Mórmons, Liberdade Religiosa e Homossexualidade
No dia 27 de Janeiro de 2015, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em um pronunciamento oficial e “histórico”, expôs sua posição sobre um dos temas mais debatidos da atualidade: Encontrar meios pelo qual liberdade religiosa e direitos LGBT possam coexistir.
O pronunciamento “histórico” e “bombástico” da Igreja só é novo para a porção sensacionalista da mídia que deseja desesperadamente atenção ou para indivíduos que pouco ou nada conhecem sobre os ensinamentos, doutrina e história da Igreja.
Durante o pronunciamento oficial, o Elder Todd Christoferson declarou:
“Para aqueles que acompanham a Igreja de perto ou possuem familiaridade com seus ensinamentos e posições em vários assuntos sociais, será claro que não estamos anunciando mudança alguma nos ensinamentos doutrinários da Igreja. Mas estamos sugerindo um meio de seguir adiante, no qual aqueles com diferente perspectivas sobre estes complexos assuntos possam unidos, buscar soluções que serão justas para todos.”[1]
Em uma época de grande contenda de opinião e conflitos entre grupos religiosos e movimentos LGBT, a mensagem da Igreja não poderia ser mais clara. Neill F. Marriott, que serve na Presidência Geral das Moças esclareceu esse ponto afirmando:
“O debate o qual nos referimos hoje é sobre como assegurar direitos a alguns, sem remover o direito de outros.”[1]
Em outras palavras, desejamos que o direito de exercer nossa fé seja protegido e respeitado, assim como respeitamos e “concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde ou o que desejarem.”[2] Não buscamos benefícios ou privilégios especiais, mas a manutenção de leis que protejam a liberdade de escolha de todas as pessoas.
Essência do pronunciamento da Igreja
O Elder Dallin H. Oaks não anunciou, mas definiu a posição sólida e nada nova da Igreja com relação ao que defendemos:
“1. Declaramos em favor de todos o direito dado por Deus e também constitucional de viverem a sua fé de acordo com os ditames de sua própria consciência, sem prejudicar a saúde ou segurança de outros.
2. Reconhecemos que a mesma liberdade de consciência deve ser aplicada a homens e mulheres em todos os lugares para que possam seguir a fé religiosa de sua escolha, ou nenhuma se assim decidirem.
3. Acreditamos que leis devem ser formuladas para alcançar um equilíbrio, protegendo a liberdade de todas as pessoas, ao passo que respeitamos aqueles com valores diferentes.
4. Rejeitamos perseguição e retaliação de qualquer espécie, incluindo perseguição baseada em raça, etnicidade, crenças religiosas, circunstâncias econômicas ou diferenças de gênero ou orientação sexual.”[1]
Para uma abordagem mais detalhada sobre a posição da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias com relação à Homossexualidade, clique aqui.
Conclusão
Em uma época onde a instituição da família e valores morais tem sido bombardeados pelos ventos inconstantes das filosofias humanas e falso senso de moralismo, resta a nós manter-nos constantes e inamovíveis naquilo que sabemos ser verdade, respeitando a todos os nossos irmãos e lutando contra a parcialidade e injustiça para com qualquer indivíduo ou grupo.
Tempos difíceis vem pela frente e aqueles que possuem familiaridade com os fatos da vida pré-mortal reconhecerão no cenário atual o padrão utilizado por Satanás para gerar contenda, descreditar a Doutrina de Cristo e seamar debates que visaram oprimir a liberdade de escolha e tornar obscura a desastrosa, porém certa, consequência de tais atos para o mundo.[3]
Este artigo foi escrito por Luiz Botelho
Fontes:
[1] LDS Church news conference about religious freedom, nondiscrimination; 27 de Jan 2015
[2] Regras de Fé 1:11; History of the Church (História da Igreja) 4:535–541; lds.org
[3] Mórmons, Liberdade Religiosa e Homossexualidade; InterpreteNefita.com