6 filmes de Disney que ensinam lições do evangelho
Há poucas coisas que os Mórmons amam mais do que um filme da Disney. Mas estes clássicos familiar não têm apenas a função de entreter. Muitos destes filmes da Disney também carregam mensagens poderosas que podem nos fazer entender o evangelho de Jesus Cristo. Aqui estão algumas conexões com filmes da Disney que podem ser apresentadas aos seus filhos e sobre as quais vocês podem refletir juntos.
A Bela e Fera: Vencer o homem natural
Além de ser um clássico, a história pode nos proporcionar uma reflexão incrível sobre a Expiação, o amor de Cristo e como vencer o homem natural.
Para a fera, a única maneira de quebrar o feitiço é por meio do amor. O mesmo se aplica a nós. Para vencer o homem natural, devemos “ceder ao influxo do Espírito Santo” e ser “[cheios] de amor” (Mosias 3:19). Como o Élder Carl B. Cook disse em um devocional BYU : “Dependemos de Deus e Jesus Cristo para nos ajudar a mudar a nossa natureza”. É somente por meio da Expiação de Jesus Cristo — o ato supremo de amor — que podemos realmente mudar.
Bela, a heroína da história, pode nos ensinar sobre o amor do Salvador. Ela sacrifica-se para salvar seu pai do cativeiro da fera. Sua escolha altruísta de viver no castelo fornece a oportunidade para que o feitiço seja quebrado, assim como a escolha do Salvador de vir à terra fornece uma maneira de vencer o pecado, a morte e o homem natural dentro de cada um de nós. Amor e sacrifício de Bela não só libera a fera, mas também outros indivíduos no castelo. O sacrifício do Salvador não só oferece salvação para você e para mim, mas também para todos os outros seres humanos que vivem sobre a terra.
O Rei Leão: Arrependimento e a nossa identidade divina
Como Simba, todos cometemos erros que trazem sentimentos de vergonha e culpa. Nosso primeiro instinto pode ser o de se esconder ou fugir dos problemas. Contudo, a verdadeira cura só vem por meio da Expiação de Jesus Cristo. Ao confessar e abandonar nossos pecados (ver D&C 58:43), encontraremos perdão, alívio e força para seguir em frente. Como Rafiki sabiamente diz: “O passado pode machucar. Mas na minha opinião, você pode fugir dele ou aprender com ele”.
Ao nos lembramos de que somos filhos e filhas de Deus, que sempre vai nos amar, encontraremos coragem para enfrentar o nosso passado e experimentar a verdadeira mudança por meio da Expiação de Jesus Cristo.
“Cada indivíduo é um filho (ou filha) gerado em espírito por pais celestiais que o amam e, como tal, possui natureza e destino divinos (A Família Proclamação ao Mundo). Por meio da Expiação de Jesus Cristo, todas as pessoas podem ‘progredir rumo à perfeição e, finalmente, perceber seu destino divino’.”
Ao reconhecer quem somos, arrepender-nos e seguindo o exemplo do Salvador, podemos superar nosso passado e alcançar o nosso pleno potencial no Reino de Deus, assim como Simba tomou o seu lugar no ciclo da vida.
Cinderela: O Princípio da Compensação
Se alguém tem uma vida injusta é a Cinderela. Ela é gentil, paciente, amorosa, humilde, trabalhadora e tem longanimidade. Mesmo assim, ela fica sozinha para receber ordens de sua madrasta malvada e de duas meias-irmãs horríveis. Parece ser a última coisa que ela merece.
Cada um de nós pode se relacionar à situação da Cinderela. Não porque todos temos uma madrasta malvada, mas porque todos já passamos por situações de injustiça na vida. Não importa se somos benevolentes, amáveis ou pacientes, a vida nunca será perfeita para nós. As pessoas sempre fazem e dizem coisas que nos magoam. Vivemos em um mundo decaído e às vezes muito cruel.
Mas a história da Cinderela nos ensina algo sobre a Expiação de Jesus Cristo.
Em Pregar Meu Evangelho, aprendemos que “tudo que é injusto nesta vida pode ser corrigido por meio da Expiação de Jesus Cristo”. Isso, claro, não significa que conseguiremos tudo o que queremos. Não significa que tudo será corrigido hoje, ou amanhã ou na próxima semana. Significa que um dia, por causa de Seu Sacrifício Expiatório infinito, toda a dor e injustiça que experimentamos como mortais será reparada.
O Élder Joseph B. Wirthlin chamou este conceito de princípio da compensação. Como ele explicou em seu último discurso de conferência “Aconteça o Que Acontecer, Desfrute”:
O Senhor recompensa os fiéis por toda perda que sofrem. Aquilo que é tirado dos que amam o Senhor será acrescido a eles à própria maneira do Pai. Embora a compensação possa não chegar quando desejamos, os fiéis saberão que cada lágrima vertida hoje será compensada por cem lágrimas de regozijo e gratidão.
É o Salvador que possibilita a todos os “felizes para sempre”.
