Qual o propósito de Deus na criação das Leis?
QUAL É A DEFINIÇÃO DE LEI?
A palavra ‘Lei’ é definida como um princípio, preceito e norma, sendo criada para o estabelecimento de regras que visam proporcionar o progresso e segurança dos membros de uma sociedade. No evangelho, aprende-se que a lei aplicada pelo Senhor é consistente e infinita e que através da obediência, Ele nos concederá as bênçãos prometidas, enquanto violar tais leis nos causará aflição. Assim sendo, fica visível a necessidade de entendê-las. Afinal, qual é a origem das leis de Deus? Por que devemos seguí-las? Que bênçãos são prometidas para aqueles que buscam observá-la?
D&C 88:36 e 38 declara: “A todos os reinos se deu uma lei; E a todo reino é dada uma lei; e toda lei também tem certos limites e condições”. O Presidente Brigham Young afirmou: “Não existe ser algum em todas as eternidades que não seja governado pela lei” [1]. Dessa forna, evidencia-se o fato de que todas as coisas existentes são regidas por uma lei que é eterna, permitindo que haja ordem e coesão no Universo.
Frequentemente, entretanto, as leis de Deus são motivo de dúvida e em alguns casos, críticas. Um exemplo bem comum vivido entre os Santos dos Últimos Dias concerne à Palavra de Sabedoria. Afinal, por que os Mórmons não tomam café? Por que não bebem um pouco de vinho? Aliás, um pouquinho às vezes faz bem ao coração! A resposta a tais perguntas é simples: ‘Porque assim o Senhor ordenou!’. No que se refere à Palavra de Sabedoria, outros mandamentos, tais como o pagamento honesto do dízimo e a castidade, são leis que frequentemente causam certa hostilidade daqueles que não compartilham de nossa fé. Há razão para a observância de tais mandamentos, uma vez que “[…] quando recebemos uma bênção de Deus, é por obediência à lei na qual ela se baseia” (D&C 130:21)
POR QUE O SENHOR ESTABELECE LEIS?
O Senhor estabelece tais leis porque ama Seus filhos. O Presidente Brigham Young certa vez ensinou: “Nossa religião, como tudo o que Deus criou, é um sistema de lei e ordem. Ele instituiu leis e ordenanças para o governo e benefício dos filhos dos homens, para ver se eles obedeceriam a elas e se provariam dignos de ganhar a vida eterna, de acordo com a lei dos mundos celestiais”. [2]
O Plano de Salvação consiste em proporcionar a vida eterna ao homem. Na existência mortal todos tem a oportunidade de aprender e desenvolver atributos semelhantes aos de Cristo, para um dia tornarmos-nos como Ele é. Com isso, a obediência à lei possui maior sentido quando compreendemos o propósito envolvido que consiste em ‘proporcionar felicidade eterna’. O Profeta Joseph Smith disse que o Senhor: “[..] jamais instituiu ou jamais instituirá uma ordenança ou dará mandamento algum a Seu povo, que em Sua natureza não tenha por objetivo promover essa felicidade que Ele designou, ou que não resulte em maior bem e glória para aqueles que recebem Sua lei e ordenanças”. [3]
Nosso Pai Celestial espera que observemos suas leis, pois somente através delas é possível tornar-se como Ele, e retornar à Sua gloriosa presença. Contudo, se isso não ocorrer “[…] os seres que não se conformam com essas condições não são justificados” (D&C 88:39) e então Ele, que governa e é governado pela lei diz:” Eu, o Senhor, estou obrigado quando fazeis o que eu digo; mas quando não o fazeis, não tendes promessa alguma”. (D&C 82:10)
Ao homem, o Criador concedeu o livre-arbítrio, que é o privilégio de escolher e agir por si mesmo. Entretanto, o que o homem frequentemente se esquece é que toda escolha tráz consigo uma consequência e que dependendo da decisão tomada, a conclusão pode trazer grande angústia e pesar.
No que se diz a respeito ao plano de felicidade, temos todos uma visão limitada. Não possuímos uma perspectiva da vida eterna como o Senhor possui, mas conhecendo, compreendendo, vivendo Suas leis e isolando-se das iniquidades do mundo não há oposição que possa sobrepujar nosso caminho.
A grande promessa é a ‘Vida Eterna’, que é concedida a todo o homem e mulher fiel que pela obediência às leis serão libertos do pecado, tornam-se livres e vivem de acordo com todas as leis de Deus, tornando-se poderosos, com plena harmonia e alegria que permanecerá para todo o sempre.
Notas:
[1] “A Definição do Evangelho”, Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, 1997.
[2] Idem.
[3] “Respostas a questões da vida”, M. Russell Ballard, Conferência Geral, Abril de 1995.