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Perguntas e respostas: como Deus nos julgará?

julgamento e reinos de glória

Algumas vezes, os Santos dos Últimos Dias são acusados de acreditar que nós seremos salvos somente pelas obras. Isto não é verdade. Além disso, é uma forma de simplificação daquilo que realmente acontecerá quando formos julgados.

Por meio do Evangelho de Jesus Cristo, aprendemos que seremos salvos por meio da Expiação de Jesus Cristo. Nenhuma quantidade de boas obras poderia nos salvar dos nossos pecados. Somente a Expiação de Jesus Cristo pode fazê-lo.

Entretanto, o modo como vivemos importa. A Bíblia deixa isso muito claro. Jesus repetidamente falou de como deveríamos agir. Ele nos ensinou a amar uns aos outros, a tratar o próximo com bondade e a obedecer aos mandamentos.

Jesus Cristo e Seus apóstolos ensinaram que fé sem obras é morta. Não precisamos nem falar das palavras: devemos viver o evangelho. Dizer que temos um testemunho e não realizar nenhuma mudança são conceitos incompatíveis.

A verdadeira fé implica uma vida de mudanças. Jesus ensinou que, se O amássemos, cumpriríamos Seus mandamentos. Por isso, a obediência é a medida de nosso amor pelo Salvador.

A medida que seremos julgados

Dallin H. Oaks, um apóstolo Santo dos Últimos Dias, fez um discurso oferecendo uma abordagem interessante ao tema das obras e como elas impactam nosso julgamento final perante o Senhor.

Um apóstolo atual cumpre o mesmo papel que desempenhava um apóstolo na época de Cristo: ele é uma testemunha especial do Senhor. O Élder Oaks disse que nosso julgamento final não é uma mera soma dos nossos atos individuais.

Em outras palavras, ele não será uma planilha de balanços onde nossos atos de obediência serão colocados de um lado e os de desobediência do outro, e a coluna mais longa vence. Esta é a maneira como as pessoas frequentemente pensam que os Santos dos Últimos Dias acreditam.

Entretanto, o que o julgamento fará é medir o que nos tornamos.

“Dos ensinamentos das escrituras, podemos concluir que o Julgamento Final não é somente uma avaliação da soma das coisas boas e más que fizemos, mas sim o resultado do efeito final de nossos atos e pensamentos – no que nos tornamos. Não é suficiente simplesmente não praticar o mal. Os mandamentos, ordenanças e convênios do evangelho não são uma lista de afazeres necessários em um rol celestial. O evangelho de Jesus Cristo é um plano que nos mostra como nos tornarmos aquilo que o Pai Celestial deseja que nos tornemos.”

O Élder Oaks explica que o primeiro ensinamento de Jesus a Seus apóstolos foi sobre o testemunho. Esse é o primeiro passo. Precisamos acreditar que Deus é nosso Pai e que Seu Filho, Jesus Cristo, é nosso Salvador.

Para nos tornarmos algo, devemos agir

Mas não podemos parar por aqui. O evangelho não tem significado se ficarmos parados e não mudarmos nossa vida.

Ele chamou a atenção daqueles que o ouviam no dia em que Jesus pegou uma criança entre a multidão e lhes disse que deveriam se converter e se tornar como uma criancinha.

Jesus não ensinou que devemos crer como uma, mas nos tornarmos como uma. A conversão é mais do que o testemunho, é tornar-se. Para nos tornarmos algo, devemos agir.

Não é maravilhoso saber que Deus poderá ignorar nossos erros no Seu julgamento? Através do arrependimento, possível por meio da Expiação, podemos ser perdoados de nossos pecados.

Contudo, isso não é algo automático. Por isso, devemos nos arrepender para torná-lo possível, como a Bíblia ensina. O arrependimento requer que verdadeiramente sintamos pesar pelos nossos pecados, que os restituamos, que peçamos o perdão de Deus e daqueles envolvidos e, depois, que abandonemos completamente o pecado.

Uma vez que fizermos isso, Deus se esquecerá de nossos erros, e poderemos começar de novo.

Ainda há tempo

No curso de nossas vidas, teremos a oportunidade de aprender e crescer. É por isso que estamos aqui. Deus nos concedeu um grande potencial, e é nossa responsabilidade nos achegarmos a Ele.

Por essa razão, o julgamento final não acontecerá até depois da nossa morte. Isso é exemplificado no Novo Testamento, quando Jesus salvou a mulher que seria apedrejada por adultério. Ele disse que não a julgaria.

Naquele momento, Ele estava dizendo que não a julgaria naquele instante. Sua vida não havia terminado, e ela ainda tinha tempo para se arrepender e para que se tornasse o que Deus desejava.

Quando sua vida terminasse, Ele poderia então avaliar suas escolhas. Ele olharia dentro de seu coração para saber quem ela havia se tornado e o que ela tinha feito de sua vida. As coisas que ela havia feito quando conheceu o Salvador não deveriam ser o fator determinante de sua mortalidade.

Foi por isso que Ele disse que não a julgaria, mas que não pecasse mais. O fim de sua vida ocorreria no futuro, em um momento que ela não sabia. Certamente, se ela continuasse em adultério, a morte viria em breve, pois essa era a pena para as mulheres que cometessem aquele pecado.

Jesus Cristo desejava que ela fizesse as mudanças necessárias enquanto ainda havia tempo.

“O Apóstolo Paulo disse que as pessoas que receberam o Espírito de Deus ‘possuem a mente de Cristo’ (1 Coríntios 2:16). Entendo que isso significa que as pessoas que estão avançando na conversão necessária começam a ver as coisas como nosso Pai Celestial e Seu Filho, Jesus Cristo, as veem. Eles estão ouvindo as Suas vozes em vez das vozes do mundo, e estão fazendo as coisas do Seu jeito em vez do jeito do mundo.”

Este é o objetivo do julgamento final: avaliar se tentamos ou não fazer as coisas do jeito do Senhor e não do jeito do mundo.

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| Para refletir
Publicado por: Esdras Kutomi
Formado em SI, mórmon, gosta de RPG e Star Wars, lê artigos científicos por diversão, e se diverte mais com crianças ou idosos do que com pessoas de sua idade.
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