Viva – A vida é uma festa: História da família
Para que os personagens falecidos do filme conseguissem visitar a terra dos vivos no dia dos mortos, seus descendentes vivos devem recordá-los e colocar uma foto na oferenda da família. Se seus descendentes se esquecem completamente deles, os falecidos desaparecem para nunca mais ser vistos novamente.
Assim como os personagens falecido do filme dependem do fato de seus descendentes se lembrarem deles, nossos antepassados estão contando conosco para recordá-los também. Quando pesquisamos a vida dos nossos antepassados, somos capazes de realizar ordenanças por procuração por eles no templo, permitindo-lhes optar por aceitar ou rejeitar essas ordenanças. Em última análise, isto permite-lhes ser selados a nós como família eterna ligados entre si através das gerações.
Em seu discurso de conferência “Trabalho de templo e história da família: Selar e Curar”, o Élder Dale G. Renlund lista várias bênçãos poderosas prometidas para aqueles que estão envolvidos no trabalho de história da família:
(…) Mais bênçãos para a família, independentemente de nossa situação familiar atual, passada ou futura ou das imperfeições de nossa árvore familiar;
Mais amor e gratidão pelos antepassados e pelos parentes que estão vivos, para que não mais nos sintamos sozinhos;
Maior poder para discernir o que precisa de cura e, assim, com a ajuda do Senhor, servir ao próximo;
(…) Mais ajuda para curar os corações tribulados, partidos ou ansiosos e cicatrizar os que estavam feridos.”
Ao nos lembrarmos de nossos antepassados, podemos fortalecer e abençoar todos os nossos relacionamentos familiares — passado, presente e futuro.
Hércules: O Plano de Salvação
A história de Hércules representa a jornada que cada um de nós faz no plano de salvação. Como Hércules, que era filho de um Deus, somos todos filhos de Pais Celestiais — Deuses. Morávamos com Eles antes de vir para a terra, apesar de não nos lembrarmos de nossa experiência pré-mortal. Aqui na mortalidade, ao descobrimos quem realmente somos, também temos a oportunidade de ser testados e provados. No final, por causa do Salvador, podemos voltar a viver com Deus e ser como Ele é.
Outro paralelo do evangelho que pode ser representado neste filme é Phil, um sátiro que está em treinamento para tornar-se herói. Phil tem mais experiência e pode avisar Hércules sobre o que está por vir. Ele quer que Hércules tenha sucesso. Depois de Hades convencer Hércules de que ele não precisa de Phil, Hércules fica mais fraco e cai em uma armadilha de Hades.
Temos profetas e apóstolos para nos guiar e preparar para as batalhas que virão — os líderes que querem que sejamos bem-sucedidos. Satanás tentará nos convencer de que sabemos mais, que não precisamos da orientação dos líderes da Igreja. Mas como a irmã Carol F. McConkie afirmou sabiamente:
“Damos ouvidos à palavra profética mesmo quando talvez nos pareça irracional, inconveniente e incômodo. De acordo com os padrões do mundo, seguir o profeta pode ser impopular, politicamente incorreto ou socialmente inaceitável. Mas seguir o profeta é sempre certo”.
Quando humildemente confiamos nas palavras dos servos do Senhor e as e obedecemos, seremos capazes de voltar ao nosso lar celestial.
Alice no País das Maravilhas: Arbítrio
Conhecemos a aventura pitoresca vivida por Alice no País das Maravilhas. Uma cena do filme em particular nos ensina uma lição poderosa sobre o arbítrio e a nossa responsabilidade de escolher.
O presidente Thomas S. Monson contou essa parte da história no final de seu discurso da conferência geral de abril de 2016:
“Lembram-se de quando [Alice] chegou a uma encruzilhada, tendo dois caminhos a sua frente, cada qual se estendendo em direção oposta? Ela se deparou com o gato risonho e perguntou a ele: ‘Que caminho devo seguir?’
O gato respondeu: ‘Depende do lugar para onde quer ir. Se não sabe para onde quer ir, não importa o caminho que você vai seguir’.
Ao contrário de Alice, sabemos para onde queremos ir, e o caminho que vamos tomar realmente importa, pois o caminho que tomamos nesta vida nos leva ao nosso destino na vida futura.
Tomemos a decisão de edificar dentro de nós uma fé vigorosa que será nosso mais eficaz baluarte contra os desígnios do adversário — uma fé real, o tipo de fé que vai amparar-nos e reforçar nosso desejo de escolher o que é certo. Sem essa fé, não vamos a lugar algum. Com ela, podemos alcançar nossos objetivos”.
Como o País das Maravilhas, o mundo mortal em que nos encontramos às vezes é um lugar louco e esmagador para estar. Mas não temos que vagar pelo mundo sem qualquer orientação ou direção. Deus nos deu Seu evangelho, os mandamentos e a orientação de profetas vivos para nos ajudar a saber qual rumo tomar. Ao focalizamos no plano da salvação e em nossa meta final de voltar a viver na presença do Pai Celestial, teremos poder para fazer escolhas justas na nossa vida cotidiana.
Fonte: LDSLiving
https://mormonsud.net/inspiracao/natureza-divina-nos-filmes-da-disney/