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5 Razões Pelo Qual Pessoas Se Afastam da Igreja

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Cristo ensinou que o caminho que conduz a vida eterna é “estreito e apertado”. Eu e você provavelmente conhecemos pessoas que por motivos diversos não permaneceram nele e por vezes nos sentimos incapazes de ajudá-los no caminho de volta.

Aparentemente, o problema que faz muitos desistir está relacionado a uma ou todas as razões listadas abaixo:

1. Sentir-se ofendido

Sem dúvida alguma, entre todas as razões pelo qual pessoas se afastam da Igreja, a mais comum é normalmente sentir-se ofendido. Algumas pessoas abandonam o Evangelho por não serem cumprimentadas na Igreja, algumas por não receberem visitas de líderes, enquanto outras por algum desentendimento com algum membro. Os motivos são variados, porém o real motivo é normalmente o mesmo, Orgulho.

O principal problema daqueles que abandonam seus convênios por se sentirem ofendidos é a falsa ideia de que estão justificados com Deus por sua escolha de partir. Tal pensamento é absolutamente enganoso e de certa forma egoísta.

O Elder David A. Bednar sobre isso declarou:

“Deixem-me ver se compreendi o que aconteceu com vocês. Porque alguém na Igreja os ofendeu, vocês deixaram de ser abençoados pela ordenança do sacramento. Renunciaram à companhia constante do Espírito Santo. Porque alguém na Igreja os ofendeu, afastaram-se das ordenanças do sacerdócio e do templo sagrado. Abriram mão da oportunidade de servir ao próximo e de aprender e crescer. E agora estão erguendo barreiras que impedirão o progresso espiritual dos seus filhos, dos filhos dos seus filhos e das gerações seguintes? Ofender-nos é uma escolha que fazemos; não é uma condição infligida ou imposta a nós por alguém ou algo.”[1]

Com tal perspectiva em mente, é incompreensível e inaceitável que alguém em sã consciência decida abrir mão de tantas bençãos temporais e eternas por um desentendimento com outro membro. Deixemos o orgulho de lado e busquemos o perdão divino e a força necessária para “perdoar aqueles que nos tem ofendido”.

Quão triste e desesperador será descobrir no fim de sua vida que sua decisão privou bençãos a você, seus filhos, amigos e irmãos na Igreja, tudo por causa de um desentendimento e sua decisão de sentir-se ofendido.

2. Pecado

Por mais difícil que seja admitir, pecado é frequentemente a razão por trás das “razões” para aqueles que deixam a Igreja. Pecado afasta o Espírito Santos e produz culpa. Culpa por sua vez é para o Espírito e mente, o que a dor é para nosso corpo.

Todos pecamos e precisamos de constante arependimento e mudança de atitudes e hábitos a fim de nos assemelharmos mais a Cristo. O problema é que arrependimento exige um sacrifício que frequentemente o pecador não deseja fazer. Ao invés de pedir ajuda a seu líder, nesse caso, o pecador prefere omitir, e nesse ponto a culpa novamente entra em cena, criando o sentimento de incapacidade de ser fiel.

Muitos em tal posição acham mais fácil encontrar um modo de vida onde o pecado seja aceitável ao invés de buscar ajuda, pois afinal, “se não há Igreja não há convênios, se não há convênios não há mandamentos, se não há mandamentos não há pecado”. Tal lógica pode ser comparada à crianças, que acreditam que ninguém pode vê-las quando fecham os olhos. Na vida real, fechar os olhos para os problemas não os fazem desaparecer.

3. É muito difícil

Ir a Igreja por três horas? Servir em um chamado? Servir missão? Relações sexuais somente após o casamento? Guardar a palavra de sabedoria, Dia do Senhor e dízimo? A perspectiva de que ser um membro fiel da Igreja é difícil demais, por vezes desmotiva membros e pesquisadores.

