fbpx

Um dos melhores quarterbacks dos Estados Unidos deixa tudo para servir ao Senhor

Quando tinha 8 anos de idade, Tanner McKee decidiu que iria ser um missionário, assim como seu pai foi um dia. O segundo de uma família com quatro filhos, sentia, por algum motivo, que seria chamado para servir no Brasil

Além de ser um fiel Santo dos Últimos Dias, Tanner é um dos melhores jogadores de futebol americano dos Estados Unidos e uma grande promessa no esporte. Antes mesmo de se formar no ensino médio ganhou mais de 30 bolsas de estudo por causa de seu talento como quarterback, incluindo a renomada Universidade de Stanford. 

O esporte faz parte da vida de Tanner desde quando era um menino. Ele já jogou beisebol, basquete, vôlei, mas sua paixão sempre foi o futebol americano. Com 1,98m de altura, McKee foi um dos finalistas do Elite 11  – uma competição nacional de quarterbacks nos EUA – e atleta profissional.

Mesmo com tanta coisa acontecendo em sua vida profissional, Tanner decidiu deixar tudo por dois anos e servir ao Senhor. “O Pai Celestial irá me abençoar por servir uma missão” ele diz. “Meu pai sempre fala que quando você cuida dos assuntos do Pai Celestial, Ele cuidará dos seus. Eu farei minha parte agora e farei minha parte quando voltar para casa”.

Existe um pouco de preocupação por parte dos treinadores para a volta de Tanner da missão, pois muitos jogadores que decidiram servir missão demoraram muito para voltar à antiga forma e ainda outros que acabavam se machucando com facilidade ou até mesmo não encontrando o progresso que esperavam como jogadores profissionais depois de terem servido ao Senhor. 

Foto: USA Today

“Quero ajudar todas as pessoas a entenderem que você pode ir para a missão e ainda ser bem sucedido em seu esporte. Muitas pessoas pensam que eu sou louco por ir. Quero mostrar às pessoas que você não precisa escolher entre a fé e o futebol americano. Você pode fazer as duas coisas. Acredito que serei um melhor jogador depois que voltar para casa.” disse McKee.

Quando Tanner tinha 16 anos, sua mãe percebeu que ele tinha uma pinta próximo do couro cabeludo e por causa do histórico de câncer de pele na família, o levou diretamente para o dermatologista. Era um melanoma. McKee foi submetido a uma cirurgia para a retirada do tecido naquele local e para que o câncer não reincidisse, retiraram também linfonodos no pescoço.

Foi uma época de muita oração e jejum para a família. Para Tanner, essa experiência o fez uma pessoa melhor e o preparou para sua missão.“Alguém me disse uma vez, ‘acabei de descobri que minha filha tem câncer’” diz. “Eu posso dizer para eles ‘eu passei por isso também. Isto foi o que me ajudou’ Então compartilho minha experiência. E isso ajuda as pessoas a entenderem que nós, como missionários, somos pessoas de verdade e que temos problemas de verdade. Compartilho com elas o que é uma bênção do sacerdório e então pergunto ‘você gostaria de receber uma?’ É uma maneira muito legal que compartilhar com outras pessoas.” 

Agora com 19 anos, Tanner serve como missionário na Missão Brasil Curitiba Sul há quase 1 ano. Quando chegou no campo, seu presidente de missão o aconselhou a usar o futebol americano como uma ferramenta para compartilhar o evangelho. 

Foto: Spenser Heaps

McKee diz que os primeiros meses no Brasil foram difíceis por conta do idioma.“Meu companheiro me perguntava se eu estava bem e eu respondia ‘estou super bem’. Mas por dentro eu estava ficando louco” ele lembra. “Todo mundo estava falando um idioma que eu não entendia nem uma palavra. Meu companheiro falava e eu só concordava com a cabeça, e pensava ‘sei o que ele está falando e não entendi nada’”.

Mas, dez meses depois, Tanner está totalmente mudado e fala português fluentemente. Ele até se considera um brasileiro. Para os membros em Paranaguá, Paraná, Tanner é o querido Elder McKee, eles não fazem ideia de quem é Tanner McKee, o quarterback. “Sou 100% missionário” diz. “Não estou tão preocupado sobre como vou voltar para casa e ser um atleta”. 

O propósito de Elder McKee, assim como o de todos os outros missionários, é ajudar as pessoas a se achegarem a Cristo. “Fazemos qualquer coisa para ajudar as pessoas a entenderem que Jesus Cristo é seu Salvador e que existe paz e alegria ao sentirem isso. Ele pode nos ajudar em qualquer situação de nossas vidas”, disse Tanner. 

Foto: Spenser Heaps

Sobre o trabalho missionário, McKee enfatiza que é como fazer um touchdown. “Mas é algo que dura mais tempo que um touchdown. É muito mais gratificante que isso ou ganhar o jogo.”

Tanner diz que sempre será grato por ter servido uma missão, mesmo que as coisas não deem certo em seu futuro como quarterback. “Existe um nível de importância das coisas que temos em nossas vidas. Tem a nossa fé, Deus, nossas famílias e o futebol americano. Servir uma missão, servir a Deus e aprender todas as coisas que estou aprendendo agora é colocar as coisas mais importantes em primeiro lugar. Isso com certeza me ajudará em minha vida. É mais importante do que ser um bom atleta, sem dúvidas.”

Fonte: Deseret News

Relacionado:

Promessa do futebol peruano deixa sua carreira para servir missão por dois anos

 

| Missão

Comente

Seu endereço de e-mail não será divulgado. Os campos obrigatórios estão marcados com *