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O que você deve fazer quando ouve algo errado nas classes da Igreja?

É provável que você tenha passado por alguma dessas situações:

  • Você está numa classe da escola dominical e um dos alunos faz um comentário a respeito de um ponto doutrinário, exibindo um conceito diferente do que você acredita
  • Durante a aula do seminário o professor confunde o nome de Elias com o nome de Eliseu – e você percebe o erro, pois estudou sobre a aula
  • No discurso da Sacramental o orador usa um português falho, e erra na pronúncia dos nomes das Autoridades Gerais

Essas e outras situações exigem que tenhamos bondade. Ninguém é perfeito na Igreja, ninguém se acha perfeito. Todos como Tiago ensinou erramos em palavra (Tiago 3:2). Contudo, cada situação descrita acima pode exigir uma diferente abordagem. 

ensina

Se você é o professor durante a Escola Dominical ou outra classe de ensino do evangelho e um ponto doutrinário falso é mencionado, você pode orar em seu coração para saber exatamente como responder e explicar, sem ofender. Seu dever é manter a doutrina pura, e quando algo parecido assim acontece quando eu ensino eu sigo esses princípios:

  • Meu dever é ensinar a doutrina e mantê-la pura, longe de especulações
  • Como fui comissionado a ensinar, tenho direito a inspiração
  • Posso dizer ao aluno que fez o comentário: agradeço pelo seu ponto de vista e entendi o que você quis dizer, mas deixe-me esclarecer algo
  • Posso usar uma ou mais escrituras, os manuais da Igreja e os líderes locais para deixar claro um específico ponto doutrinário.

Se sou um aluno, e outro aluno ou professor disse uma inverdade, posso orar e procurar saber, pelo Espírito, como agir. Normalmente um comentário respeitoso poderá ser suficiente. Por exemplo, se alguém falar que apenas o Presidente da Igreja tem todas as chaves do sacerdócio, você pode apenas deixar a aula fluir. O profeta tem mesmo todas as chaves, e é o único que pode exercer todas as chaves – porém, todos os demais apóstolos tem todas as chaves. 

Nossa motivação ao fazer comentários, especialmente quando procurados corrigir algo, deve ser de edificar. Devemos ser humildes, e não querer mostrar que somos melhores ou que sabemos mais. Ademais, todos estamos aprendendo e a pessoa que se equivocou aprenderá no devido tempo a doutrina.

Confundir nomes, pronunciar errado nomes estrangeiros ou não ser muito habilidoso no falar geralmente não exigem correção. O mais importante é a essência da mensagem e o que o Espírito pode nos ensinar.

Muitas vezes o melhor, para não desvirtuar a aula ou impedir que o Espírito ensine, é conversar com a pessoa que errou depois da aula ou discurso.

Observe o que o Elder Dieter F. Uchtdorf ensinou:

“Suponho que a Igreja seria perfeita somente se nela só houvesse pessoas perfeitas. Deus é perfeito, e Sua doutrina é pura. Mas ele trabalha por nosso intermédio — Seus filhos imperfeitos — e as pessoas imperfeitas cometem erros.

Na página de rosto do Livro de Mórmon, lemos: “E agora, se há falhas, são erros dos homens; não condeneis portanto as coisas de Deus, para que sejais declarados sem mancha no tribunal de Cristo”.

Esse é o modo como sempre foi e como sempre será até o dia perfeito em que o próprio Cristo reinará pessoalmente na Terra.

É triste que alguns tenham tropeçado por causa dos erros cometidos pelos homens. Mas a despeito disso, a verdade eterna do evangelho restaurado encontrado n’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não foi maculada, diminuída ou destruída.” (“Venham e Juntem-se a nós”, Conferência Geral outubro de 2013)

O Elder Jeffrey R. Holland também ensinou:

“Meus irmãos e irmãs, exceto por Jesus Cristo, jamais houve realizações perfeitas nesta jornada terrena em que estamos, portanto nos esforcemos na mortalidade para alcançar um progresso constante, mas sem a obsessão que os cientistas comportamentais chamam de “perfeccionismo tóxico”.12 Devemos evitar esse tipo de expectativa excessiva em nós mesmos, nos outros e, eu acrescentaria, naqueles que são chamados para servir na Igreja, que, para os santos dos últimos dias, significa todos, pois fomos chamados para servir em algum lugar.” (Conferência Geral, “Sede vós perfeitos – no final”, outubro de 2017)

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| Para refletir
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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