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Precisamos tomar cuidado ao usar a frase “ofender-se é uma escolha”

ofender-se

Ficar ofendido é uma escolha?

É fácil culpar alguém que se sente ofendido como sendo “muito sensível” ou “mal-entendido”. As pessoas dizem geralmente, “é sua escolha ficar ofendido”, como se isso absolvesse as ações do agressor e colocasse a culpa diretamente sobre o indivíduo magoado. A verdade é que, mesmo com as melhores intenções, precisamos estar cientes do impacto que temos sobre as pessoas.

Conselhos dos Apóstolos

Em seu discurso “A língua dos anjos”, o Élder Holland disse:

“Como todas as dádivas que ‘vêm de cima’, as palavras são sagradas e devem ser ditas ‘com cuidado e por indução do Espírito’.

É com essa compreensão do poder e santidade das palavras que desejo prevenir a todos, se é que isso é preciso, quanto ao modo como falamos uns com os outros e como falamos de nós mesmos”.

O Élder Holland fala aqui sobre o cuidado sagrado que precisamos tomar em como nos falamos, porque nossas palavras têm poder. Precisamos nos perguntar: “Se falo com amor, será que quem escuta sente esse amor? Se você achar que não, pergunte a si mesmo o que está de fato sendo sentido. Fazemos o convênio batismal de “chorar com os que choram e consolar os que precisam de consolo”. Nosso trabalho não é julgar alguém que está de luto ou se sentindo ferido por nossas palavras ou pelas de outras pessoas, nosso trabalho é estar com os indivíduos em tristeza, permitir-lhes espaço para sentir o que estão sentindo e aprender como podemos comunicar melhor o amor que sentimos por eles.

Mas o Élder Bednar não disse que ficar ofendido é uma escolha? Isso não significa que é culpa da pessoa se ela fica ofendida? É importante entender o contexto por trás do discurso que o Élder Bednar fez na conferência geral de 2006, quando ele disse que “Ofender-nos é uma escolha que fazemos; não é uma condição infligida ou imposta a nós por alguém ou algo” e que “achar que alguém ou algo pode fazer com que nos sintamos ofendidos, zangados ou magoados é um insulto ao nosso arbítrio moral e reduz-nos a meros objetos sujeitos à ação”.  O Élder Bednar está se concentrando no arbítrio aqui, tomando posse de como respondemos aos outros. Da mesma maneira, o “infrator” também deve apropriar-se de suas ações. O Élder Bednar prossegue dizendo:

“Contudo, como agentes, todos temos o poder de agir e escolher como nos conduziremos diante de uma situação ofensiva ou aviltante”.

No final das contas, a comunicação entre os membros da ala, os membros da família e aqueles com os quais falamos todos os dias prospera quando ambas as partes estão tomando posse de suas palavras e ações e quando ambas as pessoas levam em consideração intenções e impactos uns dos outros. Não seremos perfeitos em como nos comunicamos. Às vezes, nossas palavras e ações serão mal entendidas, e às vezes vamos entender mal as ações e intenções dos outros. Mas, como disse o Élder Bednar:

“Nunca se esqueçam de que todos somos agentes investidos do arbítrio moral e podemos optar por não nos ofendermos”.

Quando ficamos ofendidos, podemos optar por sermos construtivos sobre como respondemos às pessoas, comunicando-nos claramente como as outras pessoas que nos impactaram. Quando fazemos isso, permitimos-lhes a graça que lhes permite aprender e crescer. E quando estamos do outro lado, espero que possamos aproveitar a oportunidade para ampliar nossa perspectiva e sermos mais intencionais com nossas ações.

Fonte: LDSLiving

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