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Comentários sobre a nova norma que permite o batismo de filhos LGBTQ

Recentemente a Igreja fez mudanças em algumas normas para que filhos de pais que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros possam ser abençoados quando bebês e batizados em A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias aos oito anos, sem necessidade de uma aprovação especial da Primeira Presidência. Esse anúncio altera uma política estabelecida em 2015, em resposta a decisão da Suprema Corte dos EUA, que reconheceu a constitucionalidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Desejo brevemente abordar a distinção entre política da Igreja, cultura na Igreja e doutrina do evangelho – usando o caso da mudança de posicionamento da Igreja em relação aos filhos de casais LGBTQ como base para a discussão.

A política de 2015

Naquela ocasião o Elder D. Tood Christofferson disse:

“Com a decisão da Suprema Corte nos Estados Unidos, havia uma necessidade de ser feita uma distinção entre o que pode ser legal e o que é a lei da Igreja e a lei do Senhor e como respondemos a isso. Então é uma questão de ser claro; é uma questão de entender certo e errado; é uma questão de uma política firme que não permita perguntas ou dúvidas [quantos as questões morais]. Achamos que é possível e obrigatório, nos incumbir de, como discípulos do Senhor Jesus Cristo, nunca deixar de lado o amor, a simpatia, a ajuda e a fraternidade e o serviço em que fazemos de tudo por alguém; mas, ao mesmo tempo, mantendo os padrões que Ele manteve. (…)

(…) Essa política se origina dessa compaixão. Origina-se do desejo de proteger as crianças em sua inocência e em seus anos minoritários. Quando, por exemplo, há a bênção formal e a nomeação de uma criança na Igreja, o que acontece quando uma criança tem pais que são membros da Igreja, isso desencadeia muitas coisas. Primeiro, um registro de membro para eles. Isso desencadeia a designação de professores visitantes e familiares. Isso gera uma expectativa de que eles estarão na Primária e nas outras organizações da Igreja. E isso provavelmente não será uma coisa apropriada no ambiente doméstico, no ambiente familiar em que eles estão vivendo quando crianças, onde seus pais são um casal do mesmo sexo. Não queremos que haja os conflitos que isso geraria. Não queremos que a criança tenha que lidar com questões que possam surgir quando os pais se sentem de um jeito e as expectativas da Igreja são muito diferentes (…).

Essa decisão impedia as crianças e adolescentes filhos de casais LGBTQ de serem batizados na Igreja, contudo, eles podiam receber bênção de saúde, conselho e desfrutar do convívio dos santos.

A mudança de posicionamento

Na semana passada a Primeira Presidência anunciou que essa política mudou.

“Essas mudanças de norma vêm depois de um longo período de aconselhamento com nossos irmãos no Quórum dos Doze Apóstolos, após fervorosa oração unida para entender a vontade do Senhor”

Ao anunciar as mudanças, o Presidente Dallin H. Oaks disse que “tais políticas muito positivas” devem ajudar as famílias afetadas.

“Além disso, os esforços dos nossos membros para mostrar mais compreensão, compaixão e amor devem aumentar o respeito e a compreensão entre todas as pessoas de boa vontade. Queremos reduzir o ódio e a disputa tão comuns hoje. Estamos otimistas de que a maioria das pessoas — sejam quais forem suas crenças e orientações — anseiam por uma melhor compreensão e comunicações menos contenciosas. Esse é certamente o nosso desejo, e buscamos a ajuda de nossos membros e outros para alcançá-lo.”

As mudanças de política vêm três anos e meio depois que a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos atualizaram a norma da Igreja em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo no Manual 1, um guia de instruções para os bispos e outros líderes do sacerdócio. A Norma de novembro de 2015, relacionada aos casais formados por pessoas do mesmo sexo, também atualizou a norma da Igreja que impacta seus filhos.

Leia mais sobre a mudança aqui.

Os questionamentos

Algumas pessoas, embora muito felizes com a mudança de posicionamento, ficaram confusas – se Deus revelou uma coisa antes, porque alguns anos depois revela outra distinta?

Algumas pessoas viram uma enfraquecimento ou relaxamento dos padrões de castidade e outras entenderam que a pressão social sobre a Igreja fez os líderes recuarem.

Responderei esses questionamentos da melhor forma que eu puder, de maneira sucinta – sem a pretensão de dar uma resposta terminativa ou falar em nome da Igreja ou dos líderes da Igreja.

