Você já sentiu que não está estudando as escrituras “do jeito certo”? Talvez ler com seus filhos seja caótico e cheio de discussões, ou talvez seu estudo pessoal tenha sido deixado de lado.

No podcast All In, Shannon Foster — fundadora da The Red Headed Hostess — compartilhou uma perspectiva inspiradora sobre o que realmente significa ter um estudo “perfeito” das escrituras em meio à bagunça da vida. Ela também explicou por que ter expectativas realistas sobre nós mesmos acaba nos aproximando mais da revelação.

Uma nova definição de estudo perfeito

Shannon conta que muitas pessoas dizem se sentir culpadas quando deixam espaços em branco nos guias Vem, e Segue-Me que ela criou. Mas ela as tranquiliza:

“Os espaços em branco são lindos. Eles contam a história de um discípulo real, de uma vida real.”

Todos nós temos “espaços em branco” metafóricos no nosso estudo das escrituras — capítulos pulados, dias esquecidos, rotinas apertadas que nos deixam desapontados e desmotivados. No entanto, Shannon não vê esses espaços vazios como fracassos. Ela lembra que a vida é bagunçada. As crianças ficam doentes, há férias, treinos de futebol e tantas outras coisas que interrompem nossos planos de estudo — e tudo bem.

“A ideia de perfeição nos prende e acaba nos levando ao fracasso”, ela diz. “Não existe perfeição. Este é um mundo mortal. … Vamos estar sempre ajustando. Perfeição é voltar de novo, e de novo, e de novo — sem desistir.”

Ajustando nossas expectativas

Shannon acredita que, quando deixamos de esperar um estudo perfeito, a busca por revelação pessoal se torna uma jornada mais interessante:

“Se você pensar na jornada da família de Leí, do deserto até a terra prometida, imagine o quanto foi difícil e cheio de provações. Foi resistência. Foi continuar seguindo e encontrando novas ferramentas. É isso que torna o processo tão fascinante.”

Além de resistência e adaptação, Shannon também acredita que parte do processo de revelação é confiar em nossa capacidade de encontrar tesouros nas escrituras — mesmo que às vezes nos sintamos incapazes ou despreparados.

“Quando falo às irmãs da Sociedade de Socorro, tento desfazer aquelas crenças que elas mesmas criaram, como ‘não sou boa nisso’. Não, você pode ser boa nisso. Deus nos deu Sua palavra de um modo que possamos recebê-la”, ela afirma. “Você pode compreender essas coisas. Pode parecer que está cavando um buraco no começo, mas os tesouros estão lá para você.”

Shannon também tenta ser realista com suas próprias expectativas. Em vez de se concentrar nos capítulos que deixou de ler, ela prefere aplicar os métodos que funcionam para ela — valorizando o que aprende e seguindo em frente. Sempre há tesouros esperando por nós nas escrituras, mesmo em um estudo imperfeito:

“Eu sei que as escrituras estão esperando que eu receba revelação. E sei também que, quando escrevo, fico mais propensa a receber mais. Não tenho a expectativa de precisar ler todos os capítulos. Sei que, se eu entrar naquele capítulo, algo vai me tocar. Mas também sei que preciso ser mãe. É um equilíbrio constante entre buscar direção no Senhor, reconhecer quando Ele me responde e então seguir adiante.”

“Um coração e uma mente dispostos”

Nosso Pai Celestial nunca esperou perfeição de nós. Em Doutrina e Convênios 64:33–34, Ele nos oferece um conselho amoroso e realista sobre nossos limites mortais:

“Portanto, não vos canseis de fazer o bem, porque estais lançando o alicerce de uma grande obra. E das coisas pequenas procede aquilo que é grande. Eis que o Senhor requer o coração e uma mente disposta.”

Quando entregamos a Ele nosso coração e uma mente disposta, até mesmo nossos estudos imperfeitos produzem conhecimento espiritual e revelação pessoal de valor inestimável. Pequenos esforços podem se transformar em grandes bênçãos. “É isso que aprendi”, diz Shannon. “Apenas continue cavando.”

Ouça o episódio completo com Shannon Foster no podcast All In e saiba mais sobre os guias de estudo que ela desenvolve.

Fonte: LDS Living

Veja também