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Como defender nossas crenças quando elas não são populares?

conversando sobre crenças

Na semana passada eu encontrei uma ex-colega de classe. Fazia bastante tempo que não nos encontrávamos para uma conversa e eu nunca imaginei que aquele papo renderia tanto.

Nós relembramos os tempos de escola, os problemas, as dificuldades, as risadas, as músicas que estavam na moda naquele tempo e foi muito bom. No decorrer da conversa, acabamos falando sobre religião. Ela é católica e seu atual namorado, é membro da Congregação Cristã do Brasil.

Falamos sobre as dificuldades existentes em um relacionamento, quando as pessoas acreditam em coisas diferentes por não terem a mesma religião. Um problema que eu não tenho, mas ela sim. E então, eu tentei imaginar e entender o que ela dizia.

Ao falarmos sobre relacionamento, logo veio a pergunta: “Os mórmons podem ter relações sexuais antes do casamento?” Logo respondi que não e falei sobre nossas crenças em viver a Lei da Castidade. Sua surpresa foi grande ao pensar que em pleno século XXI é sim possível viver o que nos dizem as escrituras.

Em determinado ponto da conversa, ela fez um comentário que até agora me faz pensar bastante. Ela disse:

“Eu vejo as coisas que você posta nas redes sociais. Leio boa parte dos textos que publica e acho sua religião muito interessante.”

Naquele momento, lembrei-me do maravilhoso conselho do Presidente Nelson de deixar nossa fé transparecer. Nunca escondi de ninguém minhas crenças, mesmo que elas não pareçam tão populares e isso foi bom.

Segurando a Biblia

Deixe sua fé transparecer

Às vezes, imaginamos que nossas ações passam despercebidas e que ninguém está nos vendo, mas estamos enganados. Fiquei surpresa com outro comentário na conversa: “Passei perto da Igreja onde frequenta e você estava com um vestido tão lindo e tão recatado! Mas você não me viu”. Foram duas surpresas – minha roupa de alguma forma transmitiu uma mensagem boa e ela tinha me visto mas eu não a vi! Em resumo, sempre alguém nos observa. Talvez, se eu estivesse fazendo algo ruim, ela veria e quando eu falasse sobre minha religião e crenças, ela poderia facilmente me achar hipócrita! Além de uma consciência limpa e tranquila, fazer o certo é sempre melhor, porque há sempre alguém nos observando.

A forma como nos vestimos diz muito sobre nós, sobre nosso caráter e sobre nossa conduta. E a forma como conduzimos nossas vidas, deve ser a mesma em qualquer circunstância! Já pensou se alguém está olhando para você para seguir seu exemplo e seus passos?

A conversa não parou por ali…  Em algum momento, fomos falar de forma física e saúde, após um comentário dela de que eu havia emagrecido bastante desde a última vez que nos vimos. Comentei brevemente sobre meus hábitos de pedalar frequentemente e da minha escolha por não tomar nada alcoólico e por abster-me de refrigerantes. Quando disse sobre isso, ela logo perguntou: “Por que os mórmons, não bebem café?” E eu não perdi a oportunidade de falar sobre A Palavra de Sabedoria. Ela ficou muito pensativa sobre e fez várias perguntas sobre Joseph Smith e revelação.

A conversa chegou ao fim, nos despedimos, mas acho que aquela foi a oportunidade mais incrível que tive de compartilhar o Evangelho! Há uma frase de Agostinho(dito Santo Agostinho), que diz: “Pregue o Evangelho o tempo todo e se necessário, use palavras” e realmente é isso – há inúmeras oportunidades de pregar o Evangelho e defender nossas crenças. Mas como defender nossas crenças quando elas não são populares?

casar

1)   Não se importe com o que irão dizer.

