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Como Jesus Cristo pode ser uma fonte de água viva?

“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” João 4:14

O conhecimento

Enquanto Jesus viajava para a Galileia, descansou próximo a fonte de Jacó, perto de uma aldeia Samaritana chamada Sicar.

Quando uma mulher saiu da cidade para tirar água, Jesus falou com ela, afirmando que, ao contrário do poço, ele ofereceu ao mundo água viva e que “aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4:14).

Inicialmente, a mulher duvidou da autoridade de Jesus e perguntou: “És tu maior do que o nosso pai Jacó?”

No entanto, ela logo reconheceu Jesus como um profeta e, em seguida, como o Messias prometido (João 4:19, 29). Por causa de sua fé e coração contrito, Jesus identificou-se como Jeová, declarando: “Eu o sou, eu que falo contigo” (João 4: 26).

Pode não ser aparente na versão do Rei Tiago, mas o texto grego subjacente usa a frase “Eu o sou”, lembrando o encontro de Moisés com o Senhor no Monte Sinai, onde “Deus disse a Moisés: Eu sou o que sou” (Êxodo 3:14).

Como tal, esta passagem pode ser traduzida alternativamente como “EU estou falando com você.”

De acordo com John W. Welch e Jeannie S. Welch, “a declaração de Jesus à mulher aolado de fora da aldeia em Samaria é certamente uma das mais famosas, mais importantes e mais inequívocas auto-revelações da sua identidade.”

A auto-identificação de Jesus como Jeová também pode ajudar os leitores a entender melhor o que ele quis dizer ao declarar-se a fonte de águas vivas. Este conceito tem ligações significativas com o templo israelita, onde Jeová viria ao encontro do seu povo no propiciatório (ver Êxodo 25:22).

Como Hugh Nibley observou, os templos no mundo antigo continham bacias ou nascentes de água “das quais quatro riachos fluíam para trazer as águas vivificantes para as quatro regiões da terra.”

Os templos eram propositadamente concebidos para lembrar os adoradores do Jardim do Éden, de onde corriam quatro rios para diferentes regiões da terra (ver Gênesis 2:10-14).

As águas vivificantes também podem ser vistas como proporcionando vida eterna e sustento aos filhos de Deus. John e Jeannie Welch notaram que a declaração de Jesus à mulher “pode ter algo a ver com a descendência eterna” devido ao seu convite à mulher para trazer o marido.

Jesus pode até ter tido em mente o texto grego da Septuaginta (LXX) de Números 5. Esse texto explica que, se uma mulher fosse suspeita de infidelidade, ela poderia ter sua reputação limpa frequentando o templo com o marido, onde a mulher faria um juramento de inocência perante os sacerdotes.

Ela então receberia um copo de “água viva pura” para beber como um sinal de sua inocência (Números 5:17 LXX).

Ao pedir que o marido da mulher viesse com ela, Jesus pode ter oferecido à mulher uma oportunidade solene de demonstrar sua inocência ou, alternativamente, de se arrepender e participar plenamente de Sua Expiação, sendo então declarado limpo pelo verdadeiro e grande sumo sacerdote — o próprio Jesus (ver Hebreus 3:1).

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O uso de temas relacionados ao templo por Jesus teria sido especialmente significativo para a mulher samaritana porque Sicar era uma aldeia perto do Monte Gerizim, a localização tradicional do templo Samaritano.

Os samaritanos ainda tinham um templo lá até que foi destruído na conquista judaica de Samaria sob João Hircano em 111-110 a.C.

No entanto, ao contrário de qualquer um desses templos que tinham sido construídos em Jerusalém ou no Monte Gerizim, Jesus identificou-se agora como a fonte autêntica e há muito esperada de Águas Santas e vivificantes permanentes, como há muito simbolizado no templo.

Por extensão, a Igreja centrada no convênio que Cristo estabeleceu (o que ajuda a trazer as pessoas a Ele) poderia servir como outro tipo de acesso sagrado para todo o mundo (ver 1 Coríntios 3:16).

O porquê

Praticamente todos os seres vivos dependem da água para a vida. A água fornece nutrição, conforto e limpeza essenciais. De todas estas maneiras, a água pura e viva é um símbolo adequado para os poderes exaltantes e eternos de Jesus Cristo.

Jesus Cristo ofereceu à mulher samaritana algo muito maior e mais profundo do que qualquer bênção terrena ou mortal. Porque ela pediu para receber esta água, podemos olhar para o seu exemplo de exercer a fidelidade capacitadora ao reconhecer Jesus como o incomparável Cristo.

Além disso, esta história enfatiza que Jesus é o verdadeiro concessor da vida eterna.

À medida que a água nos refresca e nutre, Jesus Cristo pode oferecer alimento às nossas almas quando nos aproximamos Dele, O adoramos e fazemos convênios com Ele por meio do batismo e das ordenanças do templo.

E, assim como a água pode purificar nossos corpos, Jesus Cristo oferece a todos e a cada um de nós perdão, purificação e salvação. Como Alma ensinou uma vez aos nefitas,

“Ninguém pode ser salvo sem que suas vestimentas tenham sido lavadas até ficarem brancas; sim, suas vestimentas devem ser purificadas, até ficarem limpas de qualquer mancha, pelo sangue daquele de quem nossos pais falaram, o qual deverá vir para redimir o seu povo de seus pecados” (Alma 5:21).

Jesus é o nosso Bom Pastor. Ele pode curar-nos e dar-nos a água da vida, porque nos conhece a nós, as suas ovelhas. Ele conduz-nos ao lado de águas tranquilas enquanto ouvimos e seguimos a Sua voz.

O Élder Robert C. Gay ensinou:

“O poder da Expiação [de Jesus] é o poder de superar qualquer fardo em nossa vida. A mensagem da mulher na fonte de Jacó é que Ele conhece as nossas situações de vida e que podemos sempre andar com Ele, não importa onde estejamos.”

Quaisquer que sejam as nossas circunstâncias individuais, Jesus Cristo está sempre ali, uma fonte pura de águas vivas para saciar e purificar as nossas almas cansadas e necessitadas.

Fonte: Book Of Mormon Central

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