É errado colar numa prova? Veja o que dois profetas disseram sobre isso
Entre os Dez Mandamentos, o Senhor declarou: “Não furtarás. Não dirás falso testemunho”. A décima terceira Regra de Fé da Igreja declara: “Cremos em ser honestos”. Ser honesto significa ser sincero, verdadeiro e sem falsidade o tempo todo. Mentir e pecado.
O Presidente James E. Faust, num discurso de Conferência Geral, falou sobre a importância de sermos honestos. E disse que não devemos colar ou trapacear enquanto fazemos exames e provas:
“Colar na escola é uma forma de enganar-se a si mesmo. Frequentamos a escola para aprender. Quando usamos os esforços e o estudo de outra pessoa para nos sairmos bem, estamos enganando a nós próprios.”
Então ele contou a seguinte experiência:
“Uma amiga contou-me uma experiência que seu marido teve quando estava na faculdade de medicina.
“Entrar para a faculdade de medicina é muito difícil, e o desejo de sair-se bem e ter sucesso exerce muita pressão nos alunos iniciantes. Meu marido estudara muito e chegara o momento das primeiras provas. Na faculdade de medicina, esperava-se que os alunos fossem honestos e não colassem. O professor distribuiu as provas e saiu da sala.
Em pouco tempo, os alunos começaram a tirar do bolso e de debaixo das provas pedacinhos de papel com anotações. Meu marido lembra-se de que seu coração começou a bater mais forte e percebeu que era muito difícil competir com os que colavam. Nesse momento, um aluno alto e magro levantou-se no fundo da sala e disse:
‘Saí de minha cidade, deixando minha mulher e meus três filhos num apartamento pequeno e estudei muito para entrar na faculdade de medicina. Vou denunciar o primeiro que colar e NÃO DUVIDEM DISSO!’
Eles não duvidaram. Muitos ficaram sem graça e os papeizinhos começaram a desaparecer tão depressa quanto haviam aparecido. Ele estabelecera um padrão para a turma, que acabou sendo a maior a formar-se naquela faculdade.” O jovem e magro estudante de medicina que desafiou os que colavam era J Ballard Washburn, que se tornou um médico respeitado e foi, posteriormente, homenageado pela Associação Médica de Utah por seu excelente trabalho. Ele também serviu como Autoridade Geral e atualmente preside o Templo de LasVegas Nevada.
Na verdade, só competimos com nós mesmos. Outras pessoas podem desafiar-nos ou desmotivar-nos, mas devemos procurar, no fundo de nossa alma, a inteligência e a capacidade que nos foram dadas por Deus. Não podemos fazer isso quando dependemos dos esforços de outra pessoa.
A honestidade é um princípio, e temos o livre-arbítrio moral para determinarmos como aplicaremos esse princípio. Temos o livre-arbítrio para fazermos escolhas; no final, porém, seremos os responsáveis por todas as que fizermos. Podemos enganar os outros, mas há Alguém que nunca enganaremos. Aprendemos no Livro de Mórmon que “o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não usa servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta; porque ele não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome”. (Presidente James E. Faust, “Honestidade — uma Bússola Moral”, Conferência Geral outubro de 1996)
O Presidente Thomas s. Monson contou uma outra história:
“Alguns serão tentados a desonrar seus padrões pessoais de honestidade. Em uma aula de direito, na universidade que cursei, lembro de um colega em particular, que nunca se preparou para os debates em classe. Eu dizia para mim mesmo: “Como é que ele vai passar nos exames finais?”
Descobri a resposta quando ele se apresentou na sala de aula para uma prova, num dia de inverno, calçando apenas um par de sandálias. Fiquei surpreso e me pus a observá-lo quando o teste começou. Todos os seus livros tinham sido postos no chão. Ele tirou as sandálias e, com os dedos dos pés, para isso treinados e preparados com glicerina, habilidosamente virava as páginas de um dos livros que estavam no chão, podendo assim ver as respostas das perguntas feitas.
Ele obteve uma das melhores notas do curso, mas o dia do ajuste de contas chegou. Mais tarde, quando se preparava para prestar exames finais, pela primeira vez o professor dessa disciplina em particular disse: “Este ano faremos algo diferente; teremos uma prova oral em lugar de escrita.” Nosso amigo favorito, perito em colar com os pés, meteu os pés pelas mãos e nessa ocasião não conseguiu passar no exame.” (“Para que Possamos Tocar os Céus”, Conferência Geral outubro de 1990)
O Presidente Faust concluiu:
“A honestidade é mais do que não mentir. É contar a verdade, dizer a verdade, viver a verdade e amar a verdade.” (Presidente James E. Faust, “Honestidade — uma Bússola Moral”, Conferência Geral outubro de 1996)
Devemos lembrar da admoestação do Senhor:
“Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.” (Lucas 16:10)
É melhor tirar uma nota não tão boa do que ser desonesto. O Senhor disse que se nosso coração for honesto seremos aceitos pro Ele (D&C 97:8). Não existe maior bênção!
Autenticidade mundana e honestidade cristã – saiba a diferença