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Aprender sobre a crucificação de Cristo pode nos ajudar criar laços com outras religiões

2.300.000.000 – esse é um grande número. Dois bilhões, trezentos milhões: é mais ou menos quantos cristãos existem no mundo, e os membros da Igreja compõem menos de um por cento deles.

Quase todos os cristãos acreditam que Cristo morreu por nossos pecados, o que proporciona aos santos dos últimos dias uma oportunidade perfeita de desenvolver crenças em comum. Infelizmente, às vezes nos concentramos em nossas diferenças.

Robert Eaton, vice-presidente acadêmico associado de Aprendizagem e Ensino da BYU – Idaho, compartilhou como, ao dar aulas de preparação missionária, ele fazia uma ‘encenação’ com os alunos.

Quando os alunos fingindo ser missionários perguntavam a ele (que agia como alguém que estava aprendendo sobre a Igreja) se ele sabia sobre a Expiação de Cristo, ele respondia: “Sim, eu vi um filme sobre quando Cristo morreu pelos nossos pecados na cruz“.

Pelo menos metade de seus alunos o corrigia, declarando que Cristo expiou nossos pecados no Getsêmani, não na cruz.

Crenças em comum com outras religiões

Ele sentiu muito por esses missionários não usarem aquela oportunidade para focar no que temos em comum com os cristãos, nossa compreensão da importância salvadora da crucificação de Cristo, além de ensinar sobre o Getsêmani.

É natural nos concentrarmos no que é diferente ou único. Quando Robert Millet estava prestes a partir para a missão, perguntou ao pai: “O que significa ser salvo pela graça?” Seu pai respondeu: “Não acreditamos nisso”.

Ao ser questionado por que não acreditávamos nisso, o pai de Robert disse: “Porque os batistas acreditam!”

É claro que acreditamos na graça salvadora de Cristo, mas esse incidente engraçado ilustra nossa propensão de diferenciar nossas crenças religiosas das de outras religiões. Em alguns casos, entretanto, essa inclinação pode levar a situações infelizes e mal-entendidos.

Por exemplo, um pastor de uma igreja cristã em Provo, Utah, disse: “Sempre notamos quando uma de nossas alas tem uma aula sobre a cruz porque na segunda-feira nossos filhos pagam o preço por ela no parquinho”.

Na ocasião, ele descreve alguns meninos santos dos últimos dias que, no recreio, disseram a uma garota de sua congregação que usar um colar de cruz era do diabo. Depois do ocorrido, ela teve que ir à enfermaria da escola porque os meninos violentamente arrancaram seu colar.

Chegar a um conhecimento mais profundo da crucificação do Salvador nos dará mais amor e consciência à medida que interagirmos com centenas de milhões de cristãos para quem a cruz é o símbolo principal de sua crença de que Cristo foi crucificado e ressuscitado.

Nossa fé em Jesus Cristo

Ao conversarmos com outros cristãos sobre a fé em Jesus Cristo que compartilhamos, podemos destacar que o próprio Livro de Mórmon testifica que Cristo morreu na cruz para expiar pelos nossos pecados (ver 1 Né. 11:33).

O Profeta Joseph Smith ensinou que os santos dos últimos dias têm muito em comum com outros cristãos e devem ser unir a eles. Ele disse:

“A pergunta que frequentemente me fazem é: ‘Como vocês diferem de outras pessoas nos aspectos religiosos?’ Na verdade e essência, nós não diferimos muito em nossos aspectos religiosos… Os cristãos devem cessar as disputas e contendas uns com os outros e cultivar os princípios de união e amizade em seu meio; e eles farão isso antes que o Milênio comece, e Cristo tome posse de seu reino”.

Talvez em uma geração anterior houvesse a necessidade de enfocar as diferenças entre os membros da Igreja e outros cristãos. Porém, assim como as pessoas do Livro de Mórmon que historicamente estiveram em conflito se uniram para enfrentar sérias ameaças em sua época (ver 3 Né. 2: 10–14), nós também podemos dar as mãos a outros cristãos.

O Élder Ronald A. Rasband disse:

“Precisamos convidar nossos membros para fazer parte de um coro de religiosos e não apenas solistas. Faremos muito melhor se nos juntarmos a nossos amigos de outras religiões. Estamos colocando as coisas das quais discordamos de lado agora, e estamos alinhando as coisas em que podemos concordar.”

A crucificação de Jesus Cristo e outras religiões

A importância da crucificação de Cristo é algo em que os santos dos últimos dias e outros cristãos podem concordar.

Em uma época em que as liberdades religiosas são constantemente atacadas, trabalhar com outras religiões é cada vez mais importante.

Aprender mais sobre a crucificação de Cristo pode nos ajudar a construir pontes, tanto individualmente quanto como Igreja coletivamente, com outros cristãos.

Embora muitos santos dos últimos dias se concentrem principalmente no Getsêmani ao discutir a Expiação do Salvador, as escrituras e os líderes modernos da Igreja mencionam com mais frequência o Calvário. Nas escrituras, o próprio Cristo sempre enfatiza Sua crucificação.

Estudar sobre a morte de Cristo pode mudar nossas vidas, pode aumentar o amor que sentimos por e de Jesus Cristo. Fortaleceremos nosso relacionamento com o Salvador ao nos concentrarmos em um evento que Ele costuma usar para se identificar.

Que assombroso é!

Sentiremos uma maior abundância do Espírito ao estudarmos e falarmos mais sobre o sacrifício expiatório do Salvador e nos tornarmos mais unidos a outros cristãos.

Ao ponderar e estudar sobre o Cristo vivo e amoroso, nossos corações ecoarão mais plenamente as palavras de nosso amado hino Assombro Me Causa:

Relembro que Cristo na cruz se deixou pregar;
Pagou minha dívida, posso eu olvidar?
Não! Não! E por isso a Cristo exaltarei
A vida e tudo o que tenho eu lhe darei.

Que assombroso é;
Oh! ele me amou e assim me resgatou.
Que assombroso é!
Assombroso, sim!

Jamais devemos esquecer a misericórdia, o amor e a devoção que Jesus nos oferece tão plenamente por meio de sua Expiação.

Devemos nos esforçar para aprender tudo o que pudermos sobre Ele, incluindo o sacrifício que ele fez no Calvário.

Veja também: Por que acreditamos na liberdade religiosa?

Fonte: LDS Living

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