Certa vez minha mãe me disse: “Eu sou mais do que apenas uma mãe”.
Nunca esquecerei essa frase. Na verdade, ela ainda me incomoda. Quando nós, como mulheres da Igreja, começamos a usar o termo “apenas uma mãe” para descrever a maternidade? Esse termo não se aplica apenas a mães que ficam em casa ou mulheres que possuem filhos biológicos, na verdade, como Sheri Dew nos lembra em “Não Somos Todas Mães?” As bênçãos da maternidade são aplicáveis a todas as mulheres.
“A maternidade é mais do que dar à luz um filho, embora isso certamente esteja incluído. É a essência de quem somos como mulheres. Ela define nossa própria identidade, nossa condição e natureza divina, e as características especiais que nosso Pai nos concedeu”. Então o que acontece? Quando resumimos uma doutrina tão sagrada, bela e eterna em “apenas uma mãe?”
Como disse Sheri Dew em seu discurso:
“Quando compreendemos a magnitude da maternidade, vemos claramente por que os profetas foram tão zelosos em relação ao papel mais sagrado da mulher”.

Um papel divino
Hoje, a sociedade continuamente degrada e interpreta mal a magnitude da maternidade. Muitas pessoas compreendem de forma errada o papel divino da mãe, que faz sacrifícios profundos pelo progresso dos outros. No mundo de hoje, o papel divino da maternidade não possui qualquer valor, então ele passa a não significar nada. Assim, uma mãe, “o mais elevado e santo serviço (…) assumido pela humanidade” como a Irmã Dew cita na mensagem da Primeira Presidência de 1942, é conhecida pelo mundo como “apenas uma mãe”.
Eu já vi isso em mim. Eu reduzindo mães em “apenas mães” quando eu passo a dedicar grande parte do meu tempo livre às atividades dos meus filhos. Não me detenho a considerar os sacrifícios que uma mãe faz para dar aos filhos uma vida enriquecida com atividades; tudo o que vejo é um estereótipo. Eu também vejo isso na maneira como alguns questionam se as mães devem ou não ter carreiras fora de casa, e não consideram o grande sacrifício que esta mãe leva com papéis duplos de provedora e educadora diante das despesas.
Mães, vocês são mais do que “apenas mães”. Se você possui filhos ou não, você é muito mais do que “apenas uma mãe” para aqueles que você cuidar. Você é, como disse o Élder James E. Faust, “instrumentos nas mãos de Deus”. Não seja levada a pensar de maneira diferente.
Escrito originalmente por Katie Lambert no site LDS Living e traduzido e adaptado por César Félix.
Veja também:
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