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Comentários sobre 1 Néfi 15 – Por que não guardais os mandamentos do Senhor? #20

1 néfi 15

Estamos estudando o Livro de Mórmon todo, conforme o pedido do Presidente Russell M. Nelson e da Presidência de Área do Brasil, que lançou um desafio a todos os membros da Igreja do país para terminarem a leitura do Livro de Mórmon até Dezembro. Neste artigo comentamos 1 Néfi 15. Neste capítulo somos levamos a uma profunda reflexão – Por que as vezes nossas orações não são respondidas?

Ter Nossas Orações Respondidas

No versículo 8, Néfi pergunta a seus irmãos se eles haviam perguntado ao Senhor sobre as coisas que queriam saber. Seus irmãos responderam que não e justificam-se dizendo, no versísulo 9: “Não perguntamos, porque o Senhor não nos dá a conhecer essas coisas”. Mas Néfi vai além do superficial e diz que o Senhor de fato não os daria conhecimento algum, se eles continuassem não guardando os mandamentos. Ele relembra aos seus irmãos o que o Senhor disse:

“Se não endurecerdes vosso coração e me pedirdes com fé, acreditando que recebereis, guardando diligentemente os meus mandamentos, certamente estas coisas vos serão dadas a conhecer”. (versículo 11)

E quanto a nós? Temos recebido revelação pessoal e respostas as nossas orações? Se não estamos, é provável que estejamos na mesma condição dos irmãos de Néfi, o que pode ser perigoso.

Muitas pessoas passam pela vida sem tentar qualificarem-se para ouvir a voz da inspiração. Muitas dessas pessoas não são más nem rebeldes, mas simplesmente não tentam saber qual é a vontade do Senhor nem agir de acordo.

revelação pessoal

O Presidente Dallin H. Oaks, explicou como a dureza de coração limita nossa espiritualidade:

“Néfi tentou ensinar aos irmãos que eles também poderiam compreender o significado das profecias do pai, que eram de difícil compreensão, a menos que se perguntasse ao Senhor (1 Néfi 15:3). Néfi disse-lhes que se não endurecessem o coração, se guardassem os mandamentos e perguntassem ao Senhor com fé certamente aquelas coisas lhes seriam dadas a conhecer (1 Néfi 15:11).

Se endurecermos o coração, rejeitarmos as novas revelações e limitarmos nosso aprendizado àquilo que podemos aprender por meio do estudo e da análise das palavras exatas contidas nas escrituras oficiais atuais, nosso entendimento ficará limitado ao que Alma chamou de menor parte da palavra (Alma 12:11). Se buscarmos e aceitarmos revelações e inspiração para ampliar nosso entendimento das escrituras, veremos o cumprimento das palavras inspiradas de Néfi quando prometeu que os mistérios de Deus seriam ‘desvendados pelo poder do Espírito Santo’ àqueles que a buscassem diligentemente (1 Néfi 10:19)” (“Scripture Reading and Revelation”,Ensign, janeiro de 1995,p.7)

O Profeta Joseph Smith também explicou que não eram só Lamã e Lemuel que poderiam conhecer as coisas que Néfi e seu pai sabiam — esse princípio se aplica a nós também: “Se todos nos uníssemos em torno do mesmo ideal, com a mesma disposição e com fé perfeita, o véu bem poderia romper-se hoje ou na próxima semana ou em qualquer outro momento”. [Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, Joseph Fielding Smith (org.), 1975, p. 11]

Aprendemos que temos direito a todo tipo de revelação e isso é grandioso!

“Deus nada revelou a Joseph que não dará a conhecer aos Doze, e até o menor dos santos pode conhecer todas as coisas tão logo possa suportá-las” (History of the Church, vol. 3, p. 380; ver também Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,p. 281).

