Quando foi chamado para ser apóstolo de Jesus Cristo, Pedro largou as redes e foi ser “pescador de homens”.

Passou vários meses fora a pedido do Salvador. E quando retornou à Galileia para a Páscoa, teve a oportunidade de estar com Jesus por mais tempo e compartilhar o que aprendeu durante todo esse tempo.

Imagino que quando Pedro viu as cinco mil pessoas vindo para ouvir Jesus falar e toda aquela falação e barulheira, a sensação deve ter se sentido esmagadora (Mateus 14). Cinco mil pessoas ouvindo o homem que lhe arrancara de um barco de pesca.

Quando Jesus terminou a pregação, Ele disse a Seus apóstolos para pegar um barco e ir para Betesda, ao nordeste, enquanto Ele Se despedia das multidões.

O barco e o vento

Pedro provavelmente supôs que Jesus os alcançaria mais tarde. Mas a noite trouxe consigo um forte vento ocidental, e Jesus ainda não tinha aparecido.

O vento ficou mais forte, mais irregular. E qualquer progresso que os apóstolos tinham feito em seu barco rapidamente desapareceu. Eles abandonaram suas esperanças de chegar a Betesda e queriam retornar para Cafarnaum, que não era o seu destino, mas um porto seguro nas proximidades.

Por seis horas eles remaram, impotentes e errantes enquanto eles esperavam por Jesus. Embora Pedro já tivesse navegado muitas vezes pelo mar da Galileia, ainda estava incerto do que haveria de acontecer.

Pedro afundando nas águas enquanto Jesus oferece Sua mão
Imagem: churchofjesuschrist.org

Pedro anda sobre as águas

No meio da noite fraca uma figura sombria apareceu. Será que estavam vendo um fantasma?

O vento fazia a água cortar seu rosto. Estariam eles à deriva e longe da costa? Não. Havia um outro barco? Não. Os outros apóstolos tinham visto que Jesus expulsara muitos maus espíritos para saber exatamente o que eles pensaram que era. Imaginem a fúria com a qual eles remaram. Desesperados para escapar, mas absolutamente incapazes.

“Tende bom ânimo, sou eu, não tenhais medo”, Jesus falou.

Os outros apóstolos se acalmaram ao ouvir Sua voz, mas Pedro sabia do que o verdadeiro Jesus era capaz.

“Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.”

“Vem.”

Quando Pedro se apoiou na borda do barco, ele balançou? Ele se preocupou ao ir para a borda ou ele só estava animado por ver Jesus novamente?

Quando sua sandália tocou o mar da Galileia, o mar lhe devolveu sua antiga vida. Ali, ele se tornou uma nova pessoa. Será que a água encostou em seus pés, molhou seus dedos ou ele levitou sobre os picos da corrente apenas pelo poder da fé? Será que ele viu Jesus sorrir? Ele certamente estava olhando direto para Ele.

A lição: “Senhor, salva-me”

Pedro conhecia os estragos das tempestades. Certamente, ele havia perdido alguém em sua vida. E as ondas fortes o suficiente para congelar seu barco por seis horas desviaram sua atenção do Mestre.

A água voltou ao seu estado natural, e Pedro afundou. “Senhor, salva-me”, ele clamou.

Em grego, a palavra usada por Pedro foi Sozo, que significa “resgata-me do perigo”.

O calor da mão de Jesus envolveu Pedro antes que ele afundasse na água. Jesus olhou para o único apóstolo com fé para pedir para andar sobre a água. Ali, Ele deu-lhe uma lição sobre a sua dúvida, antes de voltarem para o barco.

Pedro provou naquela noite que sua conversão era além da média. Sua fé era imponente, mas frágil. Mas não tinha problema. Por que quem estava lá para salvá-lo? Jesus.

Não é de causar surpresa que em pouco mais de um ano, quando o Pedro deu seu primeiro sermão como presidente da Igreja, ele disse ao povo que quando chamassem em nome de Jesus, eles iriam ser sozo. Eles seriam salvos. Ele sabia disso.

Fonte: Third Hour

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