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Estudo da BYU-Idaho Liga Solidão ao Uso de Mídias Sociais

Mídias sociais e solidão

Um novo estudo realizado por alunos SUD na Universidade Brigham Young–Idaho descobriu que quanto mais tempo uma pessoa gasta em mídias sociais, mais provável é de ela ser solitária.

Sintomas de Depressão e Isolamento

O estudo constatou que como tempo diário em mídias sociais aumentou para os participantes, também aumentaram “a percepção de solidão e os sintomas de depressão”, inclusive os sentimentos de exclusão, tristeza, falta de motivação dificuldades para dormir, disse Robert R. Wright, diretor do Departamento de Ênfase de Saúde Psicológica da BYU-Idaho.

“A principal mensagem é que temos de usar os meios de comunicação sociais, sabiamente, disse Wright.

Ele disse que o recente aumento no uso de meios de comunicação social tem apresentado oportunidades de interações sociais mais frequentes de ocorrer com redes sociais maiores do que nunca.

No entanto, ao contrário da sabedoria convencional de que a mídia social — que inclui Facebook, Instagram, Twitter, Pinterest, SnapChat e outros — conecta os usuários uns com os outros, a pesquisa mostra que os usuários se sentem cada vez mais isolados quanto mais tempo passam nos meios de comunicação social.

Estudo com estudantes mórmons

O estudo – que foi aceito para publicação no Journal of Technology in Behavioral Science – foi feito com 579 alunos SUD que preencheram pesquisas online detalhando o tempo que eles gastam todos os dias nas mídias sociais e seus resultados sociais.

Wright disse que o objetivo do estudo foi determinar a relação entre as mídias sociais e as variáveis de saúde entre os estudantes SUD na BYU-Idaho.

Embora o estudo tenha incluído indivíduos de 18 a 54 anos, a média de idade dos participantes era 22 anos e eles passam entre 45 e 150 minutos nas mídias sociais por dia.

Wright disse que como resultado do estudo, os pesquisadores encontraram apoio de que as mídias sociais levam à solidão, em vez de ser uma arma contra ela.

À medida que os participantes viram o que outras pessoas estavam postando — especialmente sobre sua vida social — eles perceberam que sua vida “não era tão boa quanto eles gostariam que fosse ou não era ideal”.

Mórmons e mídias sociais

Resultados

Em média, as mulheres — solteiras, noivas ou casadas — consistentemente relataram muito mais tempo nas mídias sociais que os homens, disse Wright.

“Da mesma forma, as mulheres relataram sentir-se mais sozinhas do que os homens.”

Além disso, o estudo mostrou que os solteiros, tanto homens quanto mulheres, relatam sentir mais solidão.

“Quando eles ficaram noivos a solidão caiu perceptivelmente, assim como o uso de mídias sociais”, acrescentou.

A mensagem para levar para casa:

“Quanto menos tempo diário que você gasta nas mídias sociais, mais saudável você será — física, mental e socialmente”, disse Wright.

O Estudo Confirma as Palavras de um Apóstolo

Wright disse que o estudo corrobora com as preocupações do Élder Gary E. Stevenson, do Quórum dos Doze Apóstolos, que falou neste ano sobre a “realidade idealizada e debilitante das comparações” resultantes da mídia social.

“O mundo normalmente não é tão fabuloso como ele aparece na mídia social”, ele disse durante a Conferência de Mulheres da BYU em 5 de maio. “No entanto, há muita coisa boa que tem vindo e virá com essas novas plataformas de comunicação.”

Benefícios das Mídias Sociais

Wright também disse que sua pesquisa mostra que a mídia social tem resultados positivos.

“Alguns estudos sugerem que algumas pessoas desfrutam de benefícios e apoio social no Facebook, por exemplo” ele disse. “Ter amigos e pessoas curtindo seu status é bom. Mas também já vi, quando as pessoas começam a depender dessas curtidas, que quando elas não vêm, a ausência deles e os sentimentos negativos são mais fortes.”

A ausência de interações positivas (como receber curtidas) na mídia social é mais forte do que quando ocorrem as interações positivas, disse ele.

“É preciso incentivar o uso responsável dos meios de comunicação sociais, tanto em sala de aula como em casa”, disse Wright.

Palavras dos Assistentes do Pesquisador

Kolby Hardy, um dos participantes do estudo e assistente de pesquisa de Wright, disse que os dados contaram uma história diferente da que ele estava esperando sobre a relação entre os meios de comunicação sociais e a solidão.

“Eu me perguntava por que as pessoas se sentiriam solitárias se estão usando tanto as mídias sociais. Elas não servem para manter as pessoas em contato?

“Concluí que as mídias sociais se tornaram substitutos inadequados para a interação genuína”, disse Hardy. “Em vez de se comunicar com uma família com uma visita ou um telefonema, nos contentamos com curtir uma foto. As mídias sociais são as ‘calorias vazias’ da comunicação. Podemos usar todas das quais gostamos, mas no final do dia estaremos sedentos por interação humana.”

Rhett Mullins, também participante do estudo e assistente de pesquisa de Wright, disse que foi interessante observar a relação entre os meios de comunicação sociais e a solidão ao examinar os estudantes SUD especificamente.

“Para mim, a pesquisa mostra que mesmo em uma Igreja com tantos programas que se concentram em inclusão social, não estamos livres dos sentimentos de solidão”, ele disse. “Na verdade, a importância que damos às famílias tradicionais pode tornar aqueles que não seguem o caminho normal mais suscetíveis à solidão. Pode ser por isso que descobrimos que os indivíduos solteiros na Universidade Brigham Young–Idaho relataram sentimentos mais elevados de solidão do que os indivíduos casados ou noivos.”

Conclusão

As mídias sociais expõem os indivíduos a “relações pessoais idealizadas” porque as pessoas muitas vezes só informam os melhores momentos, ele disse. “Por causa disso, a distância entre onde vemos a mesmos e onde achamos que devíamos estar torna-se ainda maior, possivelmente levando à solidão.”

Escrito por Sarah Jane Weaver e traduzido por Luciana Fiallo Alves

Fonte: www.deseretnews.com

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| Para refletir
Publicado por: Luciana Fiallo
Tradutora e intérprete de formação e paixão. Escolheu essa profissão para, no futuro, poder fazer lição de casa com os filhos e continuar trabalhando.
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