Joseph Smith sobre isso declarou: “Uma religião que não requer o sacrifício de todas as coisas jamais terá o poder suficiente para produzir a fé necessária para a vida e salvação.”[2]

A verdade exige sacrifícios, mas a verdade compensa qualquer sacrifício. Membros que de maneira determinada se comprometem a guardar os convênios, muito cedo passam a ver sacrifícios como investimentos e compreendem que a benção recebida supera em muito o preço pago.

4. Não compreender a doutrina

De certa forma, raramente um membro que compreende a doutrina de Cristo decide em sã consciência abandoná-la. Simplesmente não faz sentido, pois a compreensão do Evangelho traz a resposta para as dúvidas de nossa alma e força para seguir em frente.

A Igreja é formada em grande parte por pessoas comuns que não possuem formação currícular em teologia ou técnicas de ensino, mas que possuem um testemunho e o desejo de compartilhá-lo. O Apóstolo Paulo categorizou os ensinamentos do Evangelho como “leite” (princípios básicos) e “carne” (entendimento mais profundo). Ao tentar digerir a “carne” do Evangelho antes de compreender e viver os princípios do “leite”, é natural que alguns membros se sintam confusos e não sejam edificados. [3]

O entendimento do Evangelho é um processo lento e gradual que exige dedicação pessoal, “pelo estudo e também pela fé” (D&C 88:118). Ao buscar diligentemente, o Senhor o abençoará com conhecimento e sabedoria, tornando fraqueza em força e dúvidas em convicções.

5. Literatura Antimórmon

Vivemos em uma época onde praticamente toda informação sobre qualquer assunto está a apenas um clique de distância, e com essa facilidade, literaturas com ataques furiosos a Igreja são cada vez mais comum. A propaganda antimórmon normalmente tenta produzir o ar de informação bombástica, fazendo o leitor falsamente concluir que a Igreja tem omitido informação ou fatos.

Naturalmente, a primeira coisa a se compreender é que o simples fato de algo ser escrito, impresso ou até mesmo publicado, não significa que é verdade. Na época de Cristo, muito se falava contra ele, a ponto de gerar dúvidas em muitos de seus seguidores mais leais. Nós porém não damos credibilidade a tais ataques, pois sabemos que estes foram feitos por seus inimigos.

Da mesma forma, muito, senão tudo o que se questiona sobre a Igreja parte de pessoas que não possuem uma base neutra. Ao se deparar com algum tipo de literatura antimórmon, antes de abandonar a Igreja e presumir que tudo é falso, procure obter uma visão do que o Evangelho restaurado ensina a respeito.

Ninguém joga um quebra-cabeça inteiro no lixo ao encontrar uma peça que aparentemente não se encaixa. Nesse caso, esperamos até que outras peças se encaixem, revelando em que local a peça guardada se encaixa. Similarmente, jamais abandone seus convênios e promessas por causa de uma questão não compreendida no momento. Guarde a “peça” e tenha paciência para o momento em que encontrará o lugar para encaixá-la.

Siga a Tua Rota

Eu amo ser membro da Igreja restaurada de Jesus Cristo e nada me traz mais felicidade do que o Evangelho em minha vida. Eu já me senti ofendido algumas vezes, eu peco, já tive minha fé questionada por literatura antimórmon, não compreendo todos os ensinamentos de Deus e as vezes sinto que o caminho é difícil, mas a certeza que eu tenho é o combustível que me faz prosseguir e ir a Igreja um Domingo mais.

Fontes:

[1] E para Eles Não Há Tropeço, Elder Bednar, General Conference, Outubro 2006
[2] Joseph Smith, Lectures on Faith 6:7
[3] 1 Coríntios 3.1-2; Hebreus 5.12;6.1
[4] Interpretenefita.com

| Para refletir
Publicado por: Luiz Botelho
Luiz Botelho serviu na Missão Santa Maria e atualmente mora em Provo-Ut. Estuda Antropologia na Utah Valley University e descobriu na Ciência, História, Filosofia e Teologia sua verdadeira paixão. Atualmente trabalha voluntariamente como Diretor Internacional da FairMormon, é autor do Interpretenefita.com e um dos Diretores da More Good Foundation no Brasil.
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