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Erin Stewart: Os Adolescentes São Bons o Bastante do Jeito que São

adolescentes juntos

Os adolescentes são bons, diferente do que a mídia tenta ensinar

Erin Stewart fala sobre o suicídio entre os adolescentes e diz que não há uma resposta simples para esse problema. Ela acredita que as pessoas devem se achegar aos adolescentes em sua esfera de influência, envolvê-los em seus braços, e dizer-lhes que eles têm valor do jeito que eles são agora.

Ultimamente, em todo lugar que eu olho, o suicídio entre os adolescentes aparece em destaque. Desde as notícias dos últimos anos de que o suicídio tem sido a causa principal de morte na adolescência em Utah, até a controversa série “13 Reasons Why”, o tema do suicídio entre os adolescentes tem sido recorrente.

Alguns de meus amigos e eu conversamos recentemente sobre o problema crescente e a causa desses números. Uma recente cobertura do tópico aponta o dedo da culpa para uma variedade de fontes: a cultura de perfeição em Utah, um controle relaxado de armas, padrões religiosos rígidos de dignidade e até mesmo a altitude.

O problema é que leva muito tempo para se mudar uma instituição ou uma cultura toda, e nossos filhos estão sofrendo agora. Enquanto devemos falar sobre as mudanças a longo-prazo, precisamos de soluções para hoje que podemos implementar em nosso lares.

Os adolescentes são bons, mesmo com falhas

Conversando com amigos que tiveram que lidar em primeira mão com o suicídio de adolescentes, o tema mais difundido é o seguinte: os adolescentes precisam sentir que são bons o suficiente do jeito que são agora, com suas falhas e tudo o mais.

Em nossos lares (e nas aulas da Igreja) precisamos parar de fazer a ligação entre valor e virgindade ou orientação sexual ou a média escolar. Precisamos para de dar lições para os adolescentes que glorificam somente a perfeição, como se fôssemos perfeitos também. Não somos perfeitos. Ninguém é. Mas ainda assim merecemos amor. Ainda temos valor para Deus e para a sociedade.

Essa é a mensagem que devemos dar aos nossos filhos: você tem valor. Não por que você é perfeito, mas por que você é você.

Precisamos parar de procurar meios de consertar nossos filhos e começar a procurar meios de aceitá-los do jeito que são. Precisamos nos importar mais com o que nossos filhos pensam de si mesmos, do que com o que os outros vão pensar de nós pela maneira que os criamos.

Segurando a Biblia

O Pai Celestial sempre nos quer de volta

Precisamos abandonar a ideia de que Deus quer que sigamos um caminho pré-determinado, e que se cairmos, ou sairmos desse caminho, então O desapontaremos. Ao invés disso, vamos ensinar nossos filhos que Deus (ou qualquer poder maior em que eles acreditarem) é um co-criador com eles, ajudando-os a criar uma vida bela que unclui seus pontos de vista e personalidade, ao invés de ensiná-los o contrário.

Precisamos parar de dizer coisas como: “por que você simplesmente não é (coloque aqui qualquer padrão predeterminado e inatingível)?” ou passando a mensagem de que eles estão nos decepcionando como pais. Precisamos parar de tomar isso como se fosse sobre nós.

Se você tem vergonha ou sente-se culpado ou constrangido com alguma coisa que seu filho (ou filha) tenha feito ou por quem eles são, isso é com você. Seja adulto o bastante e lide com seus problemas. Não coloque esses problemas pessoais nos frágeis ombros de seu filho adolescente.

E se o problema for mental, procure ajuda. Você não pode orar para que eles vão embora. Chame um médico. Não fique constrangido pelo estigma de um jovem depressivo a ponto de varrer esses problemas – e eles – para debaixo do tapete.

Tenho certeza que algumas pessoas vão dizer que eu estou adotando a filosofia de que as crianças não tem responsabilidade por nada e que podem fazer o que elas quiserem. Não estou. Os pais ainda precisam exercer seus papéis de pais, e os filhos, aprender a diferenciar o certo do errado. Mais do que nunca, precisamos de pais dispostos a melhorar seu modo de ser e usar de amor – ao invés de medo e vergonha – para guiar seus filhos.

sexo na adolescência

Minha experiência

Nasci e fui criada na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e nunca conheci um Deus ou pais que retiraram seu amor por mim por não concordarem com as minhas escolhas. Sou sortuda por ter pais, de cujo amor por mim nunca duvidei, assim como nunca duvidei de que Deus estivesse com seus braços abertos para mim a todo momento. Acredito que, como todo bom pai,

Ele quer o melhor para mim e quer que eu me desenvolva ao meu melhor, assim como acredito que Ele me amou em todos os meus momentos de erros e outras coisas mais.

Eu gostaria que todas as crianças crescessem sentindo esse tipo de amor.

Acredito que não haja uma resposta simples para o suicídio na adolescência. E acredito que não é culpa dos pais se um de seus filhos tira a própria vida.
Mas não podemos sentar e esperar que grupos de apoio nos deem as respostas ou que as instituições ou culturas façam mudanças consideráveis. Com sorte, essas mudanças virão. Mas nesse meio tempo, precisamos agir. Precisamos nos achegar aos jovens em nosso círculo de influência, envolvê-los em nossos braços, e dizer-lhes que eles têm valor do jeito que eles são agora.

Eles são bons o bastante.

E nossas vidas – nosso mundo – teria um lugar insubstituível sem eles.

Artigo escrito por Erin Stewart no site DeseretNews.

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