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Deus é capaz de odiar alguém ou alguma coisa?

medo da morte

Primeiramente Deus não odeia alguém, odeia as obras perversas de alguém. Deus não odeia o pecador, odeia o pecado (Mateus 9:11-13).

Ao lermos as escrituras (especialmente as do Velho Testamento) não raro encontramos expressões que atribuímos a sentimentos negativos e maus, tais como “Deus se irou”, “Deus abomina”, “Deus odeia”, etc. (por exemplo: Salmos 5:6, Provérbios 6:16-19). Um leitor ocasional bem que poderia perguntar como é possível que um “Deus cristão”, que é lembrado como santo, bom e paciente – sendo que nada impuro entra na sua presença (e, portanto, deve ser despido de sentimentos ruins) – possa comportar sentimentos tão opostos?

Deve ser deixado claro que uma interpretação apenas superficial das obras-padrão já seria suficiente para evidenciar bem depressa que não há amargura, raiva, sentimento de vingança e qualquer indicação de maldade no caráter de Deus. E se mergulharmos um pouco mais fundo nas escrituras entenderíamos que mesmo quando Deus castiga, o faz porque ama seus filhos. De fato, Ele nada faz que não seja em beneficio do mundo:

“Ele nada faz que não seja em benefício do mundo; porque ama o mundo a ponto de entregar sua própria vida para atrair a si todos os homens. Portanto, a ninguém ordena que não participe de sua salvação.

Eis que clama ele a alguém, dizendo: Afasta-te de mim? Eis que vos digo: Não; mas ele diz: Vinde a mim todos vós, extremos da Terra, comprai leite e mel sem dinheiro e sem preço.

Eis que mandou ele que alguém saísse das sinagogas, ou melhor, das casas de adoração? Eis que vos digo: Não.

Ordenou ele a alguém que não participasse de sua salvação? Eis que vos digo: Não; mas deu-a gratuitamente a todos os homens e ordenou a seu povo que persuadisse todos os homens a se arrependerem.

Eis que ordenou o Senhor a alguém que não participasse de sua bondade? Eis que vos digo: Não; mas todo homem tem tanto privilégio quanto qualquer outro e nenhum é excluído.” (2 Néfi 26:24-28)

mão de Dues

Mesmo quando uma passagem diz que Ele esta irado, essa é, na verdade, uma expressão de seu amor. Deus não sente raiva.

O problema consiste no significado que damos a palavra “ódio” (e outras palavras que parecem-nos atributos negativos de Deus). Já que onde há luz não pode haver trevas, também onde há iniquidade não pode haver justiça. É licito, portanto, dizer que Deus odeia o pecado, por que Ele ama a retidão.

Ou seja, para expressar o extremo de santidade do caráter de Deus João usou a palavra ódio. O mesmo se dá com os amonitas: eles odiavam o pecado, porque haviam se santificado (Alma 26:34). Fica mais fácil entender essas expressões ao dizermos que Satanás alegra-se quando pecamos, ou que o impuro ama as riquezas ou que o falso profeta se regozija na iniquidade.

As palavras são tão somente formas representativas que transmitem ideias, e devem ser analisadas dentro do contexto apresentado, para não se correr risco de chamar o bem mal e o mal bem. O Espírito Santo é fundamental na interpretação das escrituras sagradas (II Pedro 1:20-21, D&C 76:10). Se tivermos o Espírito as palavras serão tão somente instrumentos para aprendermos algo maravilhoso que, em certos casos, não só será ilícito de se falar ou de escrever, mas não será possível.

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Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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