A diferença entre política, cultura e doutrina

Política é a arte ou ciência de governar. A Igreja é o Reino de Deus na Terra e precisa ser dirigida ou comandada. Em outras palavras é preciso haver política no Reino de Deus.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não tem poderes terrenos de Estado. É uma instituição grande que está espalhada por todo o mundo. As decisões da liderança geral da Igreja afetam a vida de milhões de pessoas. Conduzir de modo bem sucedido tão grande organização é uma tarefa quase impossível, mesmo para um grupo seleto de notáveis. Daí a maravilha de Deus envolver-se pessoalmente na administração de Seu Reino.

Quando uso a palavra política aqui não estou falando sobre o envolvimento da Igreja na política ou em questões atinentes ao mundo político – eleições, partidos políticos, etc. Estou falando sobre decisões de governabilidade dentro de uma instituição e a maneira de exercer o poder de comando.

A cultura é um conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes etc. que distinguem um grupo social. A Igreja é compota de pessoas que desenvolvem hábitos, criam ou perpetuam tradições e se comportam de determinada e peculiar maneira. A cultura de diferentes nações e povos, somada as circunstancias temporais do mundo em que os membros vivem, alteram de maneira mais acentuada ou não a cultura dentro da Igreja.

Isso fica absolutamente claro quando você assiste um dos filmes da Igreja dos anos 80 – os penteados, as roupas, a musica e o modo de falar são diferentes dos nossos hoje.

A cultura da Igreja também é influenciada pela doutrina da Igreja. A doutrina são os ensinamentos e práticas do evangelho de Jesus Cristo, que estão positivados nas escrituras sagradas – as obras-padrão e os ensinamentos dos Profetas e apóstolos. A doutrina é baseada nos princípios puros e divinos da verdade e justiça de Deus. ela inclui os mandamentos divinos.

Jesus Cristo explicou sua doutrina em 3 Néfi 11 e 27. Ela inclui a fé em Jesus Cristo, o arrependimento, o batismo, o dom do Espírito Santo, a perseverança até o fim com a fidelidade aos mandamentos divinos, inclusive os recebidos no Santo Templo.

A obra de Deus por meio dos homens

Embora Deus esteja interessado em todos os assuntos de Seu Igreja e a conduza por revelação – Ele permite que os líderes e os membros desenvolvam seus talentos e ocupem-se “zelosamente numa boa causa” e façam “muitas coisas de sua livre e espontânea vontade” e realizem “muita retidão”. Afinal, “neles está o poder e nisso são seus próprios árbitros. E se os homens fizerem o bem, de modo algum perderão sua recompensa.” (D&C 58:27-28).

Neste processo, mesmo aqueles que detém as chaves – ou seja, o poder do sacerdócio para liderar, administrar e ministrar, podem cometer erros ou ser influenciados pelas circunstâncias de sua época. Neste sentido, os membros, de determinada época e lugar, estão sujeitos a erros e a algumas práticas ou pensamentos que podem ser vistos como não ideais por outros.

O fato de uma mulher usar véu para se cobrir na época do Velho Testamento, dos discípulos de Cristo não terem lavado as mãos para comer ou de alguns membros da Igreja terem se casado aos 16 anos no passado, podem perturbar alguns hoje. Mas ao analisarmos exemplos do passado precisamos levar em consideração a cultura que os envolvia. E lembrar que Deus usa a imperfeição e a fraqueza para realizar sua obra perfeita e poderosa.

O Senhor nos avisou isso a muito tempo. Logo no começo da Igreja em nossa dispensação Ele disse:

“Eis que eu sou Deus e disse-o; estes mandamentos são meus e foram dados a meus servos em sua fraqueza, conforme a sua maneira de falar, para que alcançassem entendimento.

E se errassem, isso fosse revelado;

E se buscassem sabedoria, fossem instruídos;

E se pecassem, fossem repreendidos, para que se arrependessem;

E se fossem humildes, fossem fortalecidos e abençoados do alto e recebessem conhecimento de tempos em tempos.” (D&C 1:24-28)

Essa passagem mostra que os servos de Deus são passíveis de erro. Mas se eles se humilharem serão fortalecidos e abençoados e receberam conhecimento – não de uma vez – mas de tempos em tempos. Isso mostra um outro aspecto da obra do Senhor:

“Ele dará ao fiel linha sobre linha, preceito sobre preceito; e com isso vos testarei e provarei” (D&C 98:12)

Como é dito na Página Rosto do Livro de Mórmon:

“E agora, se há falhas [na obra que Deus ordena aos homens que façam], são erros dos homens; não condeneis, portanto, as coisas de Deus, para que sejais declarados sem mancha no tribunal de Cristo.”

