Uma resposta a um musical irreverente
Quando o musical “The Book of Mormon” estreou na Broadway em 2011, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias publicou a seguinte declaração:
“A produção pode tentar entreter audiências por uma noite, mas o Livro de Mórmon como um volume de escrituras vai mudar a vida das pessoas para sempre, trazendo-as para mais perto de Cristo.”
Quando o musical chegou em Los Angeles em 2012, a Igreja de Jesus Cristo comprou um espaço publicitário no show para fazer anúncios. Esses anúncios começaram a aparecer mais tarde em produções do musical “The Book of Mormon” em todo o país. Os anúncios diziam coisas como, “O livro é sempre melhor” e “Você já viu a peça, agora leia o livro”.
Tyler Todd, após ver a peça, se interessou pelo livro, de acordo com uma história do Tennessean. “Eu só achei que seria algo engraçado, e eu sabia obviamente que eles estavam tirando sarro da religião”, disse Todd. “Eu estava tipo, ‘bem, eu ouvi um lado da moeda, agora eu quero ouvir o que as pessoas que realmente acreditam nisso pensam’.”

Tornando uma situação ruim em boa
A Igreja de Jesus Cristo foi aplaudida por profissionais de relações públicas e meios de comunicação pela sua resposta à produção nos mais de cinco anos desde a sua estreia. Neste mês, o INC.com destacou a estratégia da igreja como um modelo de como responder quando “alguém é rude com você”.
“O anúncio na playbill é outro exemplo da resposta esclarecida da Igreja de Jesus Cristo ao musical ‘The Book of Mormon’”, disse Thomas, profissional de relações públicas. “Em vez de protestar contra o musical, que é algo que muitos fariam, especialmente as organizações religiosas, eles tomaram uma audaciosa e deliberada decisão de aproveitar a situação. Eles tomaram algo que poderia ser prejudicial para os esforços missionários da igreja e tornaram em algo positivo.”
De fato, os criadores do musical disseram à NPR que “tinham fé” de que a igreja reagiria favoravelmente.
“Antes da resposta da Igreja, muitas pessoas nos perguntavam: ‘você não tem medo do que a igreja dirá?’ E Trey (Parker) e eu respondíamos algo como, ‘eles vão ser legais.’ E as pessoas falavam algo como ‘não, eles não serão legais. Haverá protestos’, disse o co-criador Matt Stone. E nós respondíamos algo como, ‘não, eles vão ser legais’. Nós não nos surpreendemos com a resposta da Igreja. Tivemos fé neles.”
Nota extra: não estamos dizendo que o musical é bom, pois zomba de nossas crenças. Estamos dizendo que a resposta da Igreja foi sábia, que seus efeitos benéficos têm gerado efeito até hoje, e que não precisamos responder ofensas com ódio.
Artigo escrito por Morgan Jones no site deseretnews.com. Traduzido por Esdras Kutomi.
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