Perguntas e Respostas: Os profetas de Deus cometem erros?
A resposta simples a pergunta: “Os profetas cometem erros?” é óbvia: claro que sim.
Eles são humanos e, como tal, são imperfeitos. Pessoas imperfeitas cometem erros, mesmo que sejam profetas chamados por Deus.
O Élder Jeffrey R. Holland disse: “Com exceção de Seu perfeito Filho Unigênito, as pessoas imperfeitas sempre foram tudo o que Deus teve para usar em Sua obra. Isso deve ser terrivelmente frustrante para Ele, mas Ele sabe lidar com isso. devemos fazer o mesmo.”
Os profetas não são perfeitos e nunca afirmaram ser.
James E. Faust, ex-membro da Primeira Presidência, disse: “Não reivindicamos infalibilidade ou perfeição nos profetas, videntes e reveladores”.
Na verdade, os profetas muitas vezes trazem à tona suas fraquezas. Spencer W. Kimball (entre outros) falou de sua luta intensa com seu chamado apostólico, sabendo de sua própria inadequação.
Sua resposta inicial ao seu chamado foi: ““Oh, irmão Clark! Eu? Não podem ter chamado a mim? Deve haver algum equívoco. Não devo ter ouvido bem. (…) Parece impossível. Sou tão fraco, pequeno, limitado e incapaz.”
Qual é a verdadeira pergunta que estamos fazendo?
Mas toda essa garantia de que os profetas são homens imperfeitos, humanos e falíveis não responde à pergunta que está sendo feita.
Acho que todos podemos concordar que Jesus Cristo é a única pessoa perfeita que andou na terra. Acredito que a verdadeira questão é: “Os profetas cometem erros em seu papel de profetas?”
Ou: “Os profetas podem estar errados em sua revelação proclamada?” Acho que são perguntas diferentes.
A imperfeição significa que, é claro, os profetas podem estar errados às vezes, mas há uma diferença significativa entre estar errado em suas interações cotidianas e desviar a igreja do Senhor.
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Incluído na Declaração Oficial 1 de Doutrina e Convênios, Wilford Woodruff, o quarto profeta desta dispensação, disse:
“O Senhor jamais permitirá que eu ou qualquer outro homem que presida esta Igreja vos desvie do caminho verdadeiro. Isso não faz parte do plano. Não é a intenção de Deus. Se eu tentasse fazê-lo, o Senhor me afastaria de meu lugar, o mesmo acontecendo com qualquer outro que tentasse afastar os filhos dos homens dos oráculos de Deus e de seus deveres.”
Quando um profeta está profere ou apresenta uma mensagem em sua capacidade oficial de profeta, vidente e revelador, ele o faz sob a direção do Senhor.
Suas imperfeições fora de seu papel de profeta não limitam sua capacidade dentro de seu chamado. Sua responsabilidade é falar a mente e a vontade do Senhor. Nossa responsabilidade é obedecê-la.
Pontos de exclamação, não pontos de interrogação
Quando procuramos analisar quais das palavras do profeta foram ditas como sua própria pessoa e quais foram ditas como profeta, falhamos em nossa responsabilidade de obedecer.
Dois anos antes de Russell M. Nelson ser chamado como apóstolo, ele disse:
““Nunca me pergunto: ‘Quando o profeta está falando como profeta e quando não está?’ Meu interesse é: ‘Como posso ser mais semelhante a ele?’. Minha filosofia é não colocar um ponto de interrogação nos pronunciamentos do profeta, mas, sim, substituí-lo por um ponto de exclamação”.
Quando agimos com humildade e recebemos a palavra do Senhor por meio de Seu profeta, mesmo quando não era o que esperávamos que ele dissesse, abrimos as janelas do céu para receber as bênçãos e a segurança da obediência.
O Presidente N. Eldon Tanner, da Primeira Presidência, disse:
“Você pode não gostar do que vem da autoridade da Igreja. Pode contradizer suas opiniões políticas. Pode contradizer suas opiniões sociais. Pode interferir com parte de sua vida social. Mas se você ouvir essas coisas, como se da boca do próprio Senhor, com paciência e fé, a promessa é que ‘as portas do inferno não prevalecerão contra vós; sim, e o Senhor Deus afastará de vós os poderes das trevas e fará tremerem os céus para o vosso bem e para a glória de seu nome’”.
Olhemos para o profeta como o atalaia na torre e vivamos à luz da revelação que ele recebe e transmite à igreja do Senhor. Não há maneira mais segura de viver nesses últimos dias tão turbulentos.
Fonte: LDS Daily