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Por dentro do Quórum dos Doze: Como é ser profeta, vidente e revelador

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O Presidente Russell M. Nelson abraça o Élder Ulisses Soares, do Quórum dos Doze Apóstolos. O Élder Soares e o Élder Gong foram chamados como apóstolos durante a sessão matutina de sábado na Conferência Geral. Foto: Spenser heaps, Deseret News

Entrevista do ChuchNews com os apóstolos

Os líderes abordaram a designação espiritual dos Doze para testificar do Salvador em todo o mundo. Eles falaram sobre ser um “Profeta, vidente e revelador”, o chamado para ministrar, e a importância de apoiar líderes locais e gerais.

Embora os membros do Quórum dos Doze Apóstolos tenham a responsabilidade, sob a direção da Primeira Presidência, de “regular todos os assuntos [do Reino de Deus] em todas as Nações” (Doutrina e Convênios 107:33), também têm experiências pessoais e percepções que definem o seu ministério.

“É sob a direção da Primeira Presidência que os Apóstolos atuam em todos os assuntos do sacerdócio e na Igreja”, disse o Presidente M. Russell Ballard, Presidente interino do Quórum dos Doze Apóstolos.

“Em todos os momentos, em primeiro lugar, somos testemunhas da realidade viva do Senhor Jesus Cristo”, disse o Élder David A. Bednar. “Não somos administradores, mas ministros do evangelho de Jesus Cristo.”

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Presidente M. Russell Ballard

Há alguns anos, o Presidente Ballard estava em Washington para reorganizar uma estaca.

Como parte do processo, se reuniu com vários homens para entrevistá-los, inclusive seu tio, o irmão mais novo de sua mãe.

Ele não foi chamado para fazer parte da presidência da estaca. Mas “no meio da noite, tive impressão de ligar para ele no início da manhã de domingo. Chamei-o para ser um patriarca.”

A estaca já tinha um patriarca, mas o Presidente Ballard não podia negar a impressão que havia recebido. Então a estaca ficou com dois patriarcas.

“O céu está perto?”, perguntou o Presidente Ballard. “Sim, e estava claramente perto nesse caso. A revelação está viva e bem na Igreja? Com certeza.”

Élder Jeffrey R. Holland

Como reitor da Universidade Brigham Young no início dos anos 80, o Élder Holland participou de uma reunião no edifício de administração da Igreja com membros do Conselho da BYU.

Na reunião estavam os membros da Primeira Presidência, o Presidente Spencer W. Kimball, o Presidente N. Eldon Tanner e o Presidente Marion G. Romney.

“Lembro-me de pensar, quase chorando, em como eles pareciam cansados”, disse o Élder Holland sobre os líderes experientes, que em qualquer outra circunstância passariam seus anos de aposentadoria descansando. Por causa de seu chamado na cúpula da Igreja tudo se resumia a trabalho e mais trabalho.

Então a reunião começou e “todos os três simplesmente ganharam vida. O manto de seu chamado desceu sobre eles e ficaram energizados. Estavam envolvidos na conversa. Sabiam dos problemas. Se fosse financeiro, sabiam das implicações financeiras. Se fosse numérico e quantos membros da Igreja seriam afetados, sabiam disso. Quanto mais tempo durava a reunião mais energizado eles ficavam, até que no final eu estava exausto. Eu estava cansado e eles estavam revigorados. Foram renovados.”

O Élder Holland disse que se lembra de algo que o Presidente Kimball falava: “Minha vida é como meus sapatos, estou determinado a usá-la até não poder mais a serviço do Senhor”.

Élder Dieter F. Uchtdorf

No início de uma manhã em 2004, o Élder Uchtdorf e sua esposa, Harriet, estavam caminhando próximo de sua casa e falando sobre as duas vagas no Quórum dos Doze Apóstolos. Em seguida, na Presidência do 70, o Élder Uchtdorf falou com sua esposa sobre a mudança que estava vindo para os dois líderes que seriam chamados para preencher as vagas. Ele sabia que seria “uma grande mudança em suas vidas”. Falaram sobre as bênçãos e as responsabilidades do chamado ao Quórum dos Doze Apóstolos.

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O casal voltou para casa, ajoelhou-se e orou pelos novos líderes e suas famílias.

“Oramos por eles, sem saber quem seriam e na verdade, oramos por nós, porque apenas alguns dias depois fui chamado para ser membro dos Doze”, recorda o Élder Uchtdorf. “Sempre sentimos um maravilhoso apoio pelas orações da família, amigos e membros da Igreja. O poder e a bênção da oração é um presente maravilhoso do Pai Celestial, pelo qual seremos sempre gratos.”

