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Quem criou a Terra – Deus, o Pai ou Jesus Cristo ou ambos?

bênçãos

No primeiro versículo da Bíblia lemos: “No princípio criou Deus o céu e a terra.” (Gênesis 1:1)

Algumas pessoas acreditam que a Terra foi criada por acaso e que a humanidade surgiu pela combinação acidental dos elementos certos ao longo de milhões de anos. Em resposta, um escritor disse:

“Quando você puder jogar um monte de tijolos numa esquina, e eu puder observá-los organizarem-se para formar uma casa—quando você puder derramar um punhado de molas, rodas e parafusos em minha mesa, e eu puder observá-los juntarem-se para formar um relógio—[então] será mais fácil para mim acreditar que todos esses milhares de mundos poderiam ter sido criados, equilibrados e colocados em movimento em suas diversas órbitas, tudo isso sem a ação de nenhuma inteligência dotada de propósito.

Além disso, se não existe inteligência no universo, então o universo criou algo maior do que ele próprio, pois ele criou você e eu”. (Bruce Barton, E. Ernest Bramwell, comp. Old Testament Lessons [curso do seminário de 1934], p. 4.)

Deus o Pai é o Criador Supremo. Todavia, as escrituras e revelações ensinam que Ele presidiu o trabalho, e não necessariamente realizou a obra sozinho.

Na Pérola de Grande Valor há um versículo introdutório no relato de Criação que contribui para este entendimento:

“E aconteceu que o Senhor falou a Moisés, dizendo: Eis que eu te revelo o que concerne a este céu e a esta Terra; escreve as palavras que eu digo. Eu sou o Princípio e o Fim, o Deus Todo-Poderoso; por meio de meu Unigênito eu criei estas coisas; sim, no princípio criei o céu e a Terra sobre a qual estás.” (Moisés 2:1)

O criador

Deus, o Pai criou esta Terra através de seu Unigênito. O Unigênito é Jesus Cristo (Moisés 1:6, João 1:18, D&C 49:5, 2 Néfi 25:12) – porque Ele é o único que nasceu na mortalidade como filho de Deus, o Pai.

Aprendemos essa verdade na Bíblia também:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. (João 1:1-4)

Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. (João 1:10)

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:14)

Paulo prestando testemunho de Jesus Cristo disse: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.” (Colossenses 1:16)

Abinádi disse que Jesus Cristo é um com o Pai Celestial – e é, portanto, considerado “o próprio Pai Eterno do céu e da Terra.” (Mosias 15:4).

O Rei Benjamim foi um dos profetas que deixou essa doutrina mais clara. Ao profetizar ele disse: “E ele chamar-se-á Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Pai dos céus e da Terra, o Criador de todas as coisas desde o princípio; e sua mãe chamar-se-á Maria.” (Mosias 3:8)

Foto do espaço - estrelas

Ao criar a terra, Jeová[1], ou Cristo, foi ajudado por Miguel . O Élder Bruce R. McConkie nos explica quem era Miguel:

“Nosso grande príncipe, Miguel, conhecido na mortalidade como Adão, é o segundo após Cristo no plano de salvação e progresso eterno. Na existência pré-mortal Miguel foi o mais inteligente e mais poderoso filho espiritual de Deus, com exceção apenas do Primogênito, sob a direção e conselhos de quem ele trabalhou, e recebeu a missão de vir a esta terra. ‘ Ele é o pai da família humana e preside sobre os espíritos de todos os homens.’ O nome Miguel aparentemente, e com toda a propriedade, significa ‘alguém que é semelhante a Deus’. ” Miguel desempenhou um papel importante na criação da terra, sendo superado apenas por Jesus Cristo.” (Mormon Doctrine, p. 491)

Abraão registra que, entre muitos espíritos pré-mortais “nobres e grandes”, havia um “que era semelhante a Deus”, que disse a eles: “Desceremos… e tomaremos destes materiais e faremos uma terra onde estes possam morar.” (Abraão 3:22, 24) Esta passagem sugere que outros personagens , além de Miguel, ajudaram na Criação . O Élder Joseph Fielding Smith ensinou:

“É verdade que Adão ajudou a formar esta terra, trabalhando com nosso Salvador Jesus Cristo. Tenho uma forte impressão ou convicção de que havia outros que também ajudaram. Quem sabe Noé e Enoque; e por que não Joseph Smith, e os designados para governantes antes de a terra ser formada? ” (Abraão 3:24.) (Doutrinas de Salvação, Vol. I, p. 82)

O Élder Bruce R. McConkie explicou também: “No sentido final e definitivo da palavra, o Pai é o Criador de todas as coisas. O fato de Ele ter usado o Filho e outros para realizar muitos dos atos criativos, delegando a eles Seu poder de criação, não faz desses outros criadores por direito próprio, independentes Dele. Ele é a fonte de todo o poder de criação, e simplesmente escolhe outros para agir por Ele em muitos de Seus empreendimentos criativos”. (A New Witness for the Articles of Faith, p. 63.)

