Por que a religião ainda não acabou?
Religião
QUEM INVENTOU A RELIGIÃO?
Alguns acham que foi o homem que inventou as religiões. Outros acreditam que Deus usa as religiões para nos manter submissos, obedientes e fazermos o que ele quer. Dizem que Deus faz de nós seus fantoches. Por outro lado, há pessoas que não pensam dessa forma. E você, o que acha?
O QUE A BÍBLIA DIZ
Existe sim uma “religião que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai”. (Tiago 1:27). A religião pura, ou verdadeira, vem de Deus.
É NECESSÁRO TER UMA RELIGIÃO?
O que você acha?
O QUE A BÍBLIA DIZ
“Pensemos uns nos outros para nos estimular ao amor e às obras, não deixando de nos reunir” (Hebreus 10:24-25). Segundo a Bíblia, Deus quer que as pessoas se reúnam para adorar a ele. Para isso, é preciso haver um grupo organizado.
Houve um tempo em que era praticamente impossível não acreditar em Deus. A vida tinha (e possivelmente ainda tem) muitos mistérios, e a ação divina era a única explicação plausível algum tempo atrás, de acordo com o articulista Hank Campbel[1]. Por exemplo, como o homem poderia explicar a subida e descida do nível do mar? Ou então, por que a terra fica fértil? Por que as estrelas estão no céu? Por que as pessoas morrem tão cedo e outras vivem tanto?
De acordo com o autor, dois eventos importantes que aconteceram no mundo supostamente deveriam ter acabado com a religião: o mundo ficou menor – fazendo com que pessoas de diferentes culturas entrassem em contato, através da tecnologia e a Ciência surgiu fornecendo explicações para muitos dos questionamentos humanos.
Contudo e ao contrário do que Nietsche[2] acreditava a religião não morreu. Apesar da capacidade científica para explicar profunda e amplamente leis naturais, as pessoas não abandonaram suas religiões.
Para muitos pensadores a religião não é nem ao menos uma forma de mora. Ela teria diferentes significados entre grupos de pessoas. Por exemplo, há quem diga que ela fale sobre amor e compaixão, mas também, há quem mate seus semelhantes em nome de um deus.
De acordo com Campbell, certamente, cada religião tem seus problemas de público. Por exemplo, os católicos precisam lidar com os supostos casos de pedofilia envolvendo seus padres, os mulçumanos como o fato de serem taxados de terroristas, os presbiterianos, com a questão do conservadorismo dito extremo, os mórmons com histórias fantasiosas e falsas, etc. Até mesmo os ateus sofrem, neste caso pela falta de credibilidade.
Seja qual for o resultado dessa disputa entre culturas religiosas, há um dado surpreendente sobre ela. Em 1933, cerca de 40% dos cientistas eram religiosos, e até 2009 essa porcentagem permaneceu praticamente a mesma, segundo Campbell. Logo, como isso seria possível se a Ciência e religião, culturalmente, são consideradas inimigas?
Ao que tudo indica, a religião ainda possui certos benefícios. Vemos isso quando há problemas sociais em países subdesenvolvidos e grupos religiosos se mobilizam para amenizá-los. Entre os dependentes químicos que podem buscar ajuda em comunidades religiosas prestativas. Há ainda fiéis que trabalham recolhendo fundos, roupas e alimentos para ajudar os mais necessitados a nível internacional.
Não podemos esquecer também dos ateus engajados. Porém, o autor faz um certo adendo a isso: segundo ele, alguns ateus estão mais propensos a se associarem a causas políticas, enquanto os religiosos aos assuntos sociais.
A religião, então, continua a manter seu lugar na sociedade, algo que para os cientistas é fascinante. Não é raro encontrarmos estudos que associam religiosidade com longevidade e menor risco de desenvolvimento de doenças. O fato é que a religião domina a sociedade há anos, e por isso, desapegar dela levaria muito tempo.
A religião explica, ou tenta explicar, a maioria dos “mistérios” que nos cercam. Sempre foi assim. Na Grécia Antiga, por exemplo, os fenômenos ditos sobrenaturais eram explicados através da crença em algum deus. As pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.
Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.
A história das religiões nos mostra algo em comum: necessidade de explicar o inexplicável.
Sabemos que por um longo tempo, o mundo passou por um grande período de trevas. As pessoas estavam em apostasia, ou seja, afastados da verdade. Um longo período se seguiu até que a verdade fosse trazida a luz novamente e as coisas pudessem então ser explicadas em sua essência. O homem sempre teve e sempre terá necessidade de explicar coisas difíceis como a morte, a vida, o propósito da existência, porque é parte de nós, somos feitos ditos. Portanto, a religião tem esse papel e apesar de muitas denominações, a verdade sempre prevalecerá.
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32)
Referências
[1] Escritor e estudioso americano.
[2] Friedrich Wilhelm Nietzsche foi um filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor alemão do século XIX.