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Perguntas e respostas: como posso ser mais caridoso?

Como cristãos, e independente de nossa denominação religiosa, somos ensinados a sempre amar e Deus e amar ao próximo. 

Jesus Cristo ensinou dois grandes mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo (Mateus 22:36-39). Ele viveu esses princípios ao servir, curar, perdoar e ensinar, deixando-nos o exemplo perfeito de como amar de forma pura e desinteressada.

Mas assim como qualquer outro mandamento, não é fácíl vivê-los. Precisamos nos esforçar, escolher o que e certo e exercer fé. Por isso, o Presidente Dallin H. Oaks ensinou que:

“Por mais difícil que seja viver no tumulto ao nosso redor, o mandamento do Salvador de amar uns aos outros é provavelmente nosso maior desafio.”

Então, como podemos desenvolver essa qualidade divina em um mundo tão cheio de egoísmo, distrações e divisões? Como transformar o amor ao próximo em uma prática cotidiana e significativa?

Neste artigo, exploraremos o que significa ser caridoso, o que evitar e como agir para cultivar esse atributo cristão que nos aproxima de Deus e do nosso próximo.

O que é caridade?

Na visão cristã, a caridade é mais do que doar bens materiais ou dinheiro. Como descrito em Morôni 7:47, é o “puro amor de Cristo”. É o tipo de amor que transcende barreiras, perdoa ofensas e busca abençoar a vida dos outros, mesmo quando isso exige sacrifício pessoal.

Paulo, em sua conhecida descrição de caridade, nos ensina que ela é mais do que ações externas:

“A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não trata com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não se alegra com a injustiça, porém se alegra com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” 

A verdadeira caridade não se limita a momentos de grande necessidade, mas é demonstrada em ações cotidianas. Um sorriso, uma palavra de encorajamento, uma ajuda prática ou um ato de compaixão silencioso são expressões desse amor.

Jesus também nos ensinou que amar o próximo não deve ser restrito aos nossos familiares ou amigos, mas a todos, incluindo aqueles que nos desafiam. No sermão da montanha, Ele declarou:

“Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.”

Assim, a caridade é um chamado universal. Ela exige uma transformação interior para que possamos externar o amor de Deus em todas as nossas relações.

Atitudes que impedem a verdadeira caridade

Embora o desejo de amar e servir o próximo seja nobre, há atitudes que podem impedir que pratiquemos a verdadeira caridade. Identificar e evitar esses comportamentos pode nos ajudar a vivê-lo.

Julgar o outro. Como cristãos, somos convidados a julgar menos e compreender mais. Mateus 7:1-2 nos adverte

“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós.” 

Julgar os outros pode nos afastar de perceber suas reais necessidades e nos torna menos compassivos.

Agir por orgulho ou vaidade. Se ajudamos apenas para sermos vistos ou elogiados, nossa motivação perde valor espiritual. Jesus advertiu:

“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra forma, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.”

Ignorar as necessidades dos outros. A caridade exige ação. Não podemos apenas falar e ficar em palavras de conforto sem agir. O Élder M. Russell Ballard ensinou:

“Gostaria de enfatizar novamente que o atributo mais importante do Pai Celestial e de Seu Filho amado, que devemos desejar e esforçar-nos para ter dentro de nós, é o dom da caridade, (…). Desse dom emana nossa capacidade de amar e servir às pessoas — como fez o Salvador.”

Ressentimentos e rancores: O perdão é uma manifestação de amor ao próximo. Guardar mágoas nos impede de amar verdadeiramente.

Maneiras práticas para amar como Cristo

Amar mais o próximo requer intencionalidade. Não é algo que acontece automaticamente, mas pode ser desenvolvido com esforço constante. O Presidente Thomas S. Monson ensinou:

“Caridade é ter paciência com a pessoa que nos decepcionou; é resistir ao impulso de se ofender com facilidade. É aceitar fraquezas e limitações. É aceitar as pessoas como elas realmente são. É enxergar, além da aparência física, os atributos que não se extinguirão com o tempo. É resistir ao impulso de categorizar as pessoas”.

Aqui estão algumas maneiras que ajudam a cultivar a caridade:

Ore por mais amor no coração. Em Morôni 7:48, somos convidados a rogar a Deus pelo “puro amor de Cristo”. Portanto, pedir ajuda Dele para sermos mais caridosos é um passo essencial.

Pratique empatia. Colocar-se no lugar dos outros ajuda a compreender suas lutas e necessidades. Pergunte a si mesmo: “Como eu gostaria de ser tratado nessa situação?”

Sirva ao próximo de forma prática: Procure oportunidades para ajudar, como oferecer uma refeição a alguém em necessidade, visitar os doentes ou voluntariar-se em projetos comunitários.

Demonstre gentileza nas palavras. Pequenos atos de bondade, como um elogio sincero ou palavras de encorajamento, podem ter um grande impacto.

Compartilhe seus recursos. Seja generoso com seu tempo, talentos e posses. O Senhor prometeu: “Dai, e ser-vos-á dado” (Lucas 6:38).

Perdoe de coração. O perdão liberta não apenas quem o recebe, mas também quem o concede. Lembre-se do que Jesus ensinou:

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará a vós” (Mateus 6:14).

Ame os inimigos. Este é talvez o aspecto mais desafiador do amor cristão, mas é um dos maiores testes de nossa capacidade de seguir a Cristo. 

Ensine pelo exemplo. Demonstrar caridade em seu dia a dia pode inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.

Servir aos nossos irmãos

Cristo nos deu o exemplo perfeito em João 13, quando lavou os pés dos discípulos. Esse ato simples simboliza o tipo de serviço humilde e amoroso que devemos buscar praticar. 

Amar ao próximo nos transforma e nos aproxima de Deus. Quando evitamos julgamentos, egoísmo e ações vazias, e buscamos agir com empatia, gentileza e serviço, experimentamos o puro amor de Cristo em nossa vida. O apóstolo João resumiu isso:

“Se alguém disser: Eu amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, a quem viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 João 4:20)

E o Élder M. Russell Ballard nos convidou

“Que mostremos nosso amor e apreço pelo sacrifício expiatório do Salvador, por meio de nossos atos simples e compassivos de serviço a nossos irmãos e irmãs em casa, na Igreja e em nossas comunidades.”

Como você se esforça para ter mais amor pelo seu próximo?

Veja também: Como cuidar (amar) mais de si mesmo?

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