Sobrepujar a adversidade não é o objetivo (reveja seus conceitos)
Vivemos num mundo caído. Com frequência nossa meta é sobrepujar a adversidade que vem a nós. Queremos trinfar sobre a dor e o sofrimento. Mas embora a Expiação de Cristo um dia promete a vitória final nesta guerra, passaremos a vida toda nesta luta, este é o objetivo da mortalidade, sermos provados. Mas continue lendo que a boa notícia vem vindo.
Não chegará o dia em que ficaremos livres da adversidade. Não nesta vida.
Aqueles cujo objetivo é levar uma vida sem adversidades ficarão extremamente desapontados. Mas saber disso nos ajuda a saber qual é e qual deve ser nosso objetivo. Vencer a adversidade não é o objetivo. Encontrar a felicidade apesar dela é.
Talvez seja duro de roer. Ninguém gosta de ouvir que sua vida vai será cheia de sofrimento, mas é a verdade. A etapa final no evangelho é “perseverar até o fim”, não “relaxar em uma praia paradisíaca até o fim”.
O que as escrituras ensinam sobre o objetivo das adversidades
O sonho de Leí
Lembra-se do sonho profético de Leí em1 Néfi capítulo 8? Leí descobre uma linda árvore branca, cujo fruto “era o mais doce de todos os que já havia provado (…) E enquanto eu comia do fruto, ele encheu-me a alma de imensa alegria”.
Outras pessoas logo chegaram perto da árvore também comeram o fruto, que é um símbolo do amor de Deus. Mas nem todo mundo ficou cheio de alegria. Alguns estavam cheios de vergonha. Querendo saber o que estava acontecendo e Leí “[olhou] em redor e [viu], na outra margem do rio de água, um grande e espaçoso edifício (…) e estava cheio de gente.(…) e sua atitude era de escárnio e apontavam o dedo para aqueles que haviam chegado e comiam do fruto”. Vemos aí a oposição.
E grande era a multidão que entrou naquele estranho edifício. E depois de haverem entrado no edifício, apontavam-me com o dedo, zombando de mim e dos que também comiam do fruto; nós, porém, não lhes demos atenção.
Estas são as palavras de meu pai: Todos os que deram atenção a eles se haviam perdido.
Essa é a parte interessante: O fruto da árvore não era a recompensa do ato heroico de superar a oposição do grande e espaçoso edifício. Em vez disso, quem provava do fruto ficava cheio de alegria apesar da oposição constante daquelas pessoas no edifício. Uma coisa não é o resultado de superar outra. As duas acontecem ao mesmo tempo.
Os barcos jareditas
Enquanto os jareditas se preparavam para sua grande viagem através do mar, o Senhor falou para o irmão de Jarede sobre descobrir porque os ventos saíram de minha boca e também eu enviei as chuvas e as inundações.
Pois eis que sereis como uma baleia no meio do mar; porque as altas ondas se quebrarão sobre vós. Não obstante, tirar-vos-ei novamente das profundezas do mar (…)
Não podeis cruzar este grande mar sem que eu vos prepare contra as ondas do mar e os ventos que saíram e os dilúvios que hão de vir. Portanto, que desejais que eu prepare para vós, a fim de que tenhais luz quando estiverdes submersos nas profundezas do mar?
Novamente, observe a formulação do texto deste exemplo. O Senhor pergunta (grifo nosso) “Portanto, que desejais que eu prepare para vós, a fim de que tenhais luz quando estiverdes submersos nas profundezas do mar? O Senhor não diz: “Eis que, depois que voltardes das profundezas fornecerei luz”. Os Jareditas tiveram luz durante as provações, não só depois delas. Nosso objetivo deve ser o mesmo.
Joseph Smith
Um dos amigos de Joseph Smith o descreveu como “sempre alegre e feliz”. Mas qualquer um que tenha estudado a vida de Joseph sabe das provações que ele sofreu. Seis de seus filhos morreram. Ele foi forçado a defender-se em cerca de 48 casos acusações penais diferentes (de acordo com Brigham Young). Ele foi atacado, perseguido, coberto de piche e penas e preso injustamente. No entanto, ele é descrito como alguém “sempre alegre e feliz”. Certamente Joseph compreendeu a importância de encontrar felicidade apesar da oposição interminável.
Como você reage é escolha sua
Se temos expectativas irrealistas, nossa decepção com a vida tende a crescer. Fica mais fácil a afundar no poço da miséria. Começamos a culpar os outros pelos nossos problemas. Tornamo-nos amargos e insensíveis. Reclamamos sobre nossas circunstâncias e quando as circunstâncias mudam encontramos outro aspecto delas para reclamar. Nós escolhemos odiar a vida até que não haja mais coisas para se odiar na vida.
Podemos escolher ser infelizes com o caos de nossa vida ou podemos lidar com isso da melhor maneira possível e encontrar a felicidade em meio ao caos.
Portanto os homens são livres segundo a carne; e todas as coisas de que necessitam lhes são dadas. E são livres para escolher a liberdade e a vida eterna por meio do grande Mediador de todos os homens, ou para escolherem o cativeiro e a morte, de acordo com o cativeiro e o poder do diabo; pois ele procura tornar todos os homens tão miseráveis como ele próprio.
O plano
Como mencionado anteriormente, vivemos num mundo decaído. Decaído por causa da escolha de Adão e Eva de comer do fruto proibido. É por causa da decisão deles que começou a haver dor no mundo. Mas havia um propósito maior para a Queda.
Adão caiu para que os homens existissem; e os homens existem para que tenham alegria.
Em outras palavras: pelo fato de a oposição ter entrado no mundo, nós podemos existir, e podemos encontrar alegria. Muitas vezes vemos a oposição como aquilo que nos impede de ser feliz. A realidade é que a oposição é aquilo que nos permite encontrar a felicidade por meio de Jesus Cristo. Ele é a fonte de nossa fé, esperança e felicidade. Que Deus abençoe cada um de nós em nossa jornada para encontrar alegria por meio de Cristo, apesar da adversidade que enfrentamos a cada dia.
Fonte: ThirdHour
