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O que significa condenação e quando alguém é condenado?

A Expiação de Jesus Cristo é o maior poder existente. Esse poder é capaz de resgatar e redimir tudo e todos. Entretanto, existe um limite para misericórdia oferecida por Deus – e o limite é dado pelo nosso próprio arbítrio – o poder de escolha que Deus nos concedeu. Em outras palavras, Deus não pode nos resgatar além do que desejamos ou queremos. Ele não pode forçar nossa salvação. Embora Ele a nos ofereça gratuitamente – se recusarmos sua dádiva seremos condenados. A condenação é o ponto em que não há retorno.

A única maneira de chegar a esse ponto é decidindo não se arrepender (2 Né. 9:24, Mc. 16:16; Ét. 4:18; D&C 68:9; 84:74)

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Para entendermos o que significa condenação no contexto do evangelho precisamos obrigatoriamente recorrer às escrituras e aos ensinamentos dos profeta vivos. O Guia para Estudo das Escrituras sintetiza o significado da “condenação” nas obras-padrão:

“A condição em que o progresso de uma pessoa é interrompido e o acesso à presença de Deus e à Sua glória é negado. Há vários graus de condenação. Todos os que não alcançarem a plenitude da exaltação celestial ficarão, de certa maneira, limitados em seu progresso e em seus privilégios e, nesse sentido, serão condenados.”

Assim uma pessoa que não atingir o mais alto grau de glória – que é a salvação no mais alto grau do Reino Celestial será condenada. É daí que extraímos a máxima: “salvação sem exaltação é condenação”.

Uma pessoa pode ser salva no Reino Testetial – mas estará condenada em certo sentido, pois não terá acesso a plenitude das bênção redentoras provenientes da Expiação. Ela pode ser salva no Reino Terrestrial, cuja glória é maior que a do Reino Telestial – mas estará ainda condenada, pois não será exaltada.

Jesus Cristo morreu para atrair todos os homens a sua presença – Ele morreu para que todos fossem salvos no mais alto grau de glória – a exaltação. Mas nem todos estão dispostos a receber tudo o que Deus possui. Preferem as coisas deste mundo, amam mais Satanás que a Deus, se envolvem em pecados e não se esforçam para mudar, ou simplesmente limitam-se, achando que o Plano de Salvação não é para eles. Todos estes se encontram num estado de ocndenação. Enquanto há tempo podem se arrepender – e fazer com que o Plano de Deus tenha efeito sobre eles.

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Também é verdade que aqueles que foram iluminados e receberam um grande conhecimento da verdade – até mesmo as promessas de exaltação – se caírem – recebem condenação maior. “O que pecar contra a luz maior, receberá a condenação maior” (D&C 82:3)

Pedro falou sobre estes:

“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.

Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;

Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama. (2 Pedro 2:20-22)

Felizmente, até que o próprio Deus pronuncie nossa condenação, temos a mui firme palavra do profeta, que disse:

“(…) por mais tardios que se imaginem, por mais chances que achem que perderam, por mais erros que sintam ter cometido ou talentos que achem que não têm, ou por mais longe do lar, da família e de Deus que achem que se afastaram, testifico-lhes que vocês não foram para além do alcance do amor divino. Não lhes é possível afundar tanto a ponto de não ver brilhar a infinita luz da Expiação de Cristo.

Quer sejam ou ainda não sejam de nossa religião ou quer tenham estado conosco antes e não tenham permanecido, não há nada, em ambos os casos, que fizeram que não possa ser desfeito. Não há nenhum problema que não possa ser vencido. Não há nenhum sonho que, no transcorrer do tempo e da eternidade, não possa ser realizado. Mesmo que sintam que estão perdidos e que são os últimos trabalhadores da undécima hora, o Senhor da vinha ainda lhes acena. “[Acheguem-se] com confiança ao trono da graça” e caiam aos pés do Santo de Israel. Venham e banqueteiem-se “sem dinheiro e sem preço” à mesa do Senhor.” (“Os trabalhadores da Vinha”, Conferência Geral abril de 2012)

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Para finalizar é preciso dizer que nenhum de nós pode julgar o estado final da alma de alguém. Apenas Deus. Não podemos dizer que tal pessoa está condenada, ou que nós mesmos estamos. Embora possamos nos sentir perdidos e sem esperança, Jesus Cristo é o juíz – e Ele – e somente Ele – determina quem será salvo e em qual grau. Lembremo-nos que o desejo Dele é salvar todos, de modo que não se perca nenhum. Seria bom termos o mesmo desejo.

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Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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