José: o que sabemos sobre o pai terreno de Jesus Cristo?

José, o marido de Maria, é uma figura de grande importância no plano de Deus, embora as escrituras apresentem poucas palavras sobre sua vida. O que sabemos, no entanto, enaltece sua fé, caráter e obediência a Deus. José é mencionado no Novo Testamento nos primeiros capítulos de Mateus e Lucas, e suas ações revelam uma natureza humilde, compassiva e leal à sua família e ao plano de Deus.
Descendente de Davi, justo e compassivo
José era da casa de Davi, uma linhagem crucial para o cumprimento das profecias sobre o nascimento de Jesus Cristo (Mateus 1:1–16, 20; Lucas 2:4; 3:23–38). Ele vivia em Nazaré, na Galileia, onde estava noivo de Maria quando ela recebeu a visita do anjo Gabriel anunciando que seria a mãe do Salvador (Mateus 1:18).
Quando José soube que Maria estava grávida, sua reação demonstrou seu caráter justo e compassivo. Segundo os costumes da época, ele tinha o direito de exigir que Maria fosse punida publicamente, mas, em vez disso, “e não a queria infamar” e planejou deixá-la secretamente (Mateus 1:19). Sua compaixão reflete um homem de fé, que pensava em proteger Maria mesmo em uma situação tão delicada.
Como carpinteiro de profissão (Mateus 13:55), José levou uma vida simples, mas marcada por sua retidão e obediência a Deus. As escrituras indicam que ele foi um homem trabalhador, dedicado a sustentar sua família e a ajudar Jesus a crescer “em sabedoria, estatura e graça” (Lucas 2:52).
Além disso, o compromisso de José com a Lei de Moisés é evidente em diversos momentos. Por exemplo, ele levou Jesus ao templo 40 dias após o nascimento para apresentá-Lo, como exigido pela lei (Lucas 2:22–24). Também participava anualmente da Festa da Páscoa com sua família (Lucas 2:41).
Um pai terreno para o Salvador
José desempenhou um papel de grande importância nos eventos ligados à vida de Jesus. Ele acompanhou Maria a Belém para o recenseamento, onde Jesus nasceu (Lucas 2:1–7, 16), e cuidou de sua família com dedicação. Apesar de não ser o pai biológico de Jesus, José foi publicamente reconhecido como seu pai terreno. Jesus era chamado de “filho de José” (Lucas 4:22; João 1:45; 6:42) e “filho do carpinteiro” (Mateus 13:55).
Em momentos decisivos, Deus comunicou-se com José por meio de sonhos:
- Um anjo revelou que Maria havia concebido pelo Espírito Santo e que ele deveria recebê-la como esposa (Mateus 1:20–21).
- Após o nascimento de Jesus, foi advertido a fugir para o Egito para proteger a criança do rei Herodes (Mateus 2:13).
- Quando Herodes morreu, José foi instruído a retornar a Israel (Mateus 2:19–20).
- Mais tarde, foi avisado a não ir à Judeia, estabelecendo sua família em Nazaré (Mateus 2:22).
Essas revelações mostram a confiança de Deus em José e sua disposição em obedecer sem questionar, mesmo diante de grandes desafios.
Ausência durante o ministério de Jesus
José não é mencionado durante o ministério público de Jesus, enquanto Maria aparece ocasionalmente (João 2:1; 19:25). Muitos acreditam que ele tenha falecido antes de Jesus iniciar Sua missão. A ausência de José é especialmente notada na crucificação, quando Jesus confia o cuidado de Sua mãe ao apóstolo João (João 19:26–27).
No entanto, José esteve presente em momentos significativos, como a viagem anual à Festa da Páscoa, quando Jesus, aos 12 anos, ficou no templo entre os doutores da lei. José e Maria procuraram Jesus “ansiosamente” por três dias antes de encontrá-Lo (Lucas 2:41–50).
Embora a Bíblia não registre nenhuma palavra dita por José, suas ações falam mais alto que qualquer discurso. José demonstrou que a grandeza não está em palavras ou títulos, mas na disposição de agir com fé, amor e obediência, deixando um legado que inspira gerações até hoje.
Fonte: LDS Living , churchofjesuschrist.org
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