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Joseph Smith foi proclamado rei pelos membros da Igreja?

Joseph Smith foi o primeiro Presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ele é o Profeta que restaurou o evangelho eterno. Em certa ocasião, pouco antes de ser assassinado, em uma reunião do Conselho dos Cinquenta, Joseph foi apoiado como “profeta, sacerdote e rei”.

O livro Santos esclarece o que aconteceu:

“Em meio à turbulência da primavera [de 1844], Joseph se reuniu regularmente com o Conselho dos Cinquenta para debater sobre os atributos ideais de uma democracia teocrática e as leis e práticas que a governam. Em uma reunião, logo depois da conferência de abril, o conselho votou para aceitar Joseph como profeta, sacerdote e rei.
Os homens não tinham autoridade política, portanto esse gesto não teve consequências temporais, mas confirmou os ofícios no sacerdócio e as responsabilidades de Joseph como líder do reino do Senhor na Terra antes da Segunda Vinda. Também fez alusão ao testemunho de João, o Revelador, de que Cristo havia levantado reis e sacerdotes justos a Deus, dando um significado adicional ao título do Salvador como o Rei dos reis.18
No final da tarde, Joseph chamou a atenção para o fato de que alguns membros do conselho não eram membros da Igreja. Então, proclamou que, no Conselho dos Cinquenta, não se perguntaria aos homens suas opiniões religiosas, não importava quais fossem. “Agimos com base no princípio amplo e liberal de que todos os homens têm direitos iguais e devem ser respeitados”, disse ele. “Todo homem nesta organização tem o privilégio de escolher seu Deus, voluntariamente e por si mesmo, e escolher a religião que lhe agradar.”
Enquanto falava, Joseph pegou uma longa régua com a qual gesticulava como um professor faria. “Quando um homem sentir a menor tentação a tal intolerância, deve rejeitá-la”, disse ao conselho. Falou então que o espírito de intolerância religiosa havia sido a causa de muitas mortes. “As opiniões religiosas de um homem nunca deveriam ser colocadas em questão nos assuntos governamentais ou políticos”, declarou ele. “Um homem deve ser julgado pela lei, sem que haja preconceito religioso.”
Quando Joseph terminou de falar, ele acidentalmente quebrou a régua ao meio para a surpresa de todos na sala.
“Assim como a régua se quebrou nas mãos de nosso presidente”, brincou Brigham, “todo governo tirânico deverá ser igualmente quebrado diante de nós”. (Santos, pg. 527)

O Conselho dos Cinquenta foi organizado em março de 1843 para supervisionar o estabelecimento do Reino de Deus na Terra. Eles geralmente não agiam em assuntos espirituais – ficando essa tarefa reservada a Primeira Presidência, aos Doze e demais lideres da Igreja. Eles e tiveram relevante papel quando Joseph morreu pois Nauvoo precisou ser desocupada e um longo êxodo iniciado.

Saiba mais do Conselho dos Cinquenta aqui.

Joseph respeitava profundamente a Constituição dos Estados Unidos e as leis do país. Ele não estava disposto a rebelar-se contra sua nação. De fato, ele se candidatou para concorrer a Presidência dos Estados Unidos pouco antes de ser assassinado, participando do processo político de maneira ordeira. Contudo, ele sabia que num dia futuro, Cristo voltaria, e estabeleceria seu Reino – dando fim ao poder secular dos homens como conhecemos. Ele também sabia que Deus desejava nos tornar como Ele. Por isso, ele ensinou sobre convênios sagrados que poderiam elevar homens e mulheres a uma condição celestial:

“Joseph queria ajudar os santos a aprender essas verdades para que pudessem progredir rumo à exaltação e entrar na presença de Deus. Em Kirtland, a investidura de poder havia fortificado muitos homens para os rigores do campo missionário. Mas Deus havia prometido conceder um dom espiritual maior no Templo de Nauvoo. Ao revelar outras ordenanças e conhecimento para homens e mulheres fiéis da Igreja, o Senhor os tornaria reis e rainhas, sacerdotes e sacerdotisas, como João, o Revelador, havia profetizado no Novo Testamento” (Santos, pg. 444)

Assim como Davi na antiguidade foi ungido rei muito antes de ser tornar efetivamente rei, também nós podemos ser ungidos para nos tornar reis – numa ocasião futura. Diferente de Davi, contudo, Joseph não foi rei nesta vida. Nem eu, nem você seremos. Mas se formos “[lavados] dos nossos pecados”, e nos tornarmos limpos por meio do sangue, ou da Expiação de Jesus Cristo poderemos um dia ser “reis e sacerdotes para Deus” (Apocalipse 1:5–6).

O Elder James E. Faust explicou:

“Conquanto as expressões “Reino de Deus” e “Reino dos Céus” sejam usadas na Bíblia como sinônimas e intercambiáveis, revelações posteriores dão a cada uma delas um significado especial. O Reino de Deus é a Igreja estabelecida por divina autoridade na Terra; esta instituição não pretende ter autoridade temporal sobre as nações, seu cetro de poder é o do Santo Sacerdócio, que deve ser usado ao se pregar o evangelho e na administração de suas ordenanças para a salvação da humanidade, tanto dos vivos quanto dos mortos. O Reino dos Céus é o sistema divinamente ordenado de governo e domínio em todos os assuntos, temporais e espirituais; esse será estabelecido na Terra somente quando seu Cabeça legal, o Rei dos reis, Jesus, o Cristo, vier para reinar. Sua administração será de ordem, operada por meio da ação dos Seus representantes comissionados e revestidos com o Santo Sacerdócio. Quando Cristo aparecer em Sua glória, e não antes, será cumprida inteiramente a súplica: “Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.”

O Reino de Deus foi estabelecido entre os homens para prepará-los para o Reino dos Céus que há de vir; e sob o abençoado reinado de Cristo como Rei, os dois serão transformados em um só.” (Jesus, o Cristo, capítulo 42)

| Para refletir
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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