As expectativas divinas são grandes, pois Deus sabe nosso potencial. A Sua doutrina é nossos principal guia. A cultura do evangelho deve receber sua influencia principal da doutrina de Deus – eliminando as tradições e hábitos que afetam a pureza das leis de Deus. A política dento da Igreja também precisa ter sua fonte na doutrina divina. Todavia, as circunstancias culturais de determinada época podem influenciar posicionamentos diversos e talvez até antagônicos.

Embora a cultura e política na Igreja possam influenciar, a doutrina tem se mantido pura – e não pode ser contaminada – pois Deus dirige sua obra, e não permitirá que Sua Igreja se desvie neste últimos dias.

Deus muda? Ele pode dar uma revelação ontem e alterá-la hoje?

Deus é o mesmo ontem hoje e para sempre (Morôni 10:19, Hebreus 13:8). Sua imutabilidade é resultado de seus atributos divinos – justiça (3 Néfi 29:9), verdade (Jacó 4:13), vida e luz (Mosias 16:9), etc. Entretanto, por nos amar, Deus adapta seus mandamentos:

“Porque eis que eu sou Deus; e sou um Deus de milagres; e mostrarei ao mundo que sou o mesmo ontem, hoje e para sempre; e não trabalho com os filhos dos homens a não ser de acordo com sua fé.” (2 Néfi 27:23)

A história das escrituras nos ensinam isso. Quando, para citar um exemplo, Moisés nota que o povo não está preparado para lei maior, uma lei menor é revelada.

Morôni ensinou que o “Senhor (…) [age] para com os filhos dos homens de acordo com sua fé” (Éter 12:29). Ele “se manifesta a todos os que nele creem, pelo poder do Espírito Santo; sim, a toda nação, tribo, língua e povo, fazendo grandes milagres, sinais e maravilhas no meio dos filhos dos homens, de acordo com sua fé” (2 Néfi 26:13).

Quando Cristo estava entre os nefitas realçou esse ensinamento após orar de maneira tão maravilhosa que suas palavras não puderam ser registradas. Ele disse:

“Tão grande fé eu nunca vi entre todos os judeus; por isso não lhes pude mostrar tão grandes milagres, por causa de sua incredulidade.

Em verdade vos digo que nenhum deles viu coisas tão grandiosas como as que vistes nem ouviu coisas tão grandiosas como as que ouvistes.” (3 Néfi 19:35-36, ver também Mateus 13:58)

Assim, as escrituras mostram que, embora Deus tenha uma maneira particular de proceder – baseados nos princípios de verdade, que são imutáveis, Ele revela mais e mais de Sua Palavra tão logo seus filhos estejam espiritualmente aptos para recebê-las. A “palavra de Deus”, é sua doutrina. Quanto mais fé temos, mais de Sua Palavra é revelada.

E Ele também acrescentou:

“E isso eu faço para provar a muitos que sou o mesmo ontem, hoje, e para sempre; e que pronuncio as minhas palavras segundo a minha própria vontade. E porque eu disse uma palavra não deveis supor que não possa dizer outras; pois o meu trabalho ainda não está terminado, nem estará até o fim do homem, nem depois disso para sempre.” (2 Néfi 29:9)

A influência da pressão social na Igreja e a segurança na Igreja

Seria ingenuo dizer que os membros da Igreja não são influenciados pelos acontecimentos do mundo. Catástrofes naturais, guerras, pressões sociais influenciam a História da Igreja, e também a cultura e política dentro da Igreja. Não obstante, as decisões no Reino de Deus são tomadas de maneira peculiar. O Presidente Henry B. Eyring explicou:

“Primeiro, Jesus Cristo é o Cabeça da Igreja em toda a Terra.

Segundo, Ele dirige Sua Igreja hoje falando a homens chamados como profetas, e Ele o faz por meio de revelação.

Terceiro, Ele concedeu revelação a Seus profetas há muito tempo, ainda o faz e continuará a fazê-lo.

Quarto, Ele concede revelação confirmadora àqueles que servem sob a liderança de Seus profetas.

A partir desses princípios básicos, reconhecemos que a liderança da Igreja do Senhor necessita de grande e constante fé por parte de todos os que O servem na Terra. (…)

Seu líder na Igreja do Senhor pode lhes parecer fraco e humano ou pode lhes parecer forte e inspirado. O fato é que cada líder é uma mistura dessas características e de muitas outras. Ajudamos os servos do Senhor que são chamados para nos liderar quando conseguimos vê-los como o Senhor os viu ao chamá-los.

