A guerra nos céus e o plano de Lúcifer

Ao estudarmos a doutrina da vida pré-mortal, temos a oportunidade de entender pontos cruciais sobre nossa origem e possivelmente a primeira grande escolha que tivemos que fazer em nossa existência até então, apoiar ou rejeitar o plano de Deus para seus filhos.
O termo “vida pré-mortal” ou “pré-mortalidade” por vezes é chamado de “pré-existência”. No entanto, tal expressão (pré-existência) é naturalmente incorreta, visto que sua definição, “existir antes de existir” não faz sentido algum.
A doutrina d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensina que antes de nossa vida terrena, vivíamos na esfera pré-mortal em espírito, e que em determinado momento, atingímos o progresso máximo que tal esfera poderia nos oferecer. Com o propósito de permitir a continuidade do progresso de Seus filhos, Deus então convocou um conselho nos céus e apresentou o que conhecemos como “O Plano de Salvação”.
Estamos habituados com a história que conta que Lúcifer, um dos filhos de Deus e portador de grande autoridade nos céus, rejeitou o plano apresentado por Deus, propôs um plano alternativo e levou consigo um terço de todas as hostes espirituais que lá estavam, dando início à uma rebelião nos céus.
Diante desse cenário, algumas questões sérias inevitavelmente ficam no ar. Qual era o real plano de Satanás? Por que esse plano foi rejeitado?
O plano de Deus
O Conselho dos Céus não foi uma reunião para criar um plano do zero, mas sim para apresentar como o plano de progresso já existente seria executado. John E. Fossum declarou:
“É improvável que o Senhor tenha convocado um conselho e em seguida dito ‘Ok… Eu preciso criar um plano de progresso para meus filhos. Alguém tem alguma ideia?’. É mais provável que Ele sabia exatamente o que precisava acontecer para que Seus filhos retornassem a Ele, mas permitiu que alguns compartilhassem seus pensamentos de como aquele propósito poderia ser alcançado.”
O Livro de Moisés explica que o trabalho de Deus é permitir que Seus filhos alcancem a vida eterna. Na Biblioteca da Igreja em Bible Dictionary lemos:
“A Guerra nos Céus ocorreu primariamente com relação aos “comos e por quais meios” o Plano de Salvação seria administrado (…).”
Se o plano fosse apenas “voltar à presença de Deus”, por que saímos da esfera pré-mortal? O plano exige mais: sacrífícios e progresso pessoal.
O plano de Lúcifer
Deus deseja que Seus filhos a Ele retornem melhores. O Pai Celestial apresentou um plano para recebermos um corpo, experiência e aprendermos lições valiosas. Os termos desse plano não eram negociáveis:
“Quem enviarei? E um semelhante ao Filho do Homem respondeu: Eis-me aqui, envia-me. E outro respondeu e disse: Eis-me aqui, envia-me. E o Senhor disse: Enviarei o primeiro. E o segundo irou-se e não guardou seu primeiro estado; e, naquele dia, muitos o seguiram.”
Lúcifer, então, apresentou um plano alternativo que resultou em sua rebelião. Ele não queria apenas glória, mas desafiar Deus. De acordo com suas palavras em Moisés 4:1, ele disse:
“Eis-me aqui, envia-me; serei teu filho e redimirei a humanidade toda (…); portanto dá-me a tua honra.”
O Presidente Ezra Taft Benson ensinou que “Lúcifer apresentou seu plano em competição com o plano do Pai (…). Seu desejo ambicioso era de destronar Deus.” Em Doutrina e Convênios 29:36, o Senhor declara:
“Pois eis que o diabo (…) rebelou-se contra mim, dizendo: Dá-me a tua honra (…).”
No Éden, Satanás prometeu a Eva: “Certamente não morrereis” (Gênesis 3:4). Em outros momentos nas escrituras, a mesma tática aparece em falsos ensinamentos, como “todos serão salvos” ou “não há Deus”. Anticristos como Serém (Jacó 7:9), Neor (Alma 1:3-6) e Corior (Alma 30:17-18) falavam sobre a mesma ideia dita a Eva. Por fim, Lúcifer declarou:
“Redimirei a humanidade toda.”
Seu plano eliminava a necessidade de escolha e crescimento, destruindo o arbítrio e indo para um lado totalmente oposto ao plano de Deus.
Para ler o artigo completo acesse Intérprete Nefita.
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