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Como entender melhor a declaração de Jesus “Eu sou a Luz do mundo”

“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (…) Essas palavras disse Jesus no lugar do tesouro, ensinando no templo, e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora.”(João 8:12, 20).

Há pelo menos três detalhes importantes no relato de João desta noite especial durante a Festa dos Tabernáculos ou Sukkot (um dos três dias mais importantes de festas e celebrações do ano no calendário judaico) que tornam a interpretação da declaração de Jesus muito mais preciosa.

 Jesus falou “no lugar do tesouro”

O primeiro detalhe digno de nota é a localização específica de sua declaração. Enquanto pensamos que a referência da palavra tesouro fosse um cômodo no magnífico templo de Herodes, o lugar do tesouro na realidade eram “13 arcas” construídas em forma de trombetas altas e invertidas. Cada trombeta era anexada a uma caixa (ou arca) e a um pedestal no lado leste do pátio do templo conhecido como o Pátio das Mulheres.

Todos se reuniam próximos a essas arcas para conversar sobre doutrina e para “ofertar”. Essas “arcas em forma de trombeta” eram projetadas para armazenar as doações. As moedas caiam no fundo da caixa e a forma afunilada das trombetas impediam que as mãos de ladrões chegassem ao fundo para roubar as ofertas acumuladas.

O evangelho de Marcos diz que Jesus assistia aos sacerdotes ostentando as ofertas que faziam, as orações altas que proferiam e as vestimentas decoradas que usavam antes de colocar suas ofertas por uma trombeta em uma das 13 arcas (ou o lugar do tesouro). Cristo então comentou sobre a viúva pobre que doou tudo o que tinha e depositou nas caixas (ver Marcos 12:41-44, descrevendo a ocasião como “a oferta da viúva”).

Nos quatro lados do interior do pátio havia uma área coberta – um local de encontro para frequentadores do templo que podiam sentar ou ficar distantes do sol ou se abrigar do tempo inclemente. Naquele lugar, podia se ouvir notáveis rabinos e sábios ao ensinar, portanto, é por isso que João se refere a Cristo “ensinando” no lugar do tesouro (João 8:20).

A aparição de Jesus durante a Festa dos Tabernáculos

Jesus secretamente tinha chegado em Jerusalém em meio ao festival conhecido como a Festa dos Tabernáculos ou Sukkot. Era um festival que havia se iniciado na época de Moisés e ordenado pelo Senhor para que sempre se relembrassem que Deus havia os retirado do deserto e protegido enquanto lá estavam. Além disso, era uma profecia de que um “Ungido”, um Messias os libertaria da opressão [dos romanos]. Durante os oito dias do festival, uma família construía uma pequena cabana chamada sukkah (ou tabernáculo em português) e permanecia nela para lembrar-se das habitações dos israelitas enquanto vagavam em preparação para a entrada na Terra Prometida. Um ano antes, Cristo havia prometido a eles “água viva” se acreditassem Nele e em Sua palavra (João 7:39). Mas os sacerdotes incitaram a multidão a fim de enraivecê-los. “Tu és também da Galileia? Examina, e verás que da Galileia nenhum profeta surgiu”.(João 7:52). No mesmo lugar, Cristo dispensou os acusadores da mulher adúltera e Ele deu a ela uma nova chance de viver uma vida de bondade (João 8:1-11).

Jesus declarou ser Ele a luz do mundo em uma noite especial

Muitas vezes estudamos os eventos nestes três capítulos de João separadamente. Devemos vê-los como uma narrativa contínua. Portanto, a última e talvez a mais importante informação contextual tem a ver com um evento que serviu para concluir as celebrações do comemoração real.

Antes daquela noite, os sacerdotes colocaram enormes pilhas de madeira e outros materiais combustíveis em candelabros localizados nos cantos do Pátio das Mulheres ou no lugar dos tesouros para que tudo ficasse iluminado.

A importância do contexto nesta passagem de João torna-se clara no último versículo (20) de João 8, quando Jesus apareceu em meio às multidões que celebravam e daqueles que escarneceram Dele e desprezado-O anteriormente naquele dia. Os principais sacerdotes e fariseus tinham encenado uma série de eventos para envolver Jesus e obter motivos para prendê-Lo. Mas lá estava Ele, em frente ao enorme candelabro iluminado, testificando de si mesmo metaforicamente, sendo A mais brilhante e mais potente Luz que a humanidade poderia ter e deveria procurar, não só durante uma única comemoração, mas também durante a vida inteira serem iluminados. “Eu sou a luz do mundo”, declarou.

Reconhecemos, especialmente durante esta época do ano, que Ele foi e é o Messias, cujo o poder ilumina nosso caminho durante este “mundo solitário e triste” assim como ao levarmos A Luz aos outros, pela maneira como servimos e amamos como Ele nos pediu para servir e amar!

Fonte: LDSLiving

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