O Senhor vê seus servos perfeitamente. Ele vê seu potencial e seu futuro. E Ele sabe como a própria natureza deles pode ser mudada. Ele também sabe como eles podem ser mudados pelas experiências que terão com as pessoas a quem vão liderar.” (“O Senhor dirige Sua Igreja“, Conferência Geral outubro de 2017)

A revelação é a pedra da Igreja. É o que confere segurança, tanto aos líderes, quanto aos liderados. Joseph Smith disse:

“Eu nunca disse que era perfeito, mas não há erro nas revelações que ensinei.” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, capítulo 45)

Devemos fazer as coisas que os profetas nos ordenam. O Presidente Wilford Woodruff disse que um profeta nunca desencaminhará a Igreja:

O Senhor jamais permitirá que eu ou qualquer outro homem que presidir esta Igreja os desvie do caminho verdadeiro. Isso não faz parte do plano. Não é a intenção de Deus. Se eu tentasse fazê-lo, o Senhor me destituiria” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Wilford Woodruff, 2004, p. 203).

Assim, nenhuma influencia cultural ou decisão política pode desviar a Igreja de seu rumo. O livro “Santos” é uma ótima oportunidade para entendermos isso.

Ademais exitem outros padrões e parâmetros, como o princípio da unanimidade. A Primeira Presidência, os Doze e os Setenta constituem os quóruns presidentes, cujas decisões devem ser tomadas unanimemente e com retidão ensina a revelação: D&C 107:39-52.

O voto de apoio de todos os membros também é requerido. Os membros tem a oportunidade de apoiar os líderes, e consequentemente (mas indiretamente) a decisão que tomam em nome do Senhor, em todas as Conferências. Em 1946, enquanto o Presidente George Albert Smith dirigia uma sessão da conferência geral, ele deu início ao apoio dos líderes da Igreja explicando que aquilo era mais do que um mero ato passivo:

“Passaremos agora a um procedimento costumeiro nestas conferências; ou seja, a apresentação das Autoridades da Igreja para serem apoiadas pelo voto das pessoas. Espero que todos vocês se deem conta de que este é um privilégio sagrado. (…) Não se trata apenas de um símbolo, mas é uma indicação de que, com a ajuda do Senhor, vocês farão sua parte do trabalho”

É preciso salientar que nem toda decisão é submetida ao voto das congregações. De fato, a maioria não o é. Apoiamos os líderes tendo confiança de que orarão, jejuarão e farão o melhor para conhecer a mente e vontade de Deus.

Conclusão

Mesmo quando certas decisões dos líderes parecem injustas ou insensatas (a nosso juízo), podemos ter certeza que Deus está no comando e que Ele sempre tornará a aflição em bênção, em seu devido tempo, se houver retidão.

O Presidente Harold B. Lee disse:

“A única segurança que temos como membros da Igreja é proceder exatamente como o Senhor orientou a Igreja no dia em que ela foi organizada. Precisamos aprender a dar ouvidos às palavras e mandamentos que o Senhor nos dá por intermédio de Seu profeta, “à medida que ele os receber, andando em toda santidade diante de mim; (…) como de minha própria boca, com toda paciência e fé”. (D&C 21:4–5) Algumas coisas exigirão paciência e fé. Talvez nem tudo o que provenha das autoridades da Igreja seja de seu inteiro agrado. Pode ser que vá de encontro a seus pontos de vista políticos ou sociais. Algumas coisas talvez interfiram em sua vida social. Mas se vocês ouvirem tais palavras como se saíssem da boca do próprio Senhor, com paciência e fé, a promessa é que “as portas do inferno não prevalecerão contra vós; sim, e o Senhor Deus afastará de vós os poderes das trevas e fará tremerem os céus para o vosso bem e para a glória de seu nome”. (D&C 21:6)

Se Deus permitiu que por alguns anos crianças criadas por casais LGBTQ não pudessem ser apresentadas na Igreja ou batizadas, isso não impediu que Deus derramasse suas ternas misericórdias sobre seus filhos. Agora, com a mudança de posicionamento, nos alegramos. Contudo, isso não é um sinal de falácia nas revelações concedidas aos líderes da Igreja, nem uma prova da fraqueza dos líderes. Simplesmente não conseguimos tirar conclusões precisas sobre a magnitude da obra divina em eventos tão recentes. O que podemos fazer é relembrar dos princípios da eternidade, focar na doutrina e nos alegrar neste anuncio:

“A Primeira Presidência disse que eles oram para que os ensinamentos da sessão de liderança sejam recebidos no mesmo espírito que os receberiam do Senhor — “como instrução positiva e inspiradora que abençoará muitas vidas”, de acordo com o comunicado de imprensa.

“Com gratidão reconhecemos a contínua orientação e amor de Deus por todos os Seus filhos e convidamos nossos membros a renovar o seu compromisso de seguir os ensinamentos do Salvador Jesus Cristo e amar a Deus e uns aos outros.”

| Para refletir
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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