Hoje, muitos associam submissão à perda de liberdade ou à obediência cega. Mas será que essa é a visão correta? A submissão, quando bem compreendida, pode revelar força, humildade e fé. Descubra até que ponto ela é saudável e quando passa a ser prejudicial.
Uma atitude de progresso
Escolher ser submisso desempenha um papel significativo na nossa capacidade de progredir e atingir nosso potencial. É um comportamento incentivado no Livro de Mórmon por Alma, que disse: “quisera que fôsseis humildes e submissos”, e também pelo rei Benjamim, que nos admoestou:
“(…) torne-se como uma criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor, disposto a submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deva infligir, assim como uma criança se submete a seu pai.” (Mosias 3:19)
Mas nem todo ato de submissão é moralmente corajoso, nobre ou virtuoso. Alguns tipos de submissão podem ser prejudiciais e distinguir entre a submissão destrutiva e a virtuosa nem sempre é uma tarefa fácil. A seguir, confira algumas orientações de um especialista para entender melhor essa diferença.
Submissão ruim

A Dr.ᵃ Jennifer Finlayson-Fife, membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e terapeuta credenciada, diz:
“Aqueles que, instintiva ou rotineiramente, se anulam pelos outros, muitas vezes buscam um tipo de proteção ao submeter-se à perspectiva alheia — alguém a quem possam ser submissos — e, assim, evitam assumir plena responsabilidade por sua própria vida. Com frequência, essas pessoas temem o risco e a exposição que acompanham o ato de escolher e exercer o arbítrio.”
A Dr.ᵃ Finlayson-Fife explica que se submeter assim é simplesmente “usar outra pessoa para não precisar se tornar um adulto — assim você não tem que assumir a responsabilidade por suas escolhas”. E isso é prejudicial ao nosso desenvolvimento moral.
Submissão boa

A submissão boa está na atitude de ceder a um bem maior, e isso só é possível quando você reflete e reconhece que há uma alternativa menos elevada.
Submeter-se envolve a vontade de ser guiado à maneira do Senhor, mas também envolve o desenvolvimento da capacidade de discernir entre o certo e o errado. Não se trata apenas de fazer tudo o que é pedido, mas de lutar para saber se aquilo a que você se submete é uma escolha sábia.
O Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou uma verdade importante sobre Deus em seu discurso intitulado “Escolhei hoje”, durante a Conferência Geral de outubro de 2018:
“O objetivo de nosso Pai Celestial ao nos ensinar não é que Seus filhos façam o que é certo, é ajudar Seus filhos a escolherem fazer o que é certo e, por fim, se tornarem semelhantes a Ele. Se Ele simplesmente quisesse que fôssemos obedientes, usaria recompensas e punições imediatas para influenciar nosso comportamento. Entretanto, Deus não está interessado em que Seus filhos sejam somente ‘bichos de estimação’ adestrados que não vão morder chinelos na sala de estar celestial. Não, Deus quer que Seus filhos cresçam espiritualmente e se unam a Ele nos negócios da família”.
Fonte: LDS Living
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