o lado que deduz a verdade e a revelação (Ezequiel 10:3, Lucas 1:11); lado dos convênios e ordenanças salvadoras (Levítico 14:25-28; Salmos 20:6, 60:5, 63:8, 118:15; Atos 3:7; Apocalipse 1:16); e, o lado da recompensa eterna – “porque os nomes dos justos serão escritos no livro da vida e a eles concederei uma herança a minha mão direita” (Alma 5:58, Helamã 3:30, Éter 12:4).

Cristo estava a direita de Deus na visão que Estevão e que Joseph tiveram (Atos 7:56; D&C 76:23). Os justos estarão a direita Dele quando ele retornar (Mosias 5:9, Moisés 7:56-57).

Lado direito x esquerdo

Firmamos muitos dos convênios com o Senhor por meio de ordenanças (ritos sagrados) com um aceno ou gesto da mão direita. Por exemplo, o portador do sacerdócio que realizar o batismo deve erguer o braço direito em angulo reto [1]. Isaías ensinou que os santos devem erguer uma bandeira num monte e acenar com a mão, convidando outros às portas dos nobres.

“com a mão” à outros povos, “a fim de que entrem pelas portas dos nobres” (Isaías 13:2; ver também 2 Néfi 23:2-3). A porta que devemos “entrar é o arrependimento e batismo com água” (2 Néfi 31:17). Mas certamente inclui outros portais que nos levam a exaltação (lugar mais nobre que há), tais como as belas e brancas portas do Templo, mencionadas no Hino “Bela Sião” no Hinário da Igreja (Hinos, #25).

Em contraste, o lado esquerdo representa maldição, condenação, mentira e trevas. Embora seja evidente, e quase desnecessário, faço a ressalva de que os canhotos não têm qualquer desvantagem perante os destros – e perante Deus. Assim, o lado direito é um símbolo nas escrituras, e não uma característica de vantagem na vida. Todavia os canhotos serem mais raros que os destros – isso não retira o crédito espiritual de alguém que, ao contrario da maioria, escreve com a mão oposta. Prova disso é a afirmação feita pelo escritor bíblico de que “Eúde, filho de Gêra, benjamita”, que foi um dos antigos juízes que foi um instrumento nas mãos de Deus para libertar Israel, era um “homem canhoto” (Juízes 3:15).

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NOTAS

[1] Em “As Ordenanças e Bênçãos do Sacerdócio”, no Guia da Família, na pg. 19-20 encontramos a seguinte explicação sobre o modo de se batizar: “Sob a direção da autoridade presidente, um sacerdote digno ou um portador do Sacerdócio de Melquisedeque poderá realizar a ordenança do batismo. Para fazê-lo, ele:

1. Fica de pé na água com a pessoa a ser batizada;

2. (Por conveniência e segurança) segura o pulso direito da pessoa com a mão direita; a pessoa a ser batizada segura o pulso esquerdo do portador do sacerdócio com a mão esquerda;

3. Levanta o braço direito em ângulo reto;

4. Declara o nome completo da pessoa e diz: “Tendo sido comissionado por Jesus Cristo, eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém” (D&C 20:73);

5. Faz com que a pessoa segure o nariz com a mão direita (por conveniência); então, o portador do sacerdócio coloca a mão direita no alto das costas da pessoa e imerge-a completamente, incluindo as roupas da pessoa;

6. Ajuda a pessoa a sair da água.”

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