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Porque classificações indicativas não devem ditar o que assistimos

A primeira coisa que um Santo dos Últimos Dias olha ao assistir um filme é a classificação indicativa. Se o filme for classificado como 16, já ficamos atentos ou até mesmo nos recusamos a assistir, se a classificação for para maiores de 18, é o suficiente para nem querermos saber o conteúdo do filme.

Além de não tomar café e não fazer tatuagens, assistir filmes com classificação 18 é algo que muitos Santos dos Últimos Dias adicionam em sua lista de ‘Não fazer.’ Mas por que?

Queremos deixar claro que não estamos defendendo os filmes classificados como para maiores de 18. Queremos convidar os leitores a pensar em como escolhem os filmes que assistem.

Para a juventude

Vamos contextualizar o conselho de evitar filmes com classificação para maiores de 18. Os primeiros avisos sobre o tema foram dados pelo presidente Ezra Taft Benson em 1986. Ele deu dois discursos, um direcionado as moças da Igreja e outro durante a sessão do sacerdócio, no qual ele aconselhou os rapazes a evitar “filmes com classificação 18, ou vídeos vulgares ,ou a participar de qualquer tipo de entretenimento que seja imoral, sugestivo ou pornográfico”.

O Presidente Benson escolheu direcionar esses alertas especificamente para a juventude da Igreja. Pelo que notamos, desde o alerta do presidente Benson, qualquer outra menção de restrição de filmes encontradas em Conferências Gerais ou artigos da A Liahona, são sempre direcionados a juventude.

A versão mais recente do Para Vigor da Juventude, traz o seguinte conselho a moças e rapazes:

“Não frequente locais, assista a cenas ou participe de qualquer coisa que seja de algum modo vulgar, imoral, violenta ou pornográfica. Não participe de nada que apresente a imoralidade ou a violência como aceitáveis. Tenha a coragem de sair do cinema, mudar a música ou desligar o computador, a televisão ou o dispositivo móvel, se aquilo que você estiver vendo ou ouvindo afastar o Espírito”.

Não há nenhuma menção sobre uma classificação indicativa específica para filmes. E sim um convite para que a juventude esteja atenta a voz do Espírito e tome decisões sábias.

Não verifiquem a classificação, verifiquem o conteúdo

No Brasil, a ClassInd é responsável pela classificação indicativa de todos os tipos de conteúdo audiovisuais do país. O site oficial do Ministério da Justiça e Segurança Pública afirma que:

“A Classificação Indicativa – ClassInd – é uma informação prestada às famílias sobre a faixa etária para a qual obras audiovisuais não se recomendam. A ClassInd não substitui o cuidado dos pais – é fundamentalmente uma ferramenta que pode ser usada por eles. Por isso recomendamos que os pais e responsáveis assistam e conversem com os filhos sobre os conteúdos e temas abordados na mídia.”

Apesar da utilização da classificação indicativa ser uma boa maneira de começar a filtrar o que assistimos, existem outras ferramentas que podem nos ajudar, como o Controle dos Pais, que hoje em dia está presente em diversos tipos de mídias, como Netflix, Youtube, e videogames.

E pessoas que assistem filmes com conteúdo para adultos?

Mesmo que já sejamos adultos ou não tenhamos filhos, utilizar a ferramenta ‘Controle dos Pais’ pode ser de grande ajuda na escolha de um filme. Alguns padrões de classificação são arbitrários e muitas vezes enganosos. Alguns filmes estão cheios de conteúdo sexual, linguagem imprópria, violência e são classificados como 12 anos, enquanto filmes que valem a pena serem assistidos são classificados como 18 por descrever eventos históricos com exatidão ou por abordar temas mais sérios.

Com frequência, comédias trazem mais conteúdos impróprios e ainda são classificadas como 12, devido a ‘leveza’ do filme, enquanto dramas com conteúdo similar são classificados como 18.

Vivemos em uma época onde confiar em um sistema de classificação falho não é o suficiente para tomar decisões mais acertadas. Não podemos aceitar uma classificação 12 como sinal verde, e uma classificação 18 como sinal vermelho. Não é tão fácil assim.

O Élder Joe J. Christensen disse:

“Lembrem-se que qualquer coisa que não é boa para crianças, raramente é boa para adultos”.

Concordamos com a afirmação, mas acrescentamos que certos filmes não são bons para crianças, porém são bons para adultos quando nos proporcionam um honesto e maduro olhar da experiência humana. Existem bons filmes classificados como 18 que incluem somente elementos necessários de linguagem ou violência, mas que descrevem com precisão a vida ou as circunstâncias de um personagem.

Cabe a cada um de nós encontrar o equilíbrio entre nos proteger dos perigos do mundo, enquanto nos mantemos atentos as realidades de nossa experiência mortal.

Não julguem os outros pelos que eles escolhem assistir.

Queremos deixar claro que a maioria dos filmes classificados como 18 não valem o nosso tempo. Porém há alguns filmes podem mudar a nossa perspectiva e nos encorajar a sermos melhores a cada dia. Deus nos deu a liberdade de escolha.

É importante não julgar nossos amigos pelo que eles assistem. Lembrem-se que o que é correto para vocês pode não ser para outros, e mesmo que não estejam corretos, não devemos julgá-los.

Fonte: Third Hour

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