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A verdade que nunca contaram sobre o segredo dos símbolos e da repetição

Quantos pais já resmungaram sobre como seu filho pediu para ouvir um conto de fadas pela 20ª vez?  Por que os pequenos quererem ouvir exatamente a mesma coisa, repetidas vezes?

Entenda o porquê. Em seu livro perspicaz, “The Uses of Enchantment—The Meaning and Importance of Fairy Tales”, o  psicólogo Bruno Bettelheim explica como esta repetição é vital.

Contos de fadas e a repetição

Porque o cérebro de uma criança não pode analisar os sentimentos internos como os adultos podem, contos de fadas permitem que a criança se imagine em todos os papéis a uma distância segura, entenda o mundo, e o ajuda a lidar com os problemas que a criança encontra.

Ele escreve:

“Apenas a repetição de um conto de fadas, e quando há tempo e oportunidade suficiente para ponderar sobre a história, a criança é capaz de aproveitar plenamente… no que diz respeito à compreensão de si mesmo e de sua experiência no mundo”.

É nesse momento que as crianças encontram suas próprias soluções, a coragem de lutar, e a crença de que as escolhas morais são melhores.

Bettelheim acredita que uma vida sem contos de fadas pode bloquear o desenvolvimento do carácter e a realização da verdadeira identidade.

Se, como eu, não fazia ideia que os contos de fadas eram tão poderosos, imagine o que o Dr. Bettelheim diria sobre o poder de ler as escrituras repetidas vezes.

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Repetições incansáveis

Isaías certamente entendeu isso, ajudando os ouvintes na praça da cidade a memorizar lições importantes.

Contar as coisas três vezes faz parte disto. O quiasmo faz parte disto. A repetição tem o poder de fixar verdades que podemos deixar passar, palavras que só damos atenção na quarta ou quinta vez que as confrontamos.

Outro exemplo da nossa necessidade emocional de repetição são os feriados e as tradições. Eles reafirmam o que sabemos e dizem-nos que pelo menos algo neste mundo é estável e confiável. Por meio deles podemos contar com a mesma qualidade e segurança.

Alguma vez você já se reuniu com a sua família para compartilhar histórias da vida? Você pode tê-las ouvido dezenas de vezes, mas não importa. Na verdade, cada vez que a história é contada, algo em sua identidade é revelado, o seu lugar no mundo, as suas relações.

E os hinos? Não nos recusamos a cantar as mesmas canções, não é? Amamos os hinos. E, quando olhamos para o texto, encontramos significado e inspiração. Aprofundamos a nossa adoração a Deus.

Nós até mesmo invocamos estes hinos em momentos de desânimo, para nos trazer fé e esperança novamente. Crescemos espiritualmente pela maneira que as palavras e as melodias encontram lugar em nossos corações.

Tomar o sacramento é algo repetitivo. Mas esse é o poder de renovar os nossos convênios! Tanto o pão como a água são ricos em simbolismo, lembranças celestiais do que nosso Salvador fez por nós, e como podemos mostrar nossa apreciação pelo Seu sacrifício.

As quatro mensagens repetidas de Morôni a Joseph Smith foram parte integrante da Restauração.

A repetição e os símbolos

Em um devocional da BYU, o Élder David A. Bednar disse:

“A repetição é um veículo através do qual o Espírito Santo pode iluminar nossas mentes, influenciar nossos corações, e ampliar nossa compreensão”.

Muitas vezes a repetição e o simbolismo se entrelaçam. Veja o simbolismo nas parábolas de Jesus, na visão de Leí sobre a árvore da vida, no batismo, no sacrifício feito na antiguidade.

Nossos templos são belos exemplos de aprendizagem e crescimento por meio de símbolos e repetição.

O símbolo físico mais usado no exterior dos edifícios em si é o círculo dentro de um quadrado, muitas vezes visto no topo das torres e nas portas.

O quadrado representa a criação de Deus e os quatro cantos da Terra. O círculo representa a perfeição, a eternidade e a cúpula do céu, ou a Esfera Celestial.

Quando eles se combinam, somos lembrados de que o templo é onde a Terra e o céu se encontram. Somos lembrados de que o homem é feito do pó da Terra, mas tem potencial divino.

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Dentro do templo encontramos mais repetição, mais símbolos bonitos. Cada um pode desbloquear inspirações e sabedoria nunca consideradas antes. A bênção desta oportunidade está além da descrição.

Dos contos infantis aos momentos gloriosos e divinos que experimentamos no templo, a repetição é vital.

Eu, em especial, ganhei um novo apreço pela repetição e planejo aproveitar seu poder de refinamento, e absorvê-lo para apreciar cada lição que ela pode trazer.

Fonte: Meridian Magazine

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