Élder David A. Bednar

O Élder Bednar afirmou que um “número incontável de experiências doces e simples com membros da Igreja em todo o mundo”, define seu ministério apostólico.

“A majestade e o manto do ofício é abençoar as pessoas de formas milagrosas. O Senhor envia um membro do Quórum dos Doze para lugares específicos, em momentos particulares, onde encontramos santos dos últimos dias fiéis e outros que, muitas vezes, estão lutando ou estão precisando de conforto e confiança. Deus orquestra essas interações”, disse o Élder Bednar.

“A primeira palavra proferida pelo Pai, nesta dispensação, foi o nome de uma pessoa — ‘Joseph’. Ele conhecia Joseph Smith como indivíduo. Somos abençoados por sermos Seus mensageiros e testificar que o Senhor tem alcançando os indivíduos e as famílias — um por um. Avançamos em Seu nome e somos testemunhas de Seu amor e poder incomparável. O trabalho do ministério é pessoal e poderoso”.

Élder Quentin L. Cook

Quando o Élder Cook pensa em seu ministério apostólico, pensa “na maneira inspirada que o Quórum dos Doze cumpre suas responsabilidades para edificar a Igreja”.

Na tentativa de fazê-lo, “vamos onde os membros estão. Vemos pessoas maravilhosas e doces e temos a chance de ministrar a elas. Algumas delas estão em circunstâncias trágicas. Isso é parte do que estamos aqui para fazer. Tentamos prestar serviço cristão”.

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O Élder Cook disse que uma das coisas dramáticas e mais tocantes da experiência como apóstolo é o de “mães preciosas, que ensinaram seus filhos sobre o nosso chamado e que ficam em fila para apertar nossa mão depois de cada reunião. Isso acontece onde quer que vamos e estamos cientes de que não somos nós, é o chamado.

Sinto que minha principal responsabilidade é prestar um forte testemunho do Salvador ressuscitado e Sua missão”, disse ele. “Ser apóstolo, no serviço do Senhor, nos torna muito humildes”.

Élder D. Todd Christofferson

Há vários anos, o Élder Christofferson estava visitando Mérida, na Venezuela. Queria acenar para todos os membros “para que pudessem me ver fisicamente”.

Enquanto saia, um garotinho, talvez com sete anos de idade, avistou-o através de uma janela e começou a gritar: “El Apóstol, El Apóstol” (o Apóstolo, o Apóstolo).

“Isso é um acontecimento muito simples, mas ilustra a profundidade do reconhecimento que até mesmo as crianças têm para com o chamado. Não é a pessoa. Essa criança aprendeu que deve se apreciar o chamado e o que ele representa”, disse o Élder Christofferson.

Às vezes ele fica preocupado com o orgulho, então ouve do Senhor: “Esqueça de si mesmo e o que as pessoas podem pensar de você. Concentre-se no que Eu quero dar-lhes por seu intermédio. Concentre-se no que Eu quero que ouçam por seu intermédio”.

Élder Neil L. Andersen

Embora o Élder Andersen enfatize que o sacerdócio dos Apóstolos é o mesmo de todos os portadores do Sacerdócio de Melquisedeque, ressalta que em sua designação, estão frequentemente em lugares que lhes permitem usar o poder para curar os enfermos.

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Em uma ocasião, o Élder Andersen deu uma bênção com o Élder Richard G. Scott em Provo, Utah, em uma mulher que teve um câncer muito sério. Anos mais tarde, a mulher parou o Élder Andersen no CTM do Brasil, em São Paulo, onde ela estava servindo como casal missionário e agradeceu a ele e ao Élder Scott pela bênção que restaurou sua vida.

“Onde quer que vamos, essas experiências não são incomuns. As bênçãos do sacerdócio que oferecemos são como as bênçãos do sacerdócio de todos os irmãos dignos do sacerdócio. Elas mudam a vida das pessoas. Porque somos apóstolos 24 horas por dia, todos os dias do ano, essas experiências entram em nossas vidas com frequência. São experiências sagradas e falamos muito pouco sobre elas, mas trazem um testemunho seguro da mão do Senhor em nossos chamadores”, disse o Élder Andersen.

Élder Ronald A. Rasband

Depois que o Élder Rasband foi chamado para o Quórum dos Doze Apóstolos, um companheiro apóstolo ofereceu-lhe alguns conselhos.

“Adicione 30 minutos para tudo o que você faz na esfera pública. Basta adicionar 30 minutos porque onde quer que vá, seja em quaisquer condições, em cada cenário, as pessoas vão querer falar com você.”

