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Autenticidade mundana e honestidade cristã – saiba a diferença

Mulher mediana - heroina, princesa, filha de um rei

Autenticidade mundana e Honestidade cristã se relacionam com a realidade e a verdade. Mas ser autentico segundo o mundo é bem diferente de ser honesto, conforme os ensinamentos do Salvador. Podemos frisar aspectos da fraqueza humana ou pecados. Esse tipo de abordagem limita ou cria uma realidade parcial e distorcida de quem somos e de quem podemos nos tornar.

O Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:

“Alguns usam a palavra autenticidade erroneamente, como uma celebração do homem natural e das qualidades que são o oposto de humildade, bondade, misericórdia, perdão e civilidade.”

Esse tipo de autenticidade que celebra o “homem natural” é perniciosa.

“Porque o homem natural é inimigo de Deus (…) [e] a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito e despoje-se do homem natural e torne-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor; e torne-se como uma criança, submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor, disposto a submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deva infligir, assim como uma criança se submete a seu pai [continuará a ser inimigo de Deus].”

Deus ama a verdade, e quer que sejamos verdadeiros. Satanás é o deus da mentira, e quer nos confundir e alienar. Mas ele não usa apenas mentiras, ele usa verdades fora do apropriado contexto ou meias-verdades – verdades incompletas ou parcialmente falsas e enganos sutis.

O Presidente Spencer W. Kimball, falando sobre isso, ensinou:

“O adversário é sutil. É astuto. Sabe que não pode induzir os homens e mulheres a praticar grandes males imediatamente, assim age de modo sorrateiro, sussurrando meias verdades, até suas vítimas em potencial começarem a segui-lo.” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kimball, (2006), pg. 115)

Autenticidade mundana ou Verdade Cristã na Internet

Mas realçar uma fraqueza, celebrar um pecado, orgulhar-se de um erro ou enfocar em um aspecto negativo ou tirar o contexto de uma situação podem adulterar a beleza das “coisas como realmente são”. Talvez naa internet a diferença entre autenticidade mundana e honestidade cristã pode ficar mais evidente. O Elder Gary E. Stevenson ensinou:

Muitas (se não a maioria) das fotos postadas nas redes sociais tendem a retratar os melhores aspectos da vida — muitas vezes de modo irreal. Todos já vimos lindas imagens de decoração, lugares turísticos maravilhosos, selfies de pessoas sorrindo, pratos elaborados e imagens de pessoas com um corpo aparentemente inalcançável.

(…)

Comparar nossa própria existência aparentemente comum com a vida bem editada e perfeitamente moldada de outras pessoas como representada nas redes sociais pode fazer com que tenhamos sentimentos de desânimo, inveja e até frustração.

Uma pessoa que já postou inúmeras vezes disse, talvez apenas em tom de brincadeira: “Qual é o propósito de ser feliz se você não vai postar nada?”

Conforme a irmã Bonnie L. Oscarson nos lembrou hoje, o sucesso na vida não se resume a quantas curtidas ou a quantos “amigos” ou seguidores temos nas redes sociais. Tem a ver, na verdade, com conectar-se de modo significativo com as outras pessoas e acrescentar luz à vida delas.

Espero que aprendamos a ser mais realistas, a encontrar mais humor na vida e a ficar menos desanimados quando nos depararmos com imagens que talvez retratem uma realidade idealizada, que muitas vezes leva a comparações que nos inferiorizam.” (“Eclipse Espiritual”, Conferência Geral, outubro de 2017)

O Elder Cook afirmou:

“Podemos celebrar nossa singularidade como filhos de Deus sem usarmos a autenticidade como desculpa para um comportamento não cristão.” (“O cotidiano eterno”, Conferência Geral outubro de 2017)

Para sermos verdadeiros precisamos entender quem somos

Algo que nos ajuda a sermos verdadeiros em vez de autênticos segundo o mundo é nos enxergarmos como realmente somos: filhos e filhas de Deus.

O Presidente Dieter F. Uchtdorf ensinou:

“Pensem de onde vocês vieram. Vocês são filhos e filhas do maior e mais glorioso ser de todo o universo. Ele ama vocês com um amor infinito. Ele quer o melhor para vocês. Acham que o Pai Celestial quer que vocês se sintam deprimidos e infelizes? Ele não quer isso, de modo algum. Ele nos deu os mandamentos, que é a estrada real para uma vida cheia de propósito, paz e alegria. Tudo o que precisamos fazer é seguir por ela. Conhecer e viver os mandamentos de Deus realmente nos enchem de alegria e satisfação.

Nosso destino é maior do que podemos imaginar. Se simplesmente compreendêssemos quem somos e o que nos está reservado, nosso coração transbordaria de gratidão e felicidade, a ponto de iluminar as mais tenebrosas tristezas com a luz e o amor de Deus, nosso Pai Celestial. Da próxima vez que se sentirem infelizes, lembrem-se de onde vieram e para onde estão indo. Em vez de pensarem nas coisas que embotam seus pensamentos com tristeza, decidam concentrar-se nas coisas que enchem a alma de esperança. Vocês vão perceber que essas coisas estão sempre relacionadas ao serviço a Deus e ao próximo. Lembrem-se de que o Senhor nos deu Sua palavra nas escrituras. Orem sinceramente a Ele, conversem com Ele todos os dias. Aprendam com Ele e sigam Seu caminho. Sirvam a Deus e a seus semelhantes.

(…) Peço a vocês que simplesmente olhem para [o espelho] e vejam seu verdadeiro reflexo! Percebam o propósito para o qual foram criados! Ergam o rosto e contemplem o horizonte distante!” (Serão do SEI para os Jovens Adultos • 1 de novembro de 2009 • Universidade Brigham Young)

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Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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