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A razão por trás da reunião de um importante líder muçulmano com Santos dos Últimos Dias

As amizades inter-religiosas podem parecer improdutivas diante da crescente intolerância religiosa e extremismo, mas o Dr. Mohammad Al-Issa acredita que pode mudar o mundo.

O importante líder muçulmano, que atuou como secretário-geral da Liga Mundial Muçulmana desde agosto de 2016, argumenta que a paz se torna possível através das nossas conexões pessoais, e ele foi para Utah esta semana para fazer novas amizades com pessoas que tenham valores semelhantes aos seus.

O Dr. Mohammad Al-Issa, secretário geral da Liga Muçulmana Mundial, senta-se em uma reunião com a junta editorial da Deseret News no Triad Center, em Salt Lake City, na segunda-feira (4). Foto por Scott G Winterton, Deseret News.

Al-Issa se reunirá com líderes de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e políticos, para falar sobre o valor da compreensão mútua e a cooperação significativa.

Ele se reuniu com o conselho editorial do Deseret News/KSL nesta segunda-feira e disse que o compromisso inter-religioso é o antídoto para o isolamento religioso – que é uma fonte do extremismo violento.

O conceito de que “somos semelhantes, que somos irmãos e irmãs, não são suficientemente enfatizados”, disse.

Al-Issa, que anteriormente atuou como ministro de justiça na Arábia Saudita, procura mudar isso viajando pelo mundo para falar sobre a tolerância e sobre criar pontes entre as diferenças religiosas. Ele disse que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é uma aliada natural em sua busca.

“Percebi de que a igreja mórmon enfatiza muito o conhecimento, a compreensão e o respeito ao próximo”, disse.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias agradece as oportunidades para cultivar amizades com pessoas de outras religiões”, disse Eric Hawkins, porta-voz da Igreja.

O Dr. Mohammad Al-Issa, secretário geral da Liga Muçulmana Mundial, na reunião com a junta editorial da Deseret News no Triad Center, em Salt Lake City, na segunda-feira (4). Foto por Scott G Winterton, Deseret News.

“Temos a sorte de desfrutar de relações cordiais e pessoais com líderes de várias religiões, inclusive na comunidade muçulmana, e agradeço a oportunidade de trabalharmos juntos nos esforços que promovem a paz, a bondade e a preocupação com os outros”, disse.

“Aceitar a diversidade é uma forma imprescindível de combater o extremismo, que muitas vezes surge por acreditar que só existe uma verdadeira forma de viver ou de uma verdadeira religião a seguir”, disse Al-Issa, que se reuniu previamente com o Papa Francisco e o Comitê Judeu Americano.

Esta crença pode alimentar os ataques terroristas, bem como justificar os limites da liberdade religiosa. De acordo com o Centro de Pesquisa Pew, mais de 80% da população mundial vive em países que impõem restrições altas ou muito altas para a prática religiosa.

Os extremistas existem em quase todas as tradições religiosas, mas frequentemente estão associados com o Islã. Al-Issa e outros membros de sua organização, a Liga Mundial Muçulmana, querem mudar isso defendendo expressões moderadas de sua fé.

O Dr. Mohammad Al-Issa, secretário geral da Liga Muçulmana Mundial, fala em reunião com a junta editorial da Deseret News no Triad Center, em Salt Lake City, na segunda-feira (4). Foto por Scott G Winterton, Deseret News.

Em maio, a Liga Mundial Muçulmana reuniu representantes de cerca de 150 países e 27 diferentes seitas do Islã em Meca, na Arábia Saudita, para discutir o aumento global do ódio e da intolerância, e o que você pode fazer para detê-lo. Foi emitida a Carta de Meca, que convida a todos para celebrar a diversidade, rejeitar a violência por motivos religiosos.

“Todas as pessoas, independentemente de suas diferentes etnias, raças e nacionalidades, são iguais perante Deus”, explica o documento.

Além de apoiar a cooperação inter-religiosa através de conferências e eventos, a Liga Mundial Muçulmana aborda o extremismo ao defender melhores programas de educação para os jovens. Os professores precisam de falar sobre como devemos tratar uns aos outros, disse Al-Issa.

Devem ensinar “ciências humanas, ética… e como tratar as pessoas, como aceitar os outros”, disse.

Os professores podem fazer com que as crianças reconheçam os problemas com ideologias radicais antes mesmo de ouvir falar sobre delas, disse Al-Issa.

A educação não é só moldar as mentes das crianças. É criar dentro deles os anticorpos que os farão imunes a certos tipos de ideologias”, disse.

A educação, assim como as relações de amizade inter-religiosas, podem parecer uma solução muito simplista, mas Al-Issa acredita que é um bom ponto de partida nos esforços que contribuem para criar um futuro mais pacífico. Ele acha que a mudança é possível, mesmo quando parece que as probabilidades estão contra você.

“Temos que ser otimistas”, disse.

Este artigo foi originalmente escrito por Kelsey Dallas e foi publicado por deseret.com sob o título “Why a prominent Muslim leader is visiting with Latter-day Saints this week

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