O Élder Rasband, que veio de uma carreira corporativa onde fez tudo com alguma urgência e com prazos apertados, sabia que precisava fazer uma mudança. Sabia que sua vocação não tinha a ver com ele mesmo, mas que com ser um representante de Jesus Cristo. “É o Quórum dos Apóstolo que as pessoas honram”, explicou ele.

Por exemplo, em uma ocasião, participou do apresentação de seus netos da Primária na reunião sacramental. O bispo perguntou se ele iria apertar as mãos das crianças depois da reunião. “É claro”, o Élder Rasband respondeu, “adoraria fazer isso”.

Os membros mais velhos também entraram na fila para apertar as mãos do Élder Rasband após as crianças, até que tinha cumprimentado todos na ala. “Isso é apenas um exemplo da honra que é aplicada ao ofício de Apóstolo na Igreja”, disse ele.

Élder Gary E. Stevenson

Quando o Élder Stevenson pensa no papel de um apóstolo, lembra-se de uma família no México que tinha acabado de perder o pai com 38 anos de idade, de embolia pulmonar. A família era composta pela esposa do falecido, dois gêmeos de 18 anos de idade e um filho mais novo de 12 anos de idade. Ao conhecê-los, o desejo sincero do Élder Stevenson era “incentivá-los e assegurar que suas necessidades seriam atendidas”.

“Às vezes, as pessoas podem perceber que o papel principal dos apóstolos é abordar as necessidades de uma Igreja mundial. No entanto, um foco inicial e a prioridade é ministrar aos indivíduos, um por um”, disse ele.

Élder Dale G. Renlund

O Élder Renlund recorda um incidente há dois anos e que ilustra o seu serviço no Quórum dos Doze Apóstolos.

Ele estava viajando de Santo Domingo, na República Dominicana, para  Georgetown, Guiana, para uma conferência distrital.

O Élder Renlund estava viajando com o Élder Hugo Martinez, que falava espanhol, e tinham apenas 40 minutos para chegar no aeroporto da Cidade do Panamá. “Foi pouco tempo para chegarmos e sentimos que demos muita sorte assim que entramos pelo portão de embarque,” recorda.

No portão ao lado, quase na mesma linha, se preparando para entrar no avião, havia uma mulher cujo nome era Mônica.

“Mônica veio e disse, ‘vocês são membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias? Se sim, podem me ajudar?’, perguntou ela. Mônica não era membro da Igreja e precisava de ajuda com uma situação complicada relacionada a um parente falecido. Eu tinha servido em um comitê que lidava com essas questões por um ano e meio antes do meu chamado para os doze”, disse o Élder Renlund. “Então eu tinha a informação que precisávamos e sabia o que poderíamos fazer para ajudar”. Quando ele olhava em sua pasta, puxou um cartão e explicou-lhe o que ela precisava fazer, ela caiu em prantos. Ela disse: “Eu sabia que você poderia me ajudar porque vi você na noite passada em um sonho”.

Ela mandou um e-mail para o Élder Renlund, e resolveram o problema. “Seus filhos, que são membros da Igreja e também são parentes deste indivíduo, estão felizes por ter resolvido isso”, disse ele. Após a resolução, Mônica escreveu para o Élder Renlund e disse: “Meus filhos agora acreditam em milagres”.

Élder Gerrit W. Gong

Semanas depois de ter sido apoiado para o Quórum dos Doze Apóstolos, o Élder Gong lembrou-se de suas boas-vindas ao Quórum e ao amor dos membros ao pensar no apostolado.

“Há muito para aprender. Sentimos o grande amor, companheirismo e fraternidade do Quórum. Há muita unidade e harmonia com a Primeira Presidência, além de o grande encorajamento e o amor dos membros onde quer que vamos”.

Élder Ulisses Soares

Pouco depois de ter sido apoiado pelo Quórum dos Doze Apóstolos, o Élder Soares foi chamado ao escritório de um dos Apóstolos Seniores.

“Chamei você aqui porque quero dar um abraço e dizer que estou aqui à disposição”, disse o líder ao Élder Soares. “Há várias oportunidades para apoiar”.

Desde que recebeu o chamado para os Doze, o Élder Soares disse que nunca se sentiu sozinho. “Sentiu-se abraçado” pela família, pelos colegas e pelos membros da Igreja.

“O mundo está mudando”, disse ele. “Os Apóstolos precisam estar em um processo constante de aprendizagem, indagando e recebendo inspiração e revelação, a fim de enquadrar as coisas”.

Fonte: LDSChuchNews

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| Profetas Hoje
Publicado por: Luciana Fiallo
Tradutora e intérprete de formação e paixão. Escolheu essa profissão para, no futuro, poder fazer lição de casa com os filhos e continuar trabalhando.
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