Só depois que eu pedalei de volta para casa é que pensei em quantas coisas “ultrapassadas” eu disse a ela: vivemos a lei da castidade, temos um padrão de vestimenta, não bebemos bebidas alcoólicas, não bebemos café, acreditamos no casamento entre homem e mulher! Eu simplesmente deixei com que essas coisas fizessem parte de mim, da minha vida e das minhas escolhas, logo, falar sobre elas é natural para mim. Há uma frase que diz: “A boca fala aquilo que o coração está cheio”. E eu acredito firmemente nisso! Não me importei em nenhum momento se ela iria acreditar, se ela iria rir ou qualquer outra coisa. Importei-me sim em defender a verdade e a retidão, independente de qualquer coisa.

2)   Nós somos a luz do mundo.

O mundo está cheio de pessoas iguais, nós podemos ser os que pensam e agem de forma diferente.

A escritura de Mateus 5:14 nos lembra de quem somos: “Vós sois a luz do mundo”.  Nós precisamos ser essa luz. Ao defendermos nossas crenças que para as pessoas não são tão comuns, devemos nos lembrar de que somos o sal da terra. “E se o sal se tornar insípido, com que se há de salgar? para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” (Mateus 5:13)

O nosso objetivo deve ser deixar nossa luz resplandecer! “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mateus 5:16)

3)   “Escolhamos sempre fazer o certo mais difícil em vez de fazer o errado mais fácil.”

Talvez não tenhamos essa firme percepção agora, mas as escolhas têm grande peso em nossa vida. Ao pensarmos sobre as escolhas, o Presidente Monson ensinou: “Escolhamos sempre fazer o certo mais difícil em vez de fazer o errado mais fácil.”

Aparentemente, não há nada de mal em beber uma bebida alcoólica ou dormir com nosso (a) namorado (a), mas quando nos concentramos na realidade das coisas, nossa percepção muda. Precisamos fazer escolhas com o fim em mente e sempre nos perguntar como essas escolhas poderão impactar nossas vidas.

G.K.Chesterton escreveu: “O certo é certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é errado, mesmo que todos o façam.” O fato de todos estarem fazendo algo ou seguindo uma tendência, não quer dizer que esteja certo. O Senhor decretou suas leis e nós devemos segui-las. Ele é imutável!

4)   Ouse ficar sozinho.

Sim, isso vai acontecer em algum momento e não, você não precisa se desesperar por isso! Há um ditado que diz que antes só que mal acompanhado, não é? E os verdadeiros seguidores de Cristo, conhecem esse ditado na prática.  

Ao pensarmos nessa frase, não estamos apenas tratando de relacionamentos amorosos, mas sim de todos os tipos de associações que possamos fazer!

Quando defendemos nossas crenças, podemos ser rotulados de crente, ultrapassado, antiquado, babaca e várias outras coisas. Podemos ser perseguidos por defendermos aquilo que acreditamos e não raro, iremos nos sentir sozinhos. Mas não devemos nos desesperar.

Em um discurso do Presidente Monson, ele ensinou:

“Ouse ser mórmon,

Ouse ficar sozinho.

Ouse ter um firme propósito,

Ouse torná-lo conhecido.”

E é isso que precisamos fazer – ousar ser mórmon, mesmo que para isso tenhamos que ficar sozinhos! “Que sempre sejamos corajosos e estejamos preparados para defender nossa crença.”

As bênçãos são claras:

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, falarem todo mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.”

Seguimos firme em nosso objetivo de defender nossas crenças e padrões, independente da ocasião.

E quanto a vocês? Quando defenderam suas crenças, mesmo elas não sendo populares? Conte pra gente!

Relacionado:

https://mormonsud.net/inspiracao/defender-sempre-o-evangelho/

 

| Para refletir
Publicado por: Inaê Leandro
Inaê Leandro é estudante de Administração, escritora e foi Jovem Senadora em terceiro lugar por Minas Gerais, no Prêmio Jovem Senador, do Senado Federal. Atua como voluntária no Instituto Oikon e mantém juntamente com amigos, o site suscitare.com.br.
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