Judeus e Gentios

O capítulo 15 de 1 Néfi também aborda sobre os judeus e gentios. E às vezes é difícil compreender de quem o texto está falando. O Élder Bruce R. McConkie que foi membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ajudou-nos nessa tarefa: “Tanto Leí como Néfi dividiam a humanidade em dois grupos: os judeus e os gentios. O grupo dos judeus consistia das pessoas naturais do reino de Judá ou de seus descendentes; todos os outros eram considerados gentios. Sendo assim, nós somos os gentios de quem essa escritura fala; nós somos aqueles que receberam a plenitude do evangelho e nós o levaremos aos lamanitas, que são judeus porque seus antepassados vieram de Jerusalém e do reino de Judá” (A New Witness for the Articles of Faith, 1985, p. 556).

O Élder McConkie também identificou um gentio que ajudaria muito na Restauração: “Joseph Smith foi o gentio por meio do qual o Livro de Mórmon foi revelado e os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias  são os gentios que levarão a salvação aos lamanitas e aos judeus” (The Millennial Messiah, 1982, p. 233).

 

vida de Joseph Smith

(imagem via: lds.org)

Restauração do Evangelho

E a restauração do Evangelho nos Últimos Dias é outra realidade acolhedora, abordada nesse capítulo.  Que impacto o evangelho restaurado tem em sua vida?

O Presidente Gordon B. Hinckley falou do impacto que a Restauração teve na história:

“Meus irmãos e irmãs, será que vocês percebem o que temos? Reconhecem nosso papel no grande drama da história humana? Este é o ponto de convergência de tudo o que aconteceu no passado. Esta é a época da restituição. Estes são os dias da Restauração. Este é o momento em que pessoas de toda a Terra sobem ao monte da casa do Senhor para buscar e aprender Seus caminhos e andar em Suas veredas. Este é o clímax de todos os séculos depois do nascimento de Cristo, e é uma época maravilhosa” (Conference Report, outubro de 1999, p. 94;

O Senhor preparou o caminho da restauração e Ele fez isso para nosso proveito, para que pudéssemos ser felizes.

O Presidente Ezra Taft Benson falou da bênção que é termos a palavra de Deus. Ela não só nos proporciona bênçãos grandiosas, mas também nos dá forças para resistir firmemente à tentação:

“Em seu sonho, Leí viu uma barra de ferro estendendo-se pelas névoas de escuridão. Percebeu que, agarrando-se a essa barra, as pessoas conseguiam evitar as águas imundas, afastar-se dos caminhos proibidos e não seguir as vias desconhecidas que conduziam à destruição. Mais adiante, seu filho Néfi explica claramente o simbolismo da barra de ferro. Quando Lamã e Lemuel perguntaram: ‘O que significa a barra de ferro?’ Néfi respondeu que representava ‘a palavra de Deus, [atentem para a promessa] e todos os que dessem ouvidos à palavra de Deus e a ela se apegassem, jamais pereceriam; nem as tentações nem os ardentes dardos do adversário poderiam dominá-los até a cegueira, para levá-los à destruição’ ( 1 Néfi 15:23-24) A palavra de Deus não só nos conduz ao fruto mais desejável de todos, mas também é nela e por meio dela que encontramos forças para resistir às tentações e o poder de frustrar a obra de Satanás e seus emissários” (O Poder da Palavra, A Liahona, Julho de 1986)

“O verdadeiro discípulo resiste aos dardos ardentes do adversário empunhando o forte escudo da fé com uma mão, enquanto se agarra à barra de ferro com a outra. (Efésios 6:16; 1 Néfi 15:24; D&C 27:17). Não deve haver dúvida de que exigirá as duas mãos!” (Conference Report, abril de 1987, p. 87; ou A Liahona, julho de 1987, p. 71).

Que bênção e que privilégio é termos essas verdades em nossas vidas. A verdade de fato, nos liberta. (João 8:32)

E com grandes bênçãos, vem grandes responsabilidades. Nós seremos julgados por nossas obras.

