Quando pensamos em uma criança, o que deveria vir à mente? Bolhas de sabão? Brinquedos espalhados pela sala? Risadas felizes no parquinho? Exatamente isso. A princípio, dos anos 90 para cá, a tecnologia ganhou espaço e mudou nossos hábitos. As novas gerações, as chamadas Geração Z (1997-2012) e a Geração Alpha (2013-2025), nasceu em um cenário difícil, onde a sociedade decidiu mudar completamente o significado de infância.
Da infância à adultização
Há pouco tempo, surgiu uma forma de interagir nas mídias que é por vídeos virais. E recentemente, um influenciador e youtuber brasileiro, conhecido como Felca, publicou um vídeo denunciando a adultização: o tratamento precoce de crianças como se fossem adultos nesses vídeos. Esse fenômeno é um território extremamente perigoso para os pequenos. Roubar a inocência por motivos egoístas (que serão abordados) traz sérios prejuízos à saúde mental, emocional e também espiritual da vítima: a criança.
Com tudo, nas escrituras podemos encontrar uma fala do Salvador:
“Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar.” (Mateus 18:6)
A comparação de uma pedra grande de moinho amarrada ao pescoço e lançada ao mar é uma metáfora que Jesus está dizendo que seria melhor sofrer uma morte violenta do que ser responsável por destruir a fé ou a inocência de uma criança. Essa escritura é um alerta direto sobre responsabilidade espiritual.
Ao expor crianças à adultização, seja pela internet, sexualização ou cobrança emocional, tiramos delas algo que o Pai Celestial valoriza profundamente: a inocência e a fé pura. Jesus diz claramente que isso é um erro gravíssimo aos olhos de Deus.
Por que a pressa de mudar as crianças hoje?
Na internet hoje, o significado de infância foi desconstruído e se tornou sacrilégio. Assim, muitos adultos se submetem a ganância e são motivados pelo dinheiro e pelo sucesso fácil. E incentivam crianças a gravar vídeos que, apesar de parecerem inocentes, acabam atraindo atenção errada.
Essa atenção não vem só de pessoas comuns, mas de grupos perigosos que buscam esse tipo de conteúdo para seus próprios fins ruins. Quanto mais vídeos compartilhados, maior o engajamento e mais dinheiro é gerado. E isso facilita para os “predadores” se aproximarem, colocando as crianças em risco. Por isso, entender essa dinâmica é essencial para proteger os pequenos e garantir que eles possam viver a infância de forma segura e livre.

O impacto na vida das crianças
Quando forçamos uma criança a assumir responsabilidades ou lidar com assuntos próprios da vida adulta cedo demais, comprometemos seu desenvolvimento emocional. Isso acontece porque, nessa fase, a criança age como uma “esponja”, absorvendo tudo ao seu redor. Portanto, a visão que ela forma sobre o mundo pode ficar distorcida, afetando negativamente sua forma de entender a vida e as pessoas.
Como resultado, ela pode crescer com ansiedade, insegurança e baixa autoestima, além de encontrar dificuldade para confiar nas pessoas e em Deus. Além disso, essa pressa em “crescer” afasta a criança da simplicidade e da pureza que o evangelho ensina, deixando sua fé frágil e superficial. Por isso, proteger a infância é essencial para que cada etapa do crescimento aconteça de forma plena, ajudando a criança a construir uma base emocional e espiritual sólida para a vida toda.
O que é Sagrado deve ser Preservado
Sobre tudo, sagrado da infância não está apenas na sua inocência, mas também na sua vulnerabilidade. Cada criança é uma criação divina, feita à imagem e semelhança de Deus. Com tudo, merece um ambiente onde possa crescer com segurança, amor e liberdade para ser quem realmente é sem pressão. Preservar essa etapa da vida é um ato de reverência à obra do Criador, que nos confiou o cuidado desses pequenos tesouros.
Isso exige de nós uma atenção constante. Do mesmo modo, um olhar vigilante que sabe dizer não à sociedade que quer apressar o crescimento, que quer transformar a infância em espetáculo ou mercadoria. Além disso, devemos ser porto seguro para as crianças, oferecendo não só proteção física, mas também alimento espiritual.
Na prática, isso significa criar espaços onde o brincar seja livre. Onde o aprender seja prazeroso, e onde o amor seja a base de todas as relações. Deve haver lares e comunidades que respeitam o tempo de cada fase da vida. As crianças desenvolvem raízes profundas, capazes de sustentá-las diante das dificuldades que virão e se não houver raízes fortes, o mundo vai derrubar elas quando for tarde demais.
Logo, preservar o sagrado da infância é, portanto, um compromisso que vai além da proteção imediata. É continuamente, plantar uma semente de esperança e fé para o futuro da Igreja, da sociedade e do Reino de Deus.

Proteger os pequeninos
Devemos garantir que as crianças tenham um ar puro e um ambiente saudável, longe da ganância que tenta transformar sua inocência em dinheiro. Elas precisam crescer livres, longe das pressões e armadilhas que o mundo digital frequentemente impõe.
Portanto, elas precisam de luz, contato com a natureza, brincadeiras ao ar livre e momentos reais de vida, pois representam uma nova geração cheia de esperança e renovação.
Por isso, é fundamental que todos estejamos atentos e atuemos com responsabilidade para proteger as crianças da exploração e da submissão precoce à internet. Somente assim podemos assegurar que elas cresçam fortes, verdadeiramente livres e preparadas para construir um futuro guiado pela fé, pelo amor e pela verdade.
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