Reportagem de jornal brasileiro destaca “sonho americano mórmon”
Crédito: Cláudia Trevisan / ESTADAO
Sonho americano mórmon
Em reportagem publicada 27 de novembro de 2016, o Estadão menciona: “Dez mil brasileiros vivem o sonho americano mórmon”. A reportagem destaca a experiência de Cláudio dos Santos um pioneiro da imigração brasileira para os Estados Unidos e que está agora com 101 anos de idade. Traça um paralelo ressaltando que até os dias atuais o sonho mórmon americano que acaba provocando a imigração é vivo, e exemplifica com o caso de Alan Silva e sua mulher que mudaram para Utah a 14 anos.
A reportagem apresenta dados interessantes e verídicos como o fato de que no início deste ano uma capela em Orem reunia uma congregação de aproximadamente 600 membros. A ala foi dividida e existem atualmente na região duas alas e um ramo. “O português é o idioma oficial destas capelas que mantém tradições brasileiras como as festas juninas”.
Ao tentar explicar as demandas espirituais da religião, o autor claramente demonstra a opinião de alguém não muito familiarizado com o estilo de vida mórmon e as alegrias de ser um membro da igreja.
Não existe uma estimativa oficial sobre o número de imigrantes brasileiros em Utah. O que os membros da região notaram foi um crescimento considerável da imigração depois da crise econômica e política do último ano. Em resposta a esta imigração que muitas vezes acaba caminhando para a ilegalidade, o que se escuta é que o número de vistos negados aos mórmons também foi maior no último ano.
Manual Geral de Instrução
As razões que levam a imigração são variadas. Muitas famílias buscam melhores oportunidades para seus filhos. Alguns solteiros acreditam que terão mais possibilidades de se casar com um membro. Todos num geral visualizam que a aprendizagem do inglês poderá representar vantagem em sua vida profissional.
Sejam quais forem as razões, não se migra de um país a outro sem muitos sacrifícios e perdas. Acostumar-se a um novo clima com altas de 40 e baixas de -28 graus Celsius. Diferenças alimentares, mas especialmente conviver com a palavra saudade. Saudade da família, dos lugares a que pertencia, de comodidade e identificação com a cultura.
É verdade que ser membro da igreja facilita o processo de adaptação. Existe uma comunidade de brasileiros já estabelecida na região. Alas nas quais poderá ouvir a doutrina em seu idioma natal. Porém, a igreja não disponibiliza nenhum tipo de incentivo aqueles que emigram. Veja o que diz o Manual Geral de Instrução a cerca do assunto:
“De modo geral, os membros são incentivados a permanecer em sua terra natal para edificar e fortalecer a Igreja. As oportunidades de atividade na Igreja e de receber as bênçãos do evangelho e levá-las ao próximo estão aumentando muito em todo o mundo. Quando os membros permanecem em sua própria terra natal e se empenham em edificar a Igreja ali, eles próprios e a Igreja recebem grandes bênçãos. As estacas e alas do mundo inteiro são fortalecidas, permitindo que as bênçãos do evangelho sejam levadas a um número ainda maior de filhos do Pai Celestial.” (MGI – emigração de membros)
A igreja afirma ainda que, quando viajarem para os Estados Unidos ou para outros países com visto de estudante ou turista, os membros não devem fazê-lo com a intenção de conseguir emprego ou de obter um visto permanente após sua entrada no país.
Para candidatar-se a um emprego na Igreja em qualquer país, a pessoa precisa cumprir todas as condições impostas pelas leis de imigração e naturalização. A Igreja não patrocina imigrações por meio de empregos na Igreja.
Bibliografia
Estadão Brasil, “Dez mil brasileiros vivem o sonho americano mórmon”. (aqui)
Manual Geral de Instrução. (aqui)