Essas declarações e passagens são corroboradas por um versículo de Abraão: “E então o Senhor disse: Desçamos. E eles desceram no princípio; e eles, isto é, os Deuses, organizaram e formaram os céus e a Terra.” (Abraão 4:1).

Entendemos que Abraão disse “Deuses” porque entendia que esta Terra não foi criada por um único personagem. Em Salmos 82:6 lemos: “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.” Jesus utilizou-se desta passagem para explicar Sua divindade a seus acusadores (João 10:34). O fato de sermos filhos de Deus nos torna deuses em perspectiva. Essa doutrina tão sublime é hoje unicamente defendida pelos santos dos últimos dias[2]. Os filhos de Deus, o Pai, que participaram da Criação, sob Sua supervisão, eram deuses – não como Ele – um Ser exaltado e perfeito em todos os aspectos – mas Seus filhos com um potencial eterno. Na visão altruísta de Deus, o Pai – na qual todas as coisas estão diante Dele – passado, presente e futuro – somos verdadeiramente deuses – seres que vencerão o mundo por meio da Expiação e estarão com Ele para eternidade.

gloria de deus

Para aprofundar o assunto:

” O Cosmo de Nosso Criador” – Elder Neal A. Maxwell

[1] “O nome do convênio, ou nome do Deus de Israel. Ele significa “o eterno EU SOU” (Êx. 3:14; Jo. 8:58). Jeová é o Jesus Cristo pré-mortal que veio à Terra como filho de Maria (Mos. 3:8; 15:1; 3 Né. 15:1–5). Geralmente, quando a palavraSenhor aparece no Velho Testamento, se refere a Jeová.

Jeová era conhecido pelos antigos profetas (Êx. 6:3; Abr. 1:16). O apóstolo Paulo ensinou que Cristo era o Jeová do Velho Testamento (Êx. 17:6; I Cor. 10:1–4). No Livro de Mórmon, o irmão de Jarede viu Cristo antes de haver este nascido e adorou-o (Ét. 3:13–15). Morôni também chamou Cristo de Jeová (Morô. 10:34). No Templo de Kirtland, Joseph Smith e Oliver Cowdery viram Jeová ressuscitado (D&C 110:3–4).” (fonte: http://www.lds.org/scriptures/gs/jehovah?lang=por)

[2] Parte da explicação dessa doutrina se encontra no manual “Princípios do Evangelho”: Quando vivíamos com o Pai Celestial, Ele nos explicou um plano para o nosso progresso. Poderíamos nos tornar como Ele, um ser exaltado. O plano exigia que saíssemos   de Sua presença e viéssemos para a Terra. Essa separação era necessária para provar se continuaríamos a obedecer aos mandamentos do Pai, embora afastados de Sua presença. De acordo com o plano, quando cessasse a vida terrena, seríamos julgados e recompensados de acordo com nosso grau de fé e obediência. (…)

Exaltação é vida eterna, o tipo de vida que Deus vive. Ele habita em grande glória, é perfeito, possui todo o conhecimento e toda a sabedoria. É o Pai de filhos espirituais e é um criador. Podemos tornar-nos como o Pai Celestial, e isso é exaltação.

Se provarmos nossa fidelidade ao Senhor, viveremos no mais alto grau do reino celestial e seremos exaltados para viver com nosso Pai Celestial em uma família eterna. A exaltação é o maior dom que o Pai Celestial pode dar a Seus filhos (ver D&C 14:7). (…)

O Profeta Joseph Smith ensinou: “Quando subimos uma escada, somos obrigados a começar de baixo e subir degrau por degrau, até chegar ao alto; o mesmo acontece com os princípios do Evangelho — devemos começar com o primeiro, e continuar subindo até que tenhamos aprendido todos os princípios de exaltação. Mas só muito tempo depois de termos passado pelo véu é que os aprenderemos. Não compreenderemos tudo neste mundo; teremos muito trabalho para aprender nossa salvação e exaltação, mesmo depois da morte” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 280).

Joseph Smith [também] ensinou: “O primeiro princípio do evangelho é conhecermos com toda a certeza o caráter de Deus.(…) Ele já foi um homem como nós; (…) o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou sobre uma Terra, tal como o próprio Jesus Cristo o fez”

(Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, comp. por Joseph Fielding Smith, 1976, p. 336).

O Pai Celestial conhece nossas provações, nossas fraquezas e nossos pecados. Ele tem compaixão e misericórdia de nós e deseja que sejamos bem-sucedidos como Ele foi.

Imaginem a alegria que cada um de nós terá quando voltarmos ao Pai Celestial e pudermos dizer: “Pai, fiz tudo de acordo com a Tua vontade, fui fiel e guardei todos os Teus mandamentos. Estou feliz por voltar para casa”. Então, nós O ouviremos dizer: “Bem está, (…) sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:23).” (capítulo 47, pg. 285-290).

| Para refletir
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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