Seremos Julgados por Nossas Obras

O Presidente Dallin H.Oaks falou de como nossos atos definem quem somos. Aquilo em que nossos atos nos transformam determina o julgamento que receberemos:

“Em muitas passagens da Bíblia e das escrituras modernas, lemos sobre um julgamento final em que todas as pessoas serão recompensadas de acordo com seus atos, obras ou desejos do coração. Mas outras escrituras ampliam essa ideia e afirmam que seremos julgados pela condição que tivermos alcançado”.

O profeta Néfi descreveu o juízo final com base no que nos tornamos: “E se suas obras tiverem sido imundas, eles serão imundos; e se forem imundos, não poderão habitar o reino de Deus” (1 Néfi 15:33) Morôni declarou: “Aquele que é imundo ainda será imundo; e aquele que é justo ainda será justo” (Mórmon 9:14; Apocalipse 22:11-12; 2 Néfi 9:16; D&C 88:35). O mesmo se aplicaria a egoísta ou desobediente ou qualquer outra característica pessoal que não esteja em harmonia com as leis de Deus. Ao referir-se ao estado dos iníquos no juízo final, Alma explicou que se formos condenados por nossas palavras, obras e pensamentos, não seremos considerados sem mancha e nesse terrível estado não nos atreveremos a olhar para o nosso Deus. (Alma 12:14)

um chamado

Julgamento Final

À luz desses ensinamentos, concluímos que o julgamento final não é apenas um balanço do total de atos bons e ruins, ou seja, do que fizemos. É a constatação do efeito final de nossos atos e pensamentos, ou seja, do que nos tornamos. Não basta fazer tudo mecanicamente. Os mandamentos, as ordenanças e os convênios do evangelho não são uma lista de depósitos que precisamos fazer numa conta bancária celestial. O evangelho de Jesus Cristo é um plano que nos mostra como podemos tornar-nos o que nosso Pai Celestial deseja que nos tornemos” (O desafio de tornar-se, A Liahona Janeiro de 2001)

E como será o estado final da alma? As escrituras têm a resposta. Os versículos 34 e 35 ensinam-nos sobre.

Existe uma diferença clara entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas e entre o reino de Deus e o reino do diabo. O inferno é o lugar preparado para os imundos que seguem Satanás, enquanto os justos que seguiram a Deus gozam da paz e glória de Seu reino. Mas como o estado final da alma de todas as pessoas pode ser dividido apenas em dois grupos — o grupo dos que habitarão o reino de Deus e o grupo dos que serão lançados fora? (1 Néfi 15:35)

A chave para a resposta dessa pergunta encontra-se em Doutrina e Convênios 76:43,que resume a obra de Jesus Cristo desta forma: “Ele que glorifica o Pai e salva todas as obras de suas mãos, exceto os filhos de perdição, que negam o Filho depois que o Pai o revelou.” Sendo assim, no estado final haverá o grupo das pessoas que serão salvas e o das que não serão, ou seja, dos filhos da perdição. E quanto a nós? Seremos salvos?

As pessoas que serão salvas são aquelas que receberão algum grau de glória. Doutrina e Convênios 76 cita três graus de glória — o celeste, o terrestre, e o teleste — e fornece informações sobre quem será digno de herdar cada um desses lugares no reino de Deus. Assim, todos os três graus de glória correspondem à salvação no reino de Deus, e os que não se qualificarem para recebê-la serão os filhos da perdição.

Que possamos estar sempre em sintonia com o Espírito para recebermos revelações e andarmos nos caminhos que conduzem a salvação e exaltação no Reino de Deus.

Leia 1 Néfi 15.

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| Livro de Mórmon
Publicado por: Inaê Leandro
Inaê Leandro é estudante de Administração, escritora e foi Jovem Senadora em terceiro lugar por Minas Gerais, no Prêmio Jovem Senador, do Senado Federal. Atua como voluntária no Instituto Oikon e mantém juntamente com amigos, o site suscitare.com.br.
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