O idioma de Adão desperta nossa curiosidade: uma língua antiga, sagrada e pura, que conecta os primeiros homens e mulheres a Deus. Embora não seja um tema central da doutrina da Igreja, muitos se perguntam: O que era essa língua? Será que ainda existe? Ela se parece com algum idioma moderno?
O que sabemos?
As escrituras e materiais oficiais da Igreja nos ensinam que o idioma de Adão era a língua falada por ele e seus primeiros descendentes:
“E era toda a terra de uma mesma língua, e de uma mesma fala” (Gênesis 11:1).
As escrituras a descrevem como “pura e impoluta”. Essa língua teria existido até os tempos da Torre de Babel, quando: “porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra” (Gênesis 11:9)

Com qual idioma ela se parece?
A resposta é simples: não sabemos.
O Presidente David O. McKay explicou:
“No princípio, Deus deu a Adão uma língua que era pura, perfeita e imaculada. Essa linguagem adâmica, hoje desconhecida, era muito superior a qualquer idioma atualmente existente. Por exemplo, o nome de Deus, o Pai, nessa língua original, é ‘Homem de Santidade’, significando que Ele é um Homem Santo e não uma essência espiritual vaga. (Moisés 6:57) Essa primeira língua falada por mortais era a língua celestial dos Deuses, ou uma adaptação dela conforme necessário para atender às limitações da mortalidade; e Adão e sua posteridade tinham o poder de falar, ler e escrevê-la.”

Falar em línguas: um dom real, mas sagrado
Durante a Restauração, houve manifestações desse dom espiritual. Em certa ocasião, na casa do Profeta Joseph Smith, ao pedir que Brigham Young oferecesse uma oração, ele foi inspirado a falar em uma língua desconhecida. Os presentes ficaram surpresos, mas Joseph disse:
“Irmãos, nunca me oporei a nada que venha do Senhor; essa língua vem de Deus.”
Ele mesmo falou nessa língua e encorajou os santos a buscar o dom de línguas — como Paulo fez no Novo Testamento — para o benefício dos filhos de Deus.
No início da Restauração, muitas pessoas manifestaram esse dom, mas também surgiram dúvidas sobre a autenticidade de algumas manifestações. Joseph buscou revelação, e o Senhor ensinou que os santos podem discernir as manifestações verdadeiras das falsas seguindo o Santo Espírito, porque Satanás também pode imitar dons espirituais.
Hoje, o dom de línguas é visto principalmente no poder dado a missionários e líderes para aprender novos idiomas de maneira extraordinária e pregar o evangelho em todo o mundo.

O idioma que Deus usou no princípio
Saber que existiu uma língua pura e sagrada é fascinante — mas também nos lembra que algumas curiosidades podem não ter relação direta com o que realmente precisamos para nossa salvação. O Presidente McKay ensinou que, desde o princípio, o Senhor concedeu ao homem o dom de ler e escrever, e que as primeiras coisas registradas foram as mais importantes: a revelação sobre Ele mesmo, Sua vinda, o plano de salvação e Sua expiação.
Hoje, nossos profetas e apóstolos nos convidam a colocar nosso foco no que mais importa:
- “Concentrem-se no arrependimento diário tão essencial à sua vida.”
- “Concentrem-se no templo como nunca se concentraram antes.”

Conclusão
O idioma de Adão é uma lembrança de que Deus sempre se comunicou com Seus filhos de maneira clara e sagrada. Mas também é um alerta: cuidado com distrações. Nem toda língua estranha ou manifestação é sagrada, e nem tudo o que parece espiritual vem de Deus.
Buscar conhecimento é bom — mas buscar a salvação é essencial. Podemos e dedicar nosso coração ao arrependimento, ao templo, à oração e ao serviço. Essas são as línguas que o Senhor quer que